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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Concurso para docente da Ufopa será de 11 a 22 de junho

As provas didática e de títulos terão peso 3, e as demais, 2. O certame ofertou 101 vagas em 80 temas

Santarém - As provas do concurso público para professor adjunto da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) serão aplicadas de 11 a 22 de junho de 2012 no Hotel Amazônia Boulevard, localizado na avenida Mendonça Furtado, nº 2946, Santarém-PA.

Nesta terça-feira (5), professores do quadro da universidade que irão compor as bancas examinadoras do concurso se reuniram no Campus Tapajós, onde receberam instruções do pró-reitor de Planejamento Institucional, Prof. Aldo Queiroz. As vagas são destinadas a candidatos que possuem título de doutor.

Ao todo, haverá 42 bancas examinadoras, cada uma com um tema distinto e composta por três professores. A nota final será o resultado das notas do candidato nas quatro provas: escrita e didática, que são eliminatórias e classificatórias, e provas de títulos e de memorial, que são classificatórias.

As provas didática e de títulos terão peso 3, e as demais, 2. O certame ofertou 101 vagas em 80 temas.

“Já esperávamos que nem todos os temas tivessem candidatos, porque existem poucas pessoas com titulação de doutor no Brasil; mas a expectativa é grande com relação ao sucesso do concurso, para ajudar a consolidar a nova universidade”, afirmou o pró-reitor.

As informações sobre temas dos concursos, requisitos para investidura no cargo, números de vagas e pontos para as provas estão explicitadas no Anexo I do edital.

Maioria das cidades cumpre meta de investimento

O Pará conseguiu cumprir, em 2010, a meta prevista na Constituição Federal de investir pelo menos 25% do total arrecadado com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na educação, alcançando 25,33%. O mesmo não aconteceu com os municípios de Quatipuru e Oriximiná, no oeste do Estado. Os dois municípios estão entre as 52 prefeituras brasileiras que não aplicaram na educação em 2010 o que é obrigatório pela Constituição. As informações de 2011 ainda não foram consolidadas.

Os dados foram divulgados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com base no levantamento do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope). Quatipuru está na lista dos piores investimentos na área em todo o país, com 17,2% aplicado. Oriximiná investiu 23,14%. Municípios com mais de 300 mil habitantes, como Marabá, Ananindeua, Santarém e Belém, investiram além do teto de 25%.

PRESTAÇÃO

Oito municípios paraenses não entregaram a prestação de contas. São eles: Cachoeira do Piriá, Chaves, Curralinho, Faro, Magalhães Barata, Marapanim, São Miguel do Guamá e Terra Alta. Por não terem informado os dados ao sistema, esses municípios são considerados em situação irregular. Estas cidades também podem ficar impossibilitadas de receber recursos de transferências voluntárias do governo federal.

Convênios nas áreas de educação, saúde e assistência social não são afetados, mas boa parte dos municípios e estados conseguem garantir a continuidade dos repasses federais. Isso porque tribunais de contas de estados e municípios consideram alguns itens como despesas em educação que não são avalizadas pelo sistema.

É o caso do valor gasto com o pagamento de inativos da educação, aceito por tribunais no cálculo de investimento no setor, mas desconsiderado pelo Siope. Em 2010, pelo menos dois estados e 52 municípios não cumpriram a regra. Eles aplicaram percentuais inferiores ao que estabelece a lei. Há ainda 60 cidades que não informaram os dados ao sistema.

As informações incluídas pela prefeitura ou pelo governo estadual no Siope são declaratórias e a veracidade dos dados é de responsabilidade do ente federado. Quando o FNDE detecta que um município aplicou menos do que determina a Constituição, as informações são automaticamente enviadas ao Ministério Público Federal (MPF).

XVII EXPOFAO inicia neste final de semana


O Sindicato Rural de Óbidos estará promovendo no período de 10 a 17 de junho de 2012 a XVII Exposição Feira Agropecuária de Óbidos – EXPOFAO, que ocorrerá no parque de Exposição do Município, com muitas atrações.
De acordo com a programação, haverá  prova de laço, corrida de cavalos, leilões, escolha da rainha da EXPOFAO e exposição de animais aberta ao público diariamente.
Como atrações, terá:
Dia 10: Banda Lazer, Forrozão, 4 x 4 e Bagaceiros do Forró.
Dia 15: Será realizado o Baile da Rainha, as duplas sertanejas Lelo & Luis e Kleiton & Jair
Dia 16: Banda Lazer e Viviane Batidão
Dia 17: Circuito Tecnomelody, Banda Ark, Anjos do Melody, Os Brothers e Xeiro Verde.
SERVIÇO:
DATA: De 10 a 17 de junho de  2012
LOCAL: Parque de Exposição Agropecuária
CIDADE: Óbidos -Pará
ORGANIZAÇÃO: Sindicato Rural de Óbidos
www.chupaossso.com.br

Mineradora apresenta suas ações na gestão ambiental

Em meio à Floresta Nacional Saracá-Taquera, uma das reservas biológicas brasileiras, a Mineração Rio do Norte (MRN) busca fazer diferença como uma organização ambientalmente sustentável. Há 32 anos atuando na Amazônia, a empresa conta hoje com um leque variado de ações ambientais que garantem a ela, inclusive, uma certificação da série ISO 14000 – um reconhecimento internacional ao sistema de gestão ambiental desenvolvido em Porto Trombetas, município de Oriximiná.
O olhar mais apurado da empresa para com o meio ambiente começou ainda na década de 70, com a busca de tecnologias para o reflorestamento de áreas mineradas, o que, anos depois a tornou referência no setor. Continuou evoluindo e, na década seguinte, com a adoção de alternativas ambientalmente mais viáveis, mudou seu sistema de disposição dos rejeitos de bauxita, que antes era despejado no lago Batata, para tanques construídos em áreas mineradas, que hoje são reflorestados por meio de hidrossemeadura (técnica de plantio bastante eficiente). O lago Batata está em franca recuperação e a MRN acumulou experiência o bastante para constituir o que hoje é uma cadeia de ações ambientais crescente, cujos impactos positivos de uma ação são sempre pensados como os resultados que podem gerar em cadeia. Nesse sistema, o microorganismo de um rio, as abelhas ou macacos que habitam a floresta podem dizer muito sobre como o homem tem interagido com o ecossistema e, bem mais que isso, o que é preciso fazer agora para garantir a sobrevivência da floresta para as gerações futuras.
 Mudança que começa na floresta
As atividades da MRN com o meio ambiente começaram pela essência da floresta – as árvores e também o solo.  A empresa pratica o reflorestamento desde 1979, um ciclo de trabalho que já reabilitou, de 1979 a 2011, cerca de 4.460 hectares de áreas mineradas, onde foram plantadas 8,8 milhões de mudas de 450 espécies arbóreas nativas. “Todas as espécies que plantamos são daqui da região, não plantamos nenhuma espécie exótica”, reforça Ricardo Serafim, engenheiro agrônomo do departamento de Controle Ambiental da MRN. As mudas utilizadas no reflorestamento são produzidas no viveiro da própria empresa, que tem capacidade de produção de 550 mil mudas. As sementes são compradas das comunidades ribeirinhas que habitam o entorno da organização.
Mas, o reflorestamento foi só o passo inicial. O interessante desse processo é que nada é feito de forma isolada. Além de recompor a floresta, a mineradora desenvolve programas que a auxiliam no monitoramento completo e complexo da cadeia ambiental.
 Em sua gestão ambiental, a MRN realiza o monitoramento físico-quimico e biológico das águas de rios e igarapés; da qualidade do ar; do nível de ruído; dá destino adequado aos resíduos produzidos pela empresa; recicla; faz do lixo úmido adubo para jardins; monitora e resgata a fauna, abelhas e a flora da reserva biológica antes de minerar; e ainda montou um banco de gesmoplasma de castanheiras. A maioria das atividades são desenvolvidas com apoio de centros de pesquisa de grandes universidades brasileiras - uma interação entre iniciativa privada e ciência que torna possível usar o que há de mais novo em pesquisas ambientais para o desenvolvimento de uma gestão sustentável.
 Um bom exemplo do monitoramento de fauna é o trabalho feito com primatas nas áreas sujeitas à mineração de bauxita. A iniciativa tem alcançado importantes resultados, além de gerar conhecimento científico sobre a biodiversidade local.
O Brasil apresenta a maior riqueza de primatas em todo o mundo. São 128 espécies catalogadas, das quais 82 são de primatas amazônicos. “O Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade e temos responsabilidade com isso”, diz o pesquisador e coordenador do projeto, Fabiano Melo, da Universidade de Goiás (UFG).
 Fabiano coordena a pesquisa realizada com as espécies Sauim e o Cuxiú na Floresta Nacional Saracá-Taquera. “Não são espécies ameaçadas de extinção, mas o Sauim é raro e é parente do Saium de duas cores, que existe na região de Manaus, e que está em perigo de extinção”, completa o pesquisador.
 As espécies monitoradas pela MRN e UFG mereceram destaque porque sinalizam o estado de conservação da floresta, uma vez que a Sacará-Taquera é classificada como área de alta importância para a conservação de mamíferos devido à diversidade de primatas, dentre outros fatores.
 O monitoramento de macacos na área de atuação da MRN conta com biólogos e veterinários dedicados à primatologia que coletam e avaliam informações sobre as espécies. O objetivo deles é compreender como elas reagem às interferências de atividades humanas em seus ambientes, como explica a gerente do departamento de Controle Ambiental da empresa, Milena Moreira. “Queremos compreender suas dietas, áreas de vida, comportamentos sociais e reprodutivos, e completar as necessidades técnicas sobre o monitoramento da influência da mineração de bauxita sobre o meio ambiente”, diz.
 Utilizando métodos de censo e habituação, os pesquisadores encontram os grupos de primatas e os seguem pela floresta com a intenção de coletar e avaliar diversos dados sobre a espécie. Em médio e longo prazos, o monitoramento pode apontar riscos potenciais às populações e comunidades de primatas, definindo medidas preventivas que anulem ou minimizem os efeitos negativos das atividades do homem sobre a dinâmica natural dos animais.
 Além de coletar informações sobre os animais, os pesquisadores também estão montando um banco de informações com imagens fotográficas, textos e publicações científicas que vão auxiliar na divulgação dos resultados e na conscientização e educação ambiental das comunidades locais. (Foto: Thiago Gomide)

Ler mais: http://www.tribunadacalhanorte.com.br/news/mineradora-apresenta-suas-a%c3%a7%c3%b5es-na-gest%c3%a3o-ambiental-/

Secretaria realiza ações na Semana do Meio Ambiente em Monte Alegre

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Monte Alegre realizou uma programação da Semana do Meio Ambiente nos dias 4 e 5 de junho.
Entre as atividades houve mini palestra com o tema: Meio Ambiente, lixo e água. Outra atividade desenvolvida foi limpeza nas ruas, coleta do lixo, limpeza dos pocinhos existentes no Bairro de Serra Ocidental, plantio de mudas, no bairro de Serra Ocidental.
O evento contou com participação de moradores do referido bairro, alunos e representantes dos órgãos parceiros da ação: EMATER, Secretaria de Obras, Secretaria de Trabalho e Inclusão Social, Secretaria de Agricultura, COSANPA –PAC e Associação do Bairro.
A programação foi encerrada com palestra na Escola Orlando Costa para alunos de ensino fundamental.

Ler mais: http://www.tribunadacalhanorte.com.br/news/secretaria-realiza-a%c3%a7%c3%b5es-na-semana-do-meio-ambiente-em-monte-alegre/

Equipe monitora em Juruti espécie ameaçada de extinção

Fabíola Batista e Stephania Amorim
Uma população com cerca de duas centenas de exemplares de pau-cravo (Dicypellium caryophyllaceum), especiaria intensamente explorada pelos europeus no período colonial, foi localizada por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Juruti. A árvore consta nas listas das espécies ameaçadas de extinção divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará (SEMA-PA).
A descoberta aconteceu durante uma expedição, realizada em 2009, que percorreu o Pará e parte do estado do Maranhão, na tentativa de encontrar indivíduos dessa espécie e, também de outra como o pau-rosa (Aniba rosaeodora) – árvore que já foi intensivamente explorada pela indústria da perfumaria, e por isso, corre risco de extinção.
 “Até dez anos atrás, pensava-se que o pau-cravo estava extinto. Em 2002, foi realizada uma pesquisa para subsidiar os Estudos de Impactos Ambientais e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) de um novo empreendimento na região da Transamazônica, e, por acaso, encontramos um único exemplar de pau-cravo em Vitória do Xingu, Sudoeste paraense”, conta o engenheiro florestal Rafael Salomão, pesquisador do MPEG.
Em 2008, na época da instalação da Mina de Bauxita de Juruti, empreendimento mineral da Alcoa na região Oeste do Pará, a Companhia se comprometeu a realizar estudos de viabilidade da espécie como condicionante para sua implantação, incluindo também outras três espécies muito importantes: o pau-rosa, a castanheira (Bertholletia excelsa) e a maçaranduba (Manilkara huberii). A partir daí, Salomão, que também coordena o Programa de Monitoramento Biótico realizado pela Alcoa em parceria com o MPEG, e sua equipe fizeram um levantamento dos locais de ocorrência da espécie antes de partir para campo.
Num primeiro momento, no município de Vitória do Xingu, onde foi encontrado o primeiro exemplar, foram descobertas outras 20 árvores. Mas foi em Juruti, próximo à área onde a Alcoa mantém suas operações, que se encontrou a maior população de pau-cravo já registrada em toda a Amazônia desde o século XVIII.
Neste local, foi implantado um projeto de estudo com parcelas permanentes, abrangendo uma área de 10 hectares, para monitorar o comportamento da espécie. “Por causa da raridade do pau-cravo, não há muita literatura disponível sobre seu ciclo de reprodução. É necessário ter essas informações para poder realizar o resgate da espécie, evitando assim seu desaparecimento”, explica o engenheiro florestal.
“Também foi protocolado o pedido do Museu Emílio Goeldi à SEMA-PA para a criação de uma Unidade de Conservação (UC) de Uso Sustentável, que permita, num segundo momento, estabelecer um projeto de manejo sustentável por parte dos comunitários”, diz Volnei Tenfen, superintendente da área de Meio Ambiente da Alcoa Juruti, setor que financia e apoia a pesquisa, que deve durar, inicialmente, dois anos. “Este pedido ainda está em curso, sendo analisado pela Secretaria”, completa.
DROGA DO SERTÃO  - O pau-cravo é uma árvore da floresta amazônica conhecida também pelos nomes populares de cravo-do-maranhão, cravo-do-pará, cravo-do-mato e canela-cravo. Durante o período colonial do Brasil, era considerada uma concorrente à altura do cravo-da-índia e da canela-do-ceilão, com a vantagem de permitir a extração, na mesma planta, dos dois pro­dutos: a canela de sua casca e o cravo de suas flores.
Árvore elegante e de porte médio com até 20 metros de altura, cuja madeira aromática (cheiro de rosas), amarelada, compacta, resistente, própria para construção civil e naval. A parte mais importante desta bela árvore consiste na casca a qual vai aos mercados em pedaços de 30 a 60 cm de comprimento e 3 cm de largura, enrolados uns sobre os outros, formando um cilindro. Casca fina, de cor violeta escuro, aroma idêntico ao da canela da Índia e sabor picante idêntico ao do cravo da Índia.
Graças a essas características, quando, no início do século XVII, os portugueses descobriram o pau-cravo, logo perceberam o potencial que a espécie poderia atingir na Europa. Na época, especiarias como a canela, o cravo, açafrão, anis e a noz-moscada, de origem indiana, eram muito apreciadas no Velho Mundo. Eram usadas para conservar e temperar os alimentos, sendo também empregadas na produção de remédios. Contudo, com a Índia sob o domínio dos ingleses, os preços de tais especiarias eram altíssimos. Tal era o prestígio e a importância conferida a esses produtos que eles chegavam até a fazer parte dos dotes das noivas, das heranças, e também funcionavam como moeda de troca.
Da descoberta à intensa exploração, foi um pulo. Expedições foram organizadas para buscar e extrair a espécie, que, junto com pimenta-do-reino, cacau, urucum, guaraná, e outras, foram chamadas de “drogas do sertão”, em referência ao nome pelo qual a Amazônia era conhecida na época. Além de utilizada como tempero e remédio popular, da espécie se obtinha um corante usado para tingir roupas de algodão. A comercialização tem ligação direta com a quase extinção da espécie, classificada como vulnerável, e apontada como sendo de alto risco de desaparecimento num futuro próximo.

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Estádio de Santarém será subsede da Copa do mundo de 2014

O estádio Colosso do Tapajós foi cedido a Federação Internacional de Futebol (FIFA) e ao Comitê Organizador da Copa de 2014 para ser um dos Centros de Treinamento das seleções participantes do mundial. A formalização oficial foi realizada na tarde desta quarta-feira (6), depois que o secretário de Esporte e Lazer do Estado, Marcos Eiró assinou um contrato.
“Este evento é um marco significante para o Governo do Estado que através da Secretária do Estado de Esporte e Lazer faz a formalização oficial já com assinatura do contrato para Santarém como Centro de Treinamento de seleção na Copa de 2014”, relata Eiró.
Na oportunidade, ele apresentou o projeto de reforma do Colosso do Tapajós de acordo com as orientações repassadas pelo Comitê da Copa em reunião realizada em fevereiro deste ano.
Eiró destacou que Santarém tem uma posição geográfica privilegiada dentro do Brasil para ser uma subsede e afirmou que o evento deve contribuir para geração de renda e emprego no município.
Nos próximos dias, uma equipe de técnicos estará na cidade fazendo um trabalho de levantamento das potencialidades turísticas, infraestrutura, hospitais, condições do trânsito e hospedagens.

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Os dois lados do novo Código Florestal

Enquanto os ruralistas paraenses insistem em andar na contramão da história e não perceber o mundo em que vivem, afirmando que o aquecimento global é uma fraude, o novo Código Florestal brasileiro foi aprovado e já sofreu mais de 600 emendas parlamentares, avaliadas pela ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira como parte do processo democrático. As emendas foram feitas justamente pelo setor que se coloca como produtivo, em detrimento dos outros setores.
O Código Florestal pode não ser o ideal, mas segundo a advogada Syglea Rejane Magalhães Lopes, 46 anos, trouxe aspectos tantos positivos como negativos. Saber lidar com eles é o desafio. Coordenadora do curso de Direito do Grupo Ideal e doutora em Direitos Humanos e Meio Ambiente, Syglea Lopes ministrou uma palestra na faculdade no início da semana justamente para destacar os dois lados da moeda do novo Código.
Leia a reportagem completa no site do Diário do Pará
“O perdão ambiental para infratores até a data de 22 de julho de 2008 é um dos aspectos negativos”, diz ela. “O golpe de misericórdia foi a flexibilização geral. Para as áreas consolidadas houve o perdão e o direito de permanecer fazendo aquela mesma atividade”. Segundo a especialista, o Código manteve os instrumentos, como as reservas legais e áreas de preservação permanente, mas atenuou a reparação de danos a essas áreas. “As áreas consolidadas, ou seja, já com danos ambientais, sobrepuseram-se as áreas de preservação e reservas legais, com excessos de flexibilização”, afirma.
O Código também dispensou a averbação da reserva legal. Reserva Legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, que não seja a de preservação permanente, onde não é permitido o corte raso, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas. A ideia de averbação é dar publicidade à reserva legal, para que futuros adquirentes saibam onde está localizada, seus limites e confrontações, uma vez que podem ser demarcadas em qualquer lugar da propriedade. E a lei determina que, uma vez demarcada, fica vedada a alteração de sua destinação, inclusive nos casos de transmissão, a qualquer título, nos casos de desmembramento ou de retificação de área. (Diário do Pará)