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sexta-feira, 29 de junho de 2012

Vale continuará ofensiva à taxa mineral

A Vale vai manter sua estratégia para tentar resolver o imbróglio relativo à cobrança da taxa de fiscalização sobre o minério de ferro criada pelo governo do Pará, disse nesta sexta-feira o diretor financeiro da companhia, Tito Martins.
Perguntado se a companhia pretende negociar com o governo do Estado uma redução da cobrança, o executivo respondeu: “Não. Vamos continuar fazendo o que estamos fazendo”. A Vale tem contestado a taxa na Justiça.
Leia também:
Taxa mineral: deputado abre fogo contra Vale.
Em entrevista à Agência Estado na terça-feira o vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, afirmou que o governo está disposto a negociar com a Vale a redução da taxa de mineração cobrada sobre o minério produzido no Estado.
Segundo ele, o cenário externo pouco favorável para o produto pode fazer a administração estadual rever o patamar da cobrança. Ele afirmou, entretanto, que a Vale não procurou o governo para pedir a redução.
Martins participa de seminário sobre a crise internacional na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Municípios afetados por Belo Monte vão receber quase R$ 3 milhões

O Ministério da Saúde autorizou um incentivo financeiro de quase R$ 3 milhões para os municípios que sofrerão impacto direto com a implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no sudoeste do Pará. A portaria nº 1.237, publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (15), regulamenta o financiamento e a transferência de recursos federais para ações e serviços de saúde em cinco municípios da região.
A ação foi tomada levando em consideração que a implantação da usina de Belo Monte gerará um fluxo migratório com crescimento populacional estimado em quase 50%, ou seja, pelo menos mais 74 mil pessoas devem ser atraídas para a região, vindas de outras localidades do Pará ou até mesmo de outros estados do país.
Além disso, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) avaliou que os impactos relacionados a esse aporte populacional irão gerar sobrecarga na gestão da administração pública. Com isso, há um acréscimo na demanda por serviços nas áreas de habitação, saneamento, energia, transporte, comunicação, educação, saúde, entretenimento, lazer e segurança pública.
Por fim, foi levada em consideração a necessidade de atender as demandas de saúde nas localidades através da reorganização da atenção básica, aumentando a capacidade instalada e melhorando as respostas frente à nova realidade da população local.
A portaria define no artigo 1º um incentivo financeiro de R$ 2.863.601,00 para compensação dos fluxos migratórios nos municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, que experimentarão impacto direto na implantação da usina de Belo Monte.
No artigo 2º, o pagamento do incentivo leva em consideração a população atraída para os municípios impactados diretamente com a implantação da hidrelétrica, conforme o Projeto Básico Ambiental, cuja versão final é de setembro de 2011.
O incentivo financeiro, de que trata a portaria, será transferido por meio de duas parcelas no ano de 2012 pelo Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde dos Municípios, "em caráter excepcional e provisório, como fator de correção de impacto demográfico transitório", como define o artigo 3º.
Já o artigo 4º define que o incentivo financeiro está condicionado à alimentação regular dos bancos de dados do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do Sistema de Informações Sobre Orçamentos Públicos em Saúde, Sistema de Informação Ambulatorial, Sistema de Informação Hospitalar e Sistema de Informação da Atenção Básica.
A não alimentação dos bancos de dados nacionais especificados no art. 4º, por três meses consecutivos, implicará na suspensão do repasse de recursos de incentivo financeiro, diz a portaria.
Fonte: http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2012/

Quilombolas contribuem para a preservação de florestas, diz estudo


Estudo realizado com 35 comunidades quilombolas instaladas na região de Oriximiná, no Norte do Pará, aponta que a manutenção desta população descendente de escravos em áreas da intocadas da Amazônia ajuda na preservação da floresta e evita o desmatamento ilegal.
O levantamento aponta ainda que 8 mil moradores da região começam a sofrer interferências externas devido a projetos de infraestrutura na região amazônica, além de assédio de madeireiras, de acordo com a organização Comissão Pró-Índio de São Paulo.
A organização não-governamental criada em 1978, que trabalha com a garantia dos direitos territoriais de povos indígenas e quilombolas, defende a regularização fundiária das terras onde vivem estes moradores e faz críticas à demora para a conclusão deste processo.
“Titular (as terras como pertencentes aos quilombolas) é importante, é a base de tudo. Mas depois disto, não há fiscalização e apoio para geração de renda, essas comunidades ficam vulneráveis às exploração dos recursos naturais”, disse Lúcia Andrade, coordenadora-executiva da Comissão Pró-Índio. Em todo Brasil, estima-se a existência de 3 mil comunidades quilombolas.

Morador de comunidade quilombola na região de Oriximiná, no Pará (Foto: Divulgação/Carlos Penteado)Morador de comunidade quilombola na região de Oriximiná, no Pará (Foto: Divulgação/Carlos Penteado)
Cinturão-verde
De acordo com o relatório, as oito comunidades da Calha Norte do Pará contribuíram para a redução do desmatamento da Amazônia entre 2000 e 2009. A região concentra 6.944 km² de floresta.
A partir de informações do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Instituto de Terras do Pará (Iterpa), e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estudo aponta que até 2000 a região havia perdido 64 km² de mata nativa.
No entanto, o último dado indicava que o ritmo de desmatamento diminuiu e a área devastada entre 2006 e 2009 foi de 6 km².
“Isto é devido ao modo que os quilombolas exploram a floresta. Eles vivem um modelo econômico com ênfase no extrativismo e tem a castanha como uma dos principais produtos manejados”, disse Lúcia.
“A gente trabalha juntando tudo que cai no chão, sem precisar cortar nada e sem prejudicar a natureza. Quanto às nossas atividades de agricultura, cada família recebe um pedaço de terra e faz a ‘roça’ deles em duas partes. Quando eles acham que um pedaço de terra está ‘cansado’, eles trocam de área, sem precisar derrubar a mata virgem”, disse Nilza Nira Melo de Souza, 42 anos, moradora da comunidade quilombola de Jauari.
Mapa mostra comunidades quilombolas instaladas na região de Oriximiná, no Norte do Pará (Foto: Reprodução) 
Mapa mostra comunidades quilombolas instaladas na região de Oriximiná, no Norte do Pará (Foto: Reprodução)
 
Pressão externa
Outro ponto levantado pelo estudo se refere a ameaças externas que afligem as comunidades instaladas nos arredores dos Rios Trombetas e Erepecuru: interesses na extração de bauxita, fosfato e ouro e projeto de construção de centrais hidrelétricas de pequeno porte.
Para a organização Comissão Pró-Índio, as informações sobre os projetos não estão sendo retransmitidas de forma clara aos quilombolas, que, segundo a ONG, têm o direito de conhecer o que acontecerá no território deles.
A quilombola Nilza Nira afirma que a comunidade de Jauari, onde moram 60 pessoas, será afetada diretamente pela construção de uma hidrelétrica.
“Estamos nos reunindo para não permitir esta construção. Queremos manter a nossa tradição e não modernizá-la com este impacto”, explica a moradora, que é também coordenadora da Associação dos Remanescentes de Quilombos do Município de Oriximiná.
FONTE: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/11/quilombolas-contribuem-para-preservacao-de-florestas-diz-estudo.html

Biodiesel de fruto da Amazônia pode levar luz elétrica a comunidades rurais

Um pequeno fruto abundante na Amazônia pode ser uma alternativa para solucionar o déficit de energia elétrica na região, de acordo com um projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
O tucumã, encontrado na palmeira de mesmo nome, se tornou matéria-prima na produção de biodiesel capaz de movimentar geradores empregados no fornecimento de luz elétrica para comunidades rurais.
Pesquisadores do Inpa conseguiram extrair da semente do fruto um óleo vegetal que pode ser transformado em “combustível natural” após um processo químico.
Segundo Sérgio Nunomura, pesquisador do instituto, a necessidade de se criar formas alternativas para a geração de energia levou um grupo de cientistas a desenvolver testes com o tucumã.
“Testes laboratoriais mostraram que é possível movimentar um gerador com o biodiesel de tucumã. Isto poderia contribuir com comunidades isoladas da Amazônia, onde ainda não existe energia elétrica”, explica Nunomura.
À esquerda, o fruto tucumã, encontrado em abundância nas cidades da Região Metropolitana de Manaus (AM). À direita, a palmeira de mesmo nome. (Foto: Divulgação)À esquerda, o fruto tucumã, encontrado em abundância nas cidades da Região Metropolitana de Manaus (AM). À direita, a palmeira de mesmo nome. (Foto: Divulgação)
 
Energia como desenvolvimento
De acordo com o pesquisador, atualmente cerca de 500 comunidades do Amazonas passam por dificuldades devido à falta de luz elétrica.
“É um dos principais empecilhos para melhorar o índice de desenvolvimento humano na população do estado. Sem energia, não tem como preservar o alimento, fica difícil o acesso à educação e à comunicação. [O óleo de tucumã] seria uma alternativa natural ao problema”, explica.
A palmeira tucumã dá fruto o ano todo, segundo o Inpa. Cada unidade produz até três cachos contendo cerca de 130 frutos. A produção do biodiesel resolveria ainda um problema ambiental detectado em Manaus: o manejo dos resíduos do tucumã.
Isso porque o fruto é empregado na culinária amazonense, tendo como principal representante o sanduíche batizado de “x-caboquinho”, que é pão, queijo coalho e o fruto picado – iguaria apreciada principalmente no café da manhã.
“Só que hoje, as sementes, principal matéria-prima do biodiesel, vão para o lixo. A produção em massa desse combustível alternativo poderia reutilizar os restos deste fruto, evitando o desperdício”, diz Nunomura.
Ainda não há previsão para início de uma produção em larga escala do combustível, já que o biodiesel ainda segue em fase de testes.
Cadeia produtiva
Entretanto, o pesquisador ressalta que são necessários investimentos maciços em maquinário para conseguir produzir este combustível em massa nas regiões mais isoladas. Sem especificar valores, Nunomura cita, por exemplo, a criação de uma cadeia produtiva para que o projeto de biodiesel natural dê certo.
“É preciso uma organização nas comunidades e investimentos nelas. Quando você leva energia elétrica para essas regiões, gera um grande potencial econômico que precisa ser administrado. Deste modo, a formação de cooperativas é essencial”, disse.

Lula, Haddad, SBT e Ratinho são multados por propaganda antecipada

Lula, Haddad, SBT e Ratinho são multados por propaganda antecipada

A Justiça Eleitoral condenou nesta terça-feira, 26, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o SBT e o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, por propaganda eleitoral antecipada do ex-ministro da Educação no Programa do Ratinho do dia 31 de maio. Eles foram condenados a pagar R$ 5 mil cada. A ação foi impetrada pelo PSDB e PPS. Cabe recurso ao Tribunal Regional Eleitoral.
Durante o programa, Lula elogiou Haddad, que foi chamado para participar da entrevista no palco, ao lado do ex-presidente e de Ratinho. "Acho que São Paulo precisa de um prefeito que tenha o mesmo entusiasmo que Haddad mostrou quando era ministro da Educação", afirmou o petista.
Na avaliação da juíza auxiliar Carla Themis Lagrotta Germano "há clara indução ao eleitor no pedido de votos, na medida em que o pré-candidato se identifica como sendo o "novo" na política, e naquele em que a população irá votar, porque quer mudança". A juíza destaca a "ausência de equilíbrio entre os pré-candidatos" na entrevista do Ratinho e SBT, além da "aberta campanha" realizada pelo ex-presidente Lula.
Segundo o advogado do PSDB, Ricardo Penteado, "a decisão é bem exemplar e importante porque demonstra claramente que a emissora realmente se envolveu na propaganda". Penteado argumenta que, além de entrevistar os petistas, foi exibido um mini documentário sobre o Prouni, programa criado por Haddad quando era Ministro da Educação, que distribuiu bolsas de estudos em universidades particulares a alunos de baixa renda. "Exibiram documentário sobre o Prouni, que tinha formato de propaganda eleitoral", ressalta. Ainda cabe recurso à decisão.

Clubes de maior torcida penam para obter patrocínio: entenda por quê

Corinthians, Flamengo e São Paulo reúnem 76 milhões de torcedores, mas continuam em busca de parceiro principal para estampar marca na camisa

Por Mariana Kneipp Rio de Janeiro

Uma exposição de marca que atinge diretamente 39% da população brasileira está disponível no mercado. E ninguém quer. Nos últimos cinco meses, empresas vêm recusando propostas de patrocínio master para Corinthians, Flamengo e São Paulo, que juntos somam quase 76 milhões de torcedores no país, segundo pesquisa de 2010 do Ibope. Além do trio, somente o Náutico está na mesma situação entre os 20 participantes da Série A.
No início, os altos valores pedidos travavam as negociações. Agora, com o primeiro semestre passado em branco, os clubes têm dificuldade para negociar com empresas, que já planejaram o orçamento para o resto do ano. O tempo passou. Copa do Brasil e estaduais também. E a camisa continua limpa, com exceção de patrocínios pontuais, de menor valor.
- Houve uma valorização (do espaço nas camisas), que tende a permanecer até a Copa de 2014. É natural, mas não se pode pedir loucura - explicou o vice-presidente da BMG, Márcio Alaor, que tem no orçamento atual o patrocínio a 28 clubes (contra 39 de 2011), a um custo de cerca de R$ 40 milhões, uma queda de 43% em relação ao ano passado.
Info Valores - 22-06-12 (Foto: infoesporte)
Uma explicação complementar dada por executivos de empresas é a crise econômica mundial. Instituições com capital estrangeiro estão estrangulando seus orçamentos de marketing para controlar as perdas em vendas. Com isso, as grandes marcas estão esperando pelo próximo ano, véspera da Copa do Mundo, pelo menos, para voltar a investir no futebol brasileiro.
Clubes enfrentam mercado em baixa
O Corinthians não fala em números oficialmente. No entanto, o GLOBOESPORTE.COM apurou que a diretoria está pedindo R$ 30 milhões para estampar frente e verso da camisa. O objetivo maior seria um pacote incluindo ombros e a área próxima às axilas ao custo de R$ 52 milhões. É mais do que o dobro do que a Hypermarcas - patrocinador que detinha esses espaços até o fim do Paulistão (maio) - quer pagar para fazer outro contrato. A empresa, que antes dava R$ 38 milhões ao Timão, agora quer diminuir para R$ 25 milhões, influenciada pela saída da 9ine, agência de marketing esportivo que tem como sócio Ronaldo Fenômeno e era a ponte na negociação.
- Não acho que os custos atuais sejam altos. O valor que se pagava antigamente pelas propriedades é que era muito baixo. Há um patamar mínimo que está sendo apresentado no mercado e que condiz com a nossa entrega. Estamos negociando - afirmou o diretor de marketing do Corinthians, Caio Campos.
O Flamengo tenta não repetir a história da última temporada. Em 2011, foram sete meses com a camisa limpa até assinar com a Procter & Gamble por um período de cinco meses, por R$ 5,6 milhões. A parceria com a Traffic, que pagava parte do salário de Ronaldinho Gaúcho e exigia prioridade em negociações de patrocínio master, terminou em fevereiro e atrasou o cronograma também para 2012, segundo o diretor de marketing do Rubro-Negro, Marcus Duarte.
Valores de patrocínios no eixo Rio-São Paulo
Fluminense R$ 90 milhões/ano (Unimed)*
Palmeiras R$ 75 milhões/três anos (Kia)
Santos R$ 20 milhões/ano (BMG)
Botafogo R$ 16 milhões/ano (Guaraviton)
Vasco R$ 16 milhões/ano (Eletrobras)
* é o valor (aproximado) destinado pelo orçamento da empresa para pagar direitos de imagem e aquisição de direitos de jogadores. O dinheiro não vai diretamente para os cofres do Fluminense. Por contrato, a Unimed deve gastar no mínimo R$ 15 milhões por ano
- Agora estamos trabalhando com dois cenários em relação a patrocínios. Um deles é com uma empresa lá de fora, que seria um contrato mais longo, de um ano e meio, até o fim de 2013. O outro é com duas empresas nacionais, que assinariam até o fim do Brasileiro. Estamos trabalhando com agências e tentando vender para essas empresas agora em junho ou julho. As conversas estão evoluindo - garantiu o dirigente.
Duarte confirmou que o clube quer R$ 20 milhões pelo patrocínio master, deixando abertura para propostas que chegarem perto deste número. A melhor até o momento foi de R$ 15 milhões - e recusada. A verba do novo patrocinador seria somada aos R$ 8 milhões do banco BMG (mangas), R$ 5 milhões da Cosan (barra traseira da camisa e parte traseira do calção), R$ 3 milhões da Triunfo Logística (ombros) e R$ 2 milhões da Tim (interior do número da camisa), já presentes no uniforme do Flamengo.
O São Paulo também pede R$ 20 milhões, apesar de não confirmar oficialmente. A marca da BMG foi estampada até o fim do Brasileiro de 2011, mas a empresa alegou questões de reposicionamento e não renovou o contrato. Até o momento, a melhor proposta foi de R$ 12 milhões.
- Temos sondagens de empresas que nos consultam, mas não houve um acordo que chegasse ao nível pedido. Temos um dilema atualmente. Se vendermos por um valor que entendemos que é menor do que vale, jogamos o preço lá para baixo. Para readquirir o patamar depois ficará muito difícil. Se não conseguirmos para este ano, temos um fôlego com a receita que gera o nosso estádio. Ela dá condição de negociarmos com um certo equilíbrio - lembrou Julio Casares, vice de marketing do São Paulo.
Info Patrocinios - 22-06-12 (Foto: infoesporte)
'Estamos indo ao mercado no tempo errado', diz diretor
Embora os números das propostas assustem as empresas, os clubes acreditam que o maior empecilho para fechar patrocínios neste momento é o "timing" errado. Os executivos confirmam que o orçamento de 2012 já está comprometido. Com isso, os dirigentes precisam pensar mais para frente.
- Estamos indo ao mercado no tempo errado. Era para ter aberto em julho ou agosto (de 2011), para ter uma decisão em novembro e apresentar a parceria em janeiro, no início do estadual. Devido à exclusividade que tínhamos com a Traffic, só conseguiremos fechar de forma rápida com uma empresa nacional se tivermos muita sorte. O ano já começou, os orçamentos estão definidos - afirmou Duarte.
Mesmo com problemas de "timing", o diretor do Flamengo apresenta números favoráveis a quem investe em patrocínio. Segundo Duarte, a Batavo teve em 2010 um retorno de visibilidade entre R$ 76 e 77 milhões, o que, de acordo com informações do dirigente, é 3,5 vezes maior do que o valor investido. Para ele, nem mesmo as notícias de imbróglios judiciais, principalmente após a saída de Ronaldinho Gaúcho, podem sujar a imagem do clube no mercado.
- A força da marca não diminuiu. É como se o Flamengo fosse um planeta, e as estrelas ficassem passando na sua órbita. Não atingem. Claro que houve uma perda grande nos negócios com a saída do Ronaldo. Licenciamentos tiveram que parar porque ele não é mais nosso atleta, e houve uma queda na venda de camisas com todos os questionamentos e escândalos que foram para a rua. Mas o mercado já entende que o Flamengo não é apenas um atleta.
Retorno do patrocinador do Tricolor chega a dez vezes
Márcio Alaor, da BMG, concorda com a visão de Duarte e também cita números positivos da relação com o São Paulo. O contrato foi encerrado apenas porque a empresa mudou de estratégia. Com a meta de ser mais conhecida pelo público já alcançada, ela agora diminuiu o número de clubes patrocinados.
- O retorno é espetacular. A cada R$ 1 que investi no São Paulo, tive um retorno de oito, dez vezes. Eu recomendo, sem dúvida. Saímos apenas por uma questão de reposicionamento - afirmou, acrescentando que uma pesquisa feita pela empresa Sport+Market mostrou que a empresa subiu mais de 100 posições e chegou ao top 3 no ranking de conhecimento de marcas ligadas ao futebol.
O reconhecimento passa pela exposição na mídia. Até a última semana, o Corinthians teve 30 jogos transmitidos pela TV Globo. O Flamengo somou 14, e o São Paulo, nove.
'Tem que mostrar o cálculo no papel', diz diretor
Fora do eixo Rio-São Paulo, a parceria do Banrisul com Grêmio e Internacional já dura 11 anos, tornando-se o segundo patrocínio mais longo, atrás apenas de Fluminense e Unimed (14 anos). São cerca de R$ 15 milhões anuais para cada clube. Para o diretor de marketing da empresa, Guilherme Cassel, independentemente de não ser o melhor momento para a negociação, os clubes precisam mostrar que valem quanto pedem.
- Em uma mesa sempre é preciso adequar o pedido à necessidade do interlocutor. O clube pode até valer o que pedem, mas tem que mostrar o cálculo no papel. Hoje as empresas têm instrumentos, já sentam para negociar com consciência sobre a relação custo-benefício. Se a proposta não for assim, nem começam a negociar - afirmou.
O resultado fantástico que tivemos com o patrocínio trouxe oportunidades. Hoje, temos um fundo de participação nos direitos de jogadores como Montillo (10%), Paulinho (20%) e Ralf (20%)"
Márcio Alaor, vice-presidente da BMG
O pensamento do Banrisul não é uma exceção no cenário brasileiro atual. Segundo Ivan Martinho, diretor comercial da empresa de marketing esportivo Traffic, houve uma mudança de perspectiva nas relações entre marcas e clubes com o avanço do uso de ferramentas de medição de retorno.
- Antes a decisão era quase 90% emocional. O patrocinador tinha uma relação pessoal com o clube, era torcedor. À medida que os valores aumentaram muito nos últimos anos, os executivos precisavam de uma justificativa técnica para reportar o investimento aos acionistas, mais focada em aumento de vendas, relacionamento com os clientes, não apenas visibilidade. Houve uma conscientização maior - afirmou.
As empresas também estão indo além do patrocínio, como é o caso da BMG. O vice-presidente da empresa conta que atualmente faz práticas mais ligadas ao relacionamento com o clube e também com o mercado.
- O resultado fantástico que tivemos com o patrocínio trouxe oportunidades. Hoje, temos um fundo de participação nos direitos de jogadores como Montillo (10%), Paulinho (20%) e Ralf (20%). No ano passado, vendi nove atletas e tive um lucro de 72% sobre o valor investido. Além disso, melhoramos a relação com as diretorias ao possibilitar o adiantamento do pagamento de cotas da TV, quando necessário - lembrou Márcio Alaor.

Servidores do IFPA entram em greve neste sábado

Categoria aprovou movimento em assembleia geral

Servidores do IFPA entram em greve neste sábadoA greve será de professores e técnicos administrativos

 Santarém - Os servidores do Instituto Federal do Pará (IFPA) decidiram em assembleia geral na última terça-feira (26) entrar em greve por tempo indeterminado neste sábado (30). Professores e técnicos-administrativos reivindicam melhores condições de trabalho, aumento da remuneração e reestruturação dos planos de carreira.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe/PA), os servidores pretendem se unir para ampliar e fortalecer a mobilização para enfrentamento com o governo Dilma Rousseff. A suspensão da eleição para reitor e diretores gerais, as recorrentes denúncias de improbidade administrativa e a expansão do IFPA, também foram criticados pelos servidores.

Com a decisão, os trabalhadores do IFPA aderem e fortalecem a greve das demais categorias de servidores públicos federais– com destaque para o setor da educação . Eles repudiam a postura intransigente e a falta de propostas concretas do governo e cobram uma política salarial permanente, recomposição linear de 22,08%, estabelecimento da data-base para 1º de maio e vários benefícios sociais.

Além disso, os servidores também aprovaram o Comando Local de Greve (CLG) responsável por traçar a estratégia de ação e elaborar o calendário de mobilização para os próximos dias. O CLG conta, até o momento, com a seguinte composição: a diretoria do Senasefe-PA; Aírton Serrão (docente); Bartolomeu Júnior (técnico-administrativo); Cledson Nahum (docente); Jobson dos Anjos (técnico-administrativo); José Luís (técnico-administrativo); e Lindon Johnson (docente).

Fonte: Informações Sinasefe/PA

Número de evangélicos aumenta 61%, diz IBGE

Os católicos diminuíram 1,3% entre 2000 e 2010, segundo o Censo. Mas o país segue de maioria católica, com 123,2 milhões de pessoas. 

Brasil - O número de evangélicos no Brasil aumentou 61,45% em 10 anos, segundo dados do Censo Demográfico divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, cerca de 26,2 milhões se disseram evangélicos, ou 15,4% da população. Em 2010, eles passaram a ser 42,3 milhões, ou 22,2% dos brasileiros. Em 1991, o percentual de evangélicos era de 9% e, em 1980, de 6,6%.

Mesmo com o crescimento de evangélicos, o país ainda segue com maioria católica. Segundo o IBGE, o número de católicos foi de 123,3 milhões em 2010, cerca de 64,6% da população. No levantamento feito em 2000, eles eram 124,9 milhões, ou 73,6% dos brasileiros. A queda foi de 1,3%
A queda do percentual de católicos é histórica, de acordo com o instituto. Até 1970, em quase 100 anos, a queda foi de 7,9 pontos percentuais: o número de católicos em 1872 (ano do primeiro Censo) representava 99,7% da população e passou a 91,8% em 1970.
O Nordeste ainda mantém o maior percentual de católicos, com 72,2% em 2010. Apesar de ser a região do país com maior concentração do grupo religioso, a população nordestina católica sofreu queda. Em 2000, o percentual era de 79,9%. No Sul, o IBGE também identificou redução do percentual de católicos, saindo de 77,4% para 70,1% nos censos de 2000 e de 2010, respectivamente.

A maior redução foi registrada pelo instituto no Norte, passando de 71,3% da população em 2000 para 60,6% em 2010.

O IBGE registrou que, ao mesmo tempo em que o número de católicos caiu no Norte e no Nordeste, o número de evangélicos cresceu com maior volume nas duas regiões. A representatividade no Norte saiu de 19,8% (2000) para 28,5% (2010). No Nordeste, o aumento de evangélicos foi menor, saindo de 10,3% para 16,4%, se comparados os Censos de 2000 e de 2010, respectivamente.

No estado do Rio de Janeiro, o percentual de católicos é 45,8% da população em 2010, o menor do país, segundo o IBGE. No estado também foi registrada a maior concentração de espíritas com 4%; seguido de São Paulo, com 3,3%; Minas Gerais, com 2,1%; e Espírito Santo, com 1%.

No Piauí, o percentual de católicos foi o maior, com 85,1% da população do estado. A proporção de evangélicos foi maior em Rondônia, com 33,8%. A menor foi registrada no Piauí, com 9,7%.

O IBGE registrou que 15 milhões de pessoas se declararam sem religião no Censo de 2010, o que representa 8% dos brasileiros. Em 2000 eram 12,5 milhões, o equivalente a 7,3% da população.

O Censo 2010 também apontou que 31,5% dos espíritas têm nível superior completo, apenas 1,8% das pessoas não têm instrução e 15% têm ensino fundamental incompleto. Outros 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.

Os católicos têm 6,8% das pessoas sem instrução e 39,8% com ensino fundamental incompleto. No grupo dos que se declaram sem religião o percentual de pessoas sem instrução é de 6,7% e outros 39,2% têm ensino fundamental incompleto. Entre os evangélicos o percentual chega a 6,2% (sem instrução) e a 42,3% (com ensino fundamental incompleto).

Fonte: G1

Terremoto é sentido no Pará e assusta moradores

Algumas casas da parte baixa do município teriam rachado com o tremor. Segundo a polícia, houve um princípio de tumulto entre a população. 

Pará - Um tremor de terra assustou a população de Baião, na região do Baixo Tocantins, no início da manhã desta sexta-feira (29). Moradores afirmaram ter sentido a terra tremer e contaram ainda que algumas casas da parte baixa do município chegaram a ficar rachadas com a intensidade do tremor.

Segundo a Polícia Militar, a situação deixou os ânimos tensos na cidade, chegando a ter um princípio de tumulto entre a população.

A Universidade Federal do Pará (UFPA), que possui um sismógrafo, aparelho que registra terremotos, informou que o equipamento está desativado e que por isso não tem como verificar o que houve no município.
De acordo com Raimunda Barroso, que estava recebendo atendimento em um hospital de Baião no momento do tremor, as paredes da clínica médica onde ela estava tremeram, e ela chegou a sentir um choque na cama. "As pessoas começaram a gritar, e saiam correndo. Muitos achavam que era um acidente, como um caminhão batendo na parede do hospital", conta. Segundo a moradora, o tremor causou até prejuízos em um dos mercadinhos da cidade. "Todas as mercadorias caíram das prateleiras, e vários produtos de vidros foram destruídos", afirma.

Segundo Raimunda, não se fala em outra coisa no município. "As pessoas comentam apenas que a terra tremeu, mas ninguém sabe o que causou e nenhuma explicação foi apresentada aos moradores", lamenta.

Fonte: G1

Quilombolas de Oriximiná irão fornecer merenda escolar para o município

Sessenta agricultores quilombolas, das áreas Trombetas, Alto Trombetas e Rio Erepecuru e adjacentes, estão em fase de regulamentação documental para o fornecimento de produção agrícola para merenda escolar da comunidade quilombola do município de Oriximiná, oeste do estado. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), por meio do escritório local, realizou visitas cadastrais durante o mês de junho.
As visitas técnicas que a Emater realizou nas comunidades quilombolas do município, com o objetivo de cadastrar os produtores familiares, é o que vai garantir a expedição da DAP - Declaração de Aptidão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), documento indispensável para geração de produtos agropecuários para a prefeitura local por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O objetivo da Emater é assegurar que a população tradicional possa fornecer a produção excedente para as escolas da região.
Segundo o técnico agropecuário Alexander Valente, que participou das visitas de campo, as famílias agricultoras produzem mandioca e seus derivados, como a farinha d’agua, farinha de tapioca e o beiju; castanha do pará; leite; frutas, como banana e abacaxi; e batata doce. “É o excedente dessa produção de subsistência que irá ser fornecido para a merenda escolar”, informou.
“As escolas que ensinam na comunidade quilombola estavam adquirindo para merenda, biscoitos e sucos artificiais. Com esse trabalho da Emater, os produtores poderão fornecer um alimento de qualidade que ainda garanta o resgate dos hábitos alimentares tradicionais desta população e gere renda para as famílias”, destacou Valente.
Kenny Teixeira Emater PA http://www.emater.pa.gov.br