O
filhote é uma das espécies de pescado mais consumidas no Pará.
Considerado um peixe de qualidade, com grande demanda na mesa dos
paraenses e nos restaurantes, o filhote será a mais nova espécie
produzida em cativeiro no Estado. Desenvolvido pela Secretaria de Estado
de Aquicultura e Pesca (Sepaq), o projeto pioneiro representa um
investimento de R$ 5 milhões.
Até janeiro do ano que vem, pelo menos
quatro estações estarão reproduzindo a espécie. As estações que irão
receber os viveiros estão localizadas em Santarém, no bairro Amazonas;
no estuário do município de Terra Alta; na Estação Marinha de Curuperé,
em Curuçá; e na sede da Embrapa, em Belém.
Segundo o secretário de Pesca e
Aquicultura, Henrique Sawaki, a produção de filhote em cativeiro vem
atender um pedido do governador Simão Jatene, como forma de suprir a
demanda pelo peixe no Estado. “O filhote é uma espécie nobre, com grande
aceitação, procura e valor comercial bom, além do que é uma espécies
cotadas para extinção”, destaca o secretário.
A Sepaq conta com o apoio da Embrapa,
Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do
Para (Unifopa), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Instituto
Federal do Pará (Ifpa), no sentido de avançar nas pesquisas relacionadas
à criação do filhote em cativeiro.
“Não existem estudos sobre a reprodução
da espécie em cativeiro, então estamos desenvolvendo pesquisas que
tenham resultados na retirada das espécies do seu habitat natural. Para
isso, estão sendo montadas nas estações estruturas como laboratórios,
viveiros, tanques de fibra de vidro e outros equipamentos necessários à
produção”, explica o secretário.
Pirarucu
O Pará tem avançado na reprodução de
outra espécie bastante consumida pela população: o pirarucu. Hoje, a
produção é focada na engorda, mas a intenção da Sepaq é firmar um
convênio com a Reserva de Mamirauá, no Amazonas, que já possui a técnica
de manejo da espécie em lago natural, e ampliar a reprodução em seu
habitat natural para, pelo menos, sete regiões do Estado, entre elas o
Baixo Amazonas, Araguaia-Tocantins, Tucuruí, Marajó e Região das Ilhas
de Belém.
As pesquisas também têm avançado quando
o assunto é o “bacalhau paraense”. Graças às parcerias firmadas com as
universidades, está sendo possível fazer pesquisas relacionadas ao DNA e
ao tipo sanguíneo das espécies. Ainda este mês, técnicos da Sepaq
visitarão algumas propriedades para realizar o manejo.
A maior produção em cativeiro do
pirarucu está concentrada no município de Conceição do Araguaia. A
iniciativa tem o estímulo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do Pará (Emater) desde 2006 e a despesca anual é de cerca de 50
toneladas – 100% vendidos para a indústria dos estados de Tocantins e
Mato Grosso. A produção é o carro chefe das famílias de piscicultores do
município, que cultivam também, além do pirarucu, o tambaqui, tambacu,
piau, curimatã e surubim pintado.
FONTE: Agência Pará
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