Pesquisar este blog

quinta-feira, 25 de junho de 2015

DNPM cobra suposta dívida da Alcoa por exploração em Juruti, PA

O Departamento Nacional de Exploração Mineral (DNPM) está cobrando uma suposta dívida milionária da Alcoa por exploração mineral em Juruti, oeste do Pará. A empresa é acusada de não recolher os royalties corretamente à União pela exploração de bauxita no município.
A mineradora é alvo de três processos administrativos que cobram o recolhimento devido da Compensação Financeira sobre a Exploração Mineral (Cfem). Os processos tramitam no DNPM, o órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia responsável pela fiscalização do repasse.
O valor da Cfem é dividido entre a União, Estado e o Município, que fica com maior parte da verba (65%). De acordo com uma empresa de consultoria ambiental e mineral, que está acompanhando o caso, um processo de 2009, quando a mineradora começou a funcionar no município, requer o pagamento de R$ 6.505.397,05, e outro processo de 2011 requer o pagamento de R$ 10.333.732,19. Juntos somam valor superior a R$ 17 milhões, sem correções. Segundo a empresa de consultoria, o cálculo da suposta dívida dos anos 2012, 2013 e 2014 ainda não foi concluído.
Alcoa dívida Juruti (Foto: Andressa Azevedo/G1)
De acordo com o diretor presidente da empresa de consultoria, Antonio Carlos Penha, a Alcoa estava repassando um valor de aproximadamente R$ 600 mil por mês de Cfem, o que representa somente a metade do que deveria repassar. Segundo ele, a mineradora calculou errado o valor. “A Alcoa usa como parâmetro para calcular o valor da Cfem o transporte até o porto de Juruti, na concepção da Alcoa, e não o porto do Itaqui, em São Luis [MA]. Em vez de ela usar o Itaqui, como entende o DNPM, que é lá que sofre o processo de transformação, a fase de digestão, que nós chamamos, ela entende que a base de cálculo tem que ser feita tendo o porto de Juruti como referência”, explicou.
Em nota, a Alcoa esclareceu que o recolhimento mensal varia de acordo com o volume produzido, que nos últimos meses tem sido em torno de R$ 1 milhão. Em relação aos três processos, a mineradora afirmou que a empresa e o DNPM discutem a base de cálculo da compensação. “Estes processos estão em fase de análise e julgamento pelos órgãos competentes”, diz a nota.
O cálculo total da suposta dívida está sendo feito pelo DNPM que, em nota, disse que não vai se manifestar, pois o caso está na Justiça.
A unidade da Alcoa em Juruti opera desde setembro de 2009. De acordo com a mineradora, a capacidade produtiva inicial foi de 2,6 milhões de toneladas métricas anuais e, atualmente, a capacidade é de 3 milhões de toneladas métricas/ano.
Caso o cálculo do DNPM esteja correto, o maior prejudicado será o município, pois o dinheiro que não está sendo recolhido poderia ser investido em melhorias. De acordo com o prefeito Marcos Dolzane, caso seja confirmada a dívida, o município pode entrar com uma ação de restituição. "Se este levantamento que está sendo feito pelo DNPM estiver correto, há uma diferença na receita da Prefeitura. A gente não tem certeza se realmente isso está acontecendo. A Alcoa paga o Cfem, que é o imposto sobre a extração de minério que é embarcado no porto de Juruti, que está em torno de R$ 550 mil a R$ 600 mil por mês", afirmou.
A Alcoa informou ao G1 que cumpre rigorosamente a legislação brasileira e faz o devido recolhimento de todos os tributos e compensações pertinentes às suas operações. "Entre 2009, quando iniciou suas operações em Juruti, e  dezembro de 2014, a empresa já recolheu cerca de R$ 55 milhões em Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) naquela localidade", disse em nota.
Alcoa dívida Juruti (Foto: Andressa Azevedo/G1)
Cfem
De acordo com o DNPM, o tributo é estabelecido pela Constituição de 1988 e é devido aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios. O departamento é que tem a responsabilidade de baixar normas e exercer fiscalização sobre a arrecadação.

O tributo é pago por quem explora ou extrai recursos minerais, retirando da jazida, mina, salina ou outro depósito mineral, para fins de aproveitamento econômico. A dívida se dá quando há saída por venda do produto mineral e, ainda, a utilização, a transformação industrial do produto mineral ou mesmo o seu consumo por parte do minerador.
A Cfem é calculada sobre o valor do faturamento líquido, obtido por ocasião da venda do produto mineral. Quando não ocorre a venda, porque o produto mineral é consumido, transformado ou utilizado pelo próprio minerador, então considera-se como valor para que seja calculada a Cfem, a soma das despesas diretas e indiretas ocorridas até o momento da utilização do produto mineral.
Fonte: G1

Sítios arqueológico do Parque Monte Alegre vão receber estrutura de museu


Um projeto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Instituto do Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), vai musealizar dois sítios arqueológicos do Parque Estadual de Monte Alegre (Pema). Os locais escolhidos para a musealização são a Serra da Lua e a Pedra do Mirante, mas todo o Parque e seu entorno estão sendo estruturados para receber os visitantes.
A musealização é o ato de se preservar um artefato para mostrar sua História e assim valorizá-la como parte da cultura regional. Assim, o objetivo é proteger as pinturas rupestres da região, encontradas nos dois dos 15 sítios arqueológicos existentes no Parque, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, criado através da Lei Estadual n° 6.412 de 2001. 
No local também serão construídos um pórtico de entrada, estacionamento para visitantes, centro de visitação e plataforma de contemplação da Serra da Lua. O projeto ainda prevê a inclusão da educação patrimonial e a publicação de dois livros de apresentação de valorização das pinturas, sendo um adulto e um infantil, que serão distribuídos nas escolas da região.
O projeto está previsto para ser concluído no prazo de dois anos. Atualmente está em fase de licitação para a contratação de empresa responsável pela execução da obra. Nos próximos dias 29 e 30 de junho, as empresas inscritas para concorrerem ao processo realizarão uma visita técnica ao Parque, com o objetivo de conhecer o local e redigir suas propostas. O Parque também será todo sinalizado e preparado para receber os turistas em outros pontos turísticos, através do projeto de gestão de visualização turística. A estimativa orçamentária para todo este empreendimento é de três milhões de reais.
A gestão do Parque vem preparando as comunidades do entorno para que elas estejam aptas a receber os visitantes. Diversos trabalhos em parceria com instituições governamentais e não-governamentais estão sendo realizados com intuito de fomentar o turismo na região. Segundo Patrícia Messias, gerente da Unidade de Conservação, a administração tem buscado executar o Plano de Manejo de forma sistemática e integrada. “O principal parceiro da gestão são os entes governamentais e, principalmente, da sociedade civil que compõem o seu conselho gestor. As ações que vêm sendo desenvolvidas buscam a valorização das comunidades, fortalecimento da gestão com a participação efetiva e a melhoria da qualidade de vida dos moradores do seu entorno”, explica.
A gestão da Unidade está apoiando a criação da associação de condutores da região, o Instituto Peabiru, que idealizou e realizou com apoio da gestão do Parque o Tour de Familiarização (Famtour), que levou várias agências de turismo para conhecer os atrativos do Parque e interagir com a comunidade. Também foi realizada uma oficina de marketing, para ajudar os comunitários na comercialização dos produtos, além da roteirização, ou seja, a escolha do roteiro turístico do Parque.
Segundo Patrícia, além de capacitar os comunitários para serem condutores turísticos, as atividades visam ao estabelecimento de alternativas econômicas complementares às comunidades, como o ecoturismo de base comunitária, oficinas de capacitação sobre negócios comunitários (empreendedorismo/ cooperativismo), sobre noções de comercialização, comunicação e marketing turístico. “As oficinas têm sido realizadas com os moradores no intuito de capacitá-los para que possam trabalhar com a atividade turística e assim ter mais uma alternativa de renda”, explica Patrícia. Os cursos também incluem artesanato e culinária, com o intuito de que as comunidades tenham produtos para oferecer para os turistas, beneficiando as populações do entorno do Parque.

Fonte: TCNnews, Renata Dias

Reforma da praça em Oriximiná causa polêmica e vereadores cobram explicações do engenheiro responsável

A reforma que era para ser um presente a população que ama a Praça de Santo Antônio, símbolo importante da cidade de Oriximiná, construída em agosto de 1964, este ano fará 51 anos de tristeza para os oriximinaenses, pelo estado deplorável que se encontra.

O prefeito de Oriximiná Luiz Gonzaga (SDD) resolveu fazer a reforma através de convênios no valor de R$ 529.342,42 reais, a prefeitura entraria apenas com R$ 40 mil reais de contra partida, a previsão da obra era de 90 dias e começou em janeiro de 2014, mas só há poucos dias, foram tirados os tapumes e para a indignação da população veja como a praça está, nesta foto atual.



Diante disso a população começou a questionar sobre o que aconteceu para Praça estar nessa situação, foi que os vereadores de Oriximiná, legítimos fiscais do povo, imediatamente convocaram o engenheiro e dono da empreiteira responsável pela obra para dar explicações ao Poder Legislativo sobre o caso - Veja como era a praça, antes da reforma .

Francisco Miléo, proprietário da Engemil, empresa responsável pela obra, foi na Câmara Municipal e falou sobre a situação da reforma, os vereadores fizeram seus questionamentos e muitas respostas ficaram sem ser esclarecidas, mas o engenheiro Francisco Mileo, garantiu, que até o fim desta semana está chegando todo o material de Manaus, para que ele conclua o restante da obra.

O Poder legislativo de Oriximiná está em cima, cobrando e fiscalizando, exigindo o cumprimento do que foi prometido na reforma da Praça Santo Antônio, por consequência, a fiscalização se estende a todas as obras municipais. O povo já não aguenta o descaso e os vereadores estão empenhados em dar uma resposta positiva a população de Oriximiná.

Fonte: Nelson Vinencci

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Oriximiná é o 1º do Brasil a se habilitar para recurso de florestas federais

O município de Oriximiná, no oeste do Pará, recebeu do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) um repasse de R$ 753 mil, referente a produção de madeira sustentável na Floresta Nacional (Flona) de Saracá-Taquera. Foi o primeiro município brasileiro a se habilitar para receber recursos gerados pelo uso econômico das florestas públicas federais.
 Árvore antiga é vista na Floresta Nacional do Tapajós; estudo da Nasa conclui que floresta amazônica absorve mais CO2 do que emite (Foto: NASA/JPL-Caltech)
Foi o primeiro município brasileiro a se habilitar
para receber o ecurso(Foto: NASA/JPL-Caltech
O repasse é previsto pelo artigo 39 da Lei de Gestão de Florestas Públicas, N° 11.284/2006, que determina que parte do valor pago ao SFB pelo manejo das florestas federais seja distribuído entre o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e os estados e municípios que abrigam as florestas concedidas.
De acordo com o secretário de meio ambiente de Oriximiná, Cláudio Navarro, o recurso será utilizado seguindo o plano de aplicação aprovado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente. Deve viabilizar as políticas ambientais do município e possibilitar a realização de ações de recuperação de áreas degradadas, fiscalização e educação ambiental.
Segundo o diretor de Concessão Florestal e Monitoramento do SFB, Marcus Vinicius Alves, o repasse marca mais um momento em que a produção das florestas federais gera benefícios diretos para a população do entorno das áreas sob concessão.
Atividades que o plano prevê

No caso de Oriximiná, o plano aprovado prevê atividades para a estruturação da gestão ambiental do município, como a aquisição de uma sede para o conselho de meio ambiente e a compra de equipamentos e veículos para a prefeitura. Pelas projeções do SFB, o município poderá receber cerca de R$ 5 milhões nos próximos cinco anos. Os repasses são regulares e irão variar de acordo com a produção de cada unidade de manejo da Flona de Saracá-Taquera.
Além de Oriximiná, os municípios paraenses de Faro e Terra Santa também serão beneficiados. Para estarem aptos a receber o repasse, os municípios devem instituir um conselho municipal de meio ambiente e elaborar e aprovar junto ao conselho um plano de ação para a aplicação do recurso.


Fonte: G1