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sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Sai a última licença para o hospital da Alcoa
Saiu, enfim, a derradeira das inúmeras licenças de funcionamento do hospital de médica complexidade que a Alcoa ergue em Juruti.
É o que informou ao blog hoje (31) um executivo da multinacional.
Com a licença, expedida pela Sema (Secretária Estadual de Meio Ambiente), a mineradora agora se debruça para elaborar o evento de inauguração da obra, previsto para setembro.
O Hospital 9 de Abril, cuja gestão foi entregue à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), já teve a sua entrega à população prevista para esse mês de agosto.
Estudo com macaxeira tem produtividade recorde
Uma atividade
desenvolvida pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado do Pará (Emater), em Santarém, oeste do estado, alcançou números
inéditos na produção de macaxeira em várzea. Na comunidade de Santana do
Ituqui, localizada no Projeto de Assentamento de mesmo nome, na zona
rural do município, foi implantada a primeira Unidade de Observação (UO)
de macaxeira em várzea.
Os
resultados, seis meses após o plantio da área, que recebeu ainda milho e
abóbora, surpreenderam. A macaxeira, da variedade amarela, alcançou uma
produtividade de 78 toneladas. Os números são inéditos no Brasil, uma
vez que a maior marca alcançada até então por essa espécie foi de 54
ton/ha, obtida por meio de um estudo desenvolvido pela Empresa
Brasileira de Pesquisa (Embrapa).
A Unidade de
Observação nasceu da necessidade de verificar qual atividade agrícola
tem melhor produtividade, utilizando um recurso que existe em abundancia
na região - as águas do Rio Amazonas -, além de poder oferecer uma
alternativa de produção às famílias agricultoras. Segundo o engenheiro
agrônomo da Emater, Francisco Chaves, um dos responsáveis pelo projeto, a
alta produtividade da macaxeira amarela se deu exclusivamente em razão
da alta fertilidade do solo de várzea, rico em fósforo e nitrogênio,
devido à reposição anual das águas do Amazonas. “A idéia aqui é
trabalhar a produção no ritmo das águas, que tem períodos determinados.
São seis meses de enchente e mais seis meses de vazante”, afirmou
Chaves.
A macaxeira amarela é
rica em caroteno, substancia que ajuda o corpo humano a fixar outras
vitaminas e proteínas ingeridas. Além disso, segundo dados da Emater, o
produto tem mercado garantido. Muito apreciada na região a macaxeira que
tem produção totalmente orgânica, garante um lucro de 60% só com a
venda in natura. O produto também pode ser usado para a produção de
farinha, o que já agregaria valor, com o quilo comercializado a R$,
2,50. De acordo com a Emater, a farinha produzida com a macaxeira traz
benefícios ao ser humano, começando pela inexistência do ácido contido
na mandioca, usada tradicionalmente para a produção da farinha. Os
estudos da Emater em Santarém prosseguem com o objetivo de identificar
outros benefícios da macaxeira amarela, da qual se aproveita
praticamente tudo, até as folhas, que servem para a produção de ração
animal.
Os números atingidos ainda precisam ser
confirmados, por isso a Emater está refazendo o plantio da variedade. A
ideia é fechar parceria com a Embrapa para publicar a experiência, após a
nova colheita, que acontece em seis meses. “Queremos difundir essa
tecnologia de produção, que provou ter rendimento altíssimo”, completou
Chaves.
FONTE: Agência Pará
PARÁ: 39 MUNICÍPIOS AGUARDAM RESPOSTA SOBRE REFORÇO
O
presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Ricardo Nunes,
aguarda a resposta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o pedido de
reforço federal para a segurança pública de 39 municípios paraenses durante
estas eleições. O pedido foi feito em junho.
Ele
ressaltou que, apesar da preocupação de alguns juízes eleitorais, os dirigentes
da segurança pública estadual também já asseguraram um esquema especial para
garantir que o eleitor vote com segurança.
Porém,
o desembargador garante que não tem preocupação imediata com o horário de
divulgação do resultado das eleições municipais no Pará e que, assim como no
plebiscito sobre a divisão do Pará em 2011, ele acredita que não será um fator
determinante. “Quero transmitir o resultado o mais rápido possível. Mas não
estamos em uma guerra, isto é uma eleição, que é um exercício de cidadania”,
definiu.
Para
que a apuração ocorra de maneira ágil, o TSE já confirmou a distribuição de 338
pontos de transmissão de dados via satélite para o TRE/PA. No plebiscito,
afirma Nunes, foram utilizados 277 pontos e o resultado foi divulgado às 19h,
duas horas após o término da votação.
PONTOS
A
maioria dos pontos de transmissão no Pará servirá para regiões de maior
dificuldade de acesso às zonas eleitorais, especialmente Marajó e
Baixo-amazonas. O TSE criou critérios de distribuição a partir de distâncias de
três horas do cartório eleitoral. Também será instalada na capital uma Central
de Apoio Técnico para atender todas as 104 zonas eleitorais do Estado no dia
das eleições e durante todo o processo de apuração.
A
partir do dia 23 de setembro, informa o presidente do TRE/PA, as urnas
eletrônicas começarão a ser preparadas, iniciando pela zona eleitoral de Ananindeua,
o segundo maior colégio eleitoral do Estado do Pará.
A
paralisação dos servidores do Judiciário neste período eleitoral, segundo
Ricardo Nunes, não vai afetar o processo de preparação da eleição. É que os
dirigentes das associações e sindicato da categoria asseguram ao presidente a
manutenção de 40% de todos os serviços do órgão, a fim de assegurar a
viabilização das eleições.
“Os
tribunais eleitorais se caracterizam pelos desafios. Tivemos quatro juízes para
julgar mais de mil recursos de registros de candidatura e conseguimos cumprir o
prazo. Essa eleição é só mais um desafio”, garante Nunes. No total foram
julgados até o dia 23, 940 recursos de registros de prefeito e vereadores,
sendo 15 prefeitos e 432 vereadores com candidaturas indeferidas. A totalização
dos recursos ainda não foi concluída pelo sistema do TRE.
NATUREZA: TERAPIA COM BOTOS AJUDA A TRATAR CRIANÇAS DEFICIENTES NA AMAZÔNIA
Bototerapia
leva grupos mensalmente para ter contato com os animais.
Equipe
atua para preservar boto-vermelho ameaçado, afirma veterinário.
Uma
nova técnica para ajudar no tratamento de crianças e jovens com deficiência têm
atraído público cada vez maior no estado do Amazonas. Criada há sete anos pelo
fisioterapeuta Igor Simões Andrade, a bototerapia se propõe a levar os jovens a
travar contato com os animais, parentes dos golfinhos que habitam rios na
região.
As
crianças interagem, brincam e acabam conhecendo mais sobre o meio ambiente dos
botos, o que ajuda a trazer auto-estima e a amenizar efeitos de certos
problemas, segundo Andrade. Acompanhados dos pais, os jovens são levados em
grupos de cinco ao encontro dos botos, uma vez por mês.
"A
terapia pode, por exemplo, ajudar uma criança muito agitada, que não dorme,
hiperativa. Ela entra em contato com o animal e com o tempo acaba cochilando no
barco, coisa que nunca aconteceu. Para cada caso, tem uma coisa que favorece o
tratamento", diz o fisioterapeuta.
A
ideia é levar gratuitamente jovens deficientes que não teriam condições de
pagar um tratamento como este, pondera Andrade. Podem ser crianças com
hemofilia, leucemia, cegas, surdas, com problemas motores ou com autismo, por
exemplo. Elas são levadas de barco até o local onde ocorre a bototerapia.
Já
houve pacientes do Hemoam (Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas),
de escolas de educação especial de Manaus e de outros estabelecimentos, diz
Andrade.
Sem substituir tratamento
A
bototerapia não visa substituir tratamentos tradicionais, necessários para
crianças paraplégicas, hemofílicas ou com outros problemas. "Nós queremos
ajudar a criança, complementar. Por exemplo, uma criança com autismo e que não
tinha foco, não prestava atenção em nada, o pai hoje diz que houve uma melhora
geral, que ela têm mais foco", afirma o fisioterapeuta.
Segundo
o veterinário Diogo Lagroteria, um dos integrantes do projeto, a preservação do
boto, que está ameaçado, é uma das preocupações do grupo. A equipe atua para
conscientizar as comunidades de pescadores. "A espécie [usada na terapia]
é o boto-vermelho, e há uma pressão da caça muito grande. Os pescadores usam a
carne do boto como isca para pegar outros peixes."
O
local onde ocorre a bototerapia fica a cerca de 30 quilômetros de Manaus, nos
arredores do Parque Nacional de Anavilhanas, na margem esquerda do Rio Negro. O
grupo tem apoio e patrocínio de um hotel de selva localizado na região, segundo
Lagroteria.
Além
das crianças, parentes e auxiliares são levados de barco para o rio no dia da
bototerapia. O grupo costuma ter de 12 a 15 pessoas, segundo Andrade.
Baixo impacto
Analista
ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais), o veterinário Lagroteria ressalta que o trabalho da bototerapia
segue normas para o baixo impacto com os botos.
O
grupo desenvolveu as regras em um estudo, criado para ajudar no turismo como
boto, prática comum em hotéis na região. A ideia é que o turismo seja feito de
forma controlada, sem que o animal seja molestado nem haja grande interferência
na sua vida.
"Estimamos
quanto alimento deve ser dado, para não deixar o boto dependente do ser humano.
Também estimamos que não é todo dia que pode haver interação, para o animal não
criar vínculo afetivo", diz Lagroteria.
Uma
das ideias principais do estudo é que o boto consiga sobreviver sozinho,
mantenha as habilidades de caça para buscar alimento e não dependa das pessoas,
afirma o veterinário.
A
técnica utilizada por Andrade na terapia é o rolfing, que trabalha com a
manipulação de tendões, músculos e outras partes do corpo, segundo o
fisioterapeuta. "O músculo pode comprimir o nervo ciático, por exemplo.
Ele visa alinhar a pessoa, organizar o joelho, descomprimir o pescoço e outras
atividades, buscando um equilíbrio para o corpo."
A
demanda nos últimos anos está tão grande que tem havido
"overbooking", pondera o criador do projeto. Ele ressalta que não há
como atender a todos que procuram a terapia, e que se houvesse mais patrocínio
seria possível atender mais gente.
Ribeirinhos de Oriximiná receberão crédito emergencial
Da Redação
Agência Pará de Notícias
O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Oriximiná, no Baixo
Amazonas, está mobilizando ribeirinhos atingidos pela cheia do rio
Trombetas para acionarem o Crédito Emergencial do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).Agência Pará de Notícias
Desde o fim de junho, quando o município já se encontrava sob decreto de estado de emergência, a equipe extensionista vem promovendo reuniões com moradores do Baixo Trombetas, Médio Trombetas, Rio Cachoeiri, Lago do Sapucaré e Igarapé Nhamundá. Nessas regiões, cerca de 200 famílias, de 21 comunidades, perderam plantações e estruturas produtivas. Algumas precisaram abandonar suas casas.
“A enchente deste ano foi uma das piores de toda a história de Oriximiná. Foram cerca de quatro meses com gente sem conseguir produzir nas áreas de várzea”, diz o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro de pesca Eder Maia. Os agricultores trabalham com hortaliças, mandioca, pecuária e criação de galinhas e porcos. Os recursos, a serem liberados pelo Banco da Amazônia, irão variar de R$ 2,5 mil a R$ 12 mil e serão aplicados principalmente na reconstrução de currais, marombas e de balcões para horticultura. Parte do dinheiro também poderá ser usado na recuperação das residências. A previsão da Emater é que os contratos comecem a ser assinados em outubro.
Texto:
Aline Miranda - Emater
Fone: (91) 3256-5410 /
Email: ascomematerpara@gmail.com
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
Rod. BR 316, Km 13 S/N. Marituba-PA. CEP: 67105-970
Fone: (91) 3256-1931
Site: www.emater.pa.gov.br Email: presidencia@emater.pa.gov.br
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Rede Celpa pode ser vendida por R$ 1,00
Outra empresa já manifestou interesse em adquirir a companhia.
R$ 1,00 é o valor que a Rede Celpa custa Pará - Um real. É quanto vai custar a transferência do controle acionário da Rede Celpa, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Pará, para uma nova diretoria. O baixo valor está relacionado a dívida da companhia que já ultrapassa R$ 3,5 bilhões de reais, ônus que deverá ser assumido pelos novos donos da empresa.
Já existe um empreendimento interessado em fechar o negócio, mas a venda depende de uma reunião marcada para o próximo sábado (1º) com os credores da Celpa, que já são cerca de 1.200. O administrador judicial da empresa explica que caso não haja acordo com os credores, a empresa pode decretar falência.
Entenda o caso
Atualmente 1,8 mil residências em todo o estado são atendidas pela empresa que está com as dívidas suspensas pela justiça durante o período de recuperação judicial da instituição.
O Ministério Público do Estado (MPE) divulgou nota técnica sobre o Plano de Recuperação da empresa, assinado por Sávio Brabo, titular da promotoria de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social, Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial.
No documento, o procurador constata a má gestão empresarial da concessionária. Segundo o MPE, os diretores da Celpa preferiram dividir o lucro da companhia entre outras iniciativas a realizar investimentos na empresa do Pará.
Ainda segundo o promotor, os documentos de contabilidade da empresa são omissos, o que caracterizaria crime. Sobre as denúncias do MPE, o administrador jurídico da Celpa diz que não vai se manifestar sobre as informações.
Atualmente, a Aneel analisa o plano de transição proposto pela Equatorial Energia para assumir o controle da Celpa. A mudança de controle prevê o aporte de recursos para quitar as dívidas contraídas nos últimos anos pela distribuidora.
Fonte: G1
R$ 1,00 é o valor que a Rede Celpa custa Pará - Um real. É quanto vai custar a transferência do controle acionário da Rede Celpa, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Pará, para uma nova diretoria. O baixo valor está relacionado a dívida da companhia que já ultrapassa R$ 3,5 bilhões de reais, ônus que deverá ser assumido pelos novos donos da empresa.
Já existe um empreendimento interessado em fechar o negócio, mas a venda depende de uma reunião marcada para o próximo sábado (1º) com os credores da Celpa, que já são cerca de 1.200. O administrador judicial da empresa explica que caso não haja acordo com os credores, a empresa pode decretar falência.
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Entenda o caso
Atualmente 1,8 mil residências em todo o estado são atendidas pela empresa que está com as dívidas suspensas pela justiça durante o período de recuperação judicial da instituição.
O Ministério Público do Estado (MPE) divulgou nota técnica sobre o Plano de Recuperação da empresa, assinado por Sávio Brabo, titular da promotoria de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social, Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial.
No documento, o procurador constata a má gestão empresarial da concessionária. Segundo o MPE, os diretores da Celpa preferiram dividir o lucro da companhia entre outras iniciativas a realizar investimentos na empresa do Pará.
Ainda segundo o promotor, os documentos de contabilidade da empresa são omissos, o que caracterizaria crime. Sobre as denúncias do MPE, o administrador jurídico da Celpa diz que não vai se manifestar sobre as informações.
Atualmente, a Aneel analisa o plano de transição proposto pela Equatorial Energia para assumir o controle da Celpa. A mudança de controle prevê o aporte de recursos para quitar as dívidas contraídas nos últimos anos pela distribuidora.
Fonte: G1
Seduc abre 502 vagas para cargos efetivos em Magistério
Vagas são para professores de Ensino Religioso.
Foto: Ilustração Pará - Abrirão a partir do dia 31 de agosto as inscrições para o concurso público que destina-se ao preenchimento de 502 vagas para cargos efetivos em magistério na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). As inscrições ocorrerão no site da organizadora do concurso, a Universidade do Estado do Para (http://paginas.uepa.br/concursos), a partir das 10h do dia 31 de agosto às 23h59 de 30 de setembro de 2012.
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O certame destina-se ao preenchimento de vagas no cargo efetivo de professor Classe I, Nível A, na modalidade Educação Especial e 156 vagas para o mesmo cargo, na disciplina Ensino Religioso. O ingresso no cargo será feito por meio de provas e títulos, realizado em todas as suas fases nas cidades de Abaetetuba, Belém, Bragança, Breves, Capanema, Capitão Poço, Cametá, Castanhal, Conceição do Araguaia, Itaituba, Mãe do Rio, Maracanã, Óbidos, Santarém e Santa Izabel.
A diretora de educação para a Diversidade, Inclusão e Cidadania da Seduc, Aldeíse Queiroz, ressalta que é a primeira vez que a Seduc promove concurso para o preenchimento de vagas na Educação Especial e Ensino Religioso. "Essa era uma solicitação antiga dos profissionais que atuam nessas áreas, já que a maioria que hoje faz parte do quadro é de temporários. Essa ação regularizará a situação desses profissionais e deverá contribuir para a melhoria da qualidade do ensino ministrado”, destaca.
A remuneração do cargo de professor será constituída de vencimento base, mensal e atual, que varia de R$ 729, 00 (20 horas) a R$ 1.458,11 (40 horas), acrescido de 80% de gratificação de escolaridade e 10% de gratificação de magistério. O conteúdo programático encontra-se no Anexo I do edital, publicado na edição de hoje do Diário Oficial do Estado (DOE) e disponível no site da Uepa.
A partir do dia 15 de outubro os candidatos inscritos no concurso deverão acessar o site da Uepa para emitir o seu cartão de confirmação de inscrição, no qual constará o local, o dia e o horário de realização da prova de múltipla escolha, que deverá ser apresentado na ocasião da prova, juntamente com o documento de identidade original.
Fonte: Ascom Seduc
Pesquisa mostra que cérebro é capaz de aprender durante sono
Estudo do instituto israelense Weizmann conclui que o cérebro humano tem capacidade de captar informações novas durante o sono.
Imagem/Ilustração Mundo - O cérebro humano tem a capacidade de captar informações novas durante o sono, concluiu uma pesquisa publicada na segunda-feira (27) por pesquisadores do instituto israelense Weizmann.
A pesquisa, realizada ao longo de três anos pela neurobióloga Anat Arzi, examinou a correlação entre olfato e audição e a memória armazenada no cérebro.
'Esta é a primeira vez que uma pesquisa científica consegue demonstrar que o cérebro é capaz de aprender durante o sono', disse Arzi à BBC Brasil.
Segundo a cientista, estudos prévios já demonstraram a capacidade de bebês aprenderem enquanto dormem, mas a pesquisa recém-divulgada descobriu que o mesmo vale para adultos.
'Aprendizagem associativa'
O experimento, realizado por Arzi em colaboração com o professor Noam Sobel, diretor do Laboratório do Olfato do instituto, examinou as reações de 55 pessoas que foram expostas a sequências de sons e cheiros enquanto dormiam.
As sequências, que incluiam um intervalo de 2,5 segundos entre o som e o cheiro, expunham os participantes a odores agradáveis (de perfume ou xampu) ou desagradáveis (de peixes podres ou outros animais em decomposição), de forma sistemática e sempre antecedidos por sons que se repetiam.
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'A vantagem de se utilizar o olfato é que os cheiros geralmente não interrompem o sono, a não ser que sejam muito irritantes para as vias respiratórias', explicou a cientista.
Durante o experimento os cientistas observaram sinais de que os participantes adormecidos passaram por uma 'aprendizagem associativa'.
'Com o tempo, criou-se um condicionamento. Bastava que (os participantes) ouvissem determinado som para que a respiração deles se alterasse e se tornasse mais longa e profunda - em casos de associação com odores agradáveis -, ou mais curta e superficial - em casos de sons ligados a cheiros desagradáveis', afirmou Arzi.
A cientista também relatou que as mesmas reações ocorriam na manhã seguinte, quando os participantes acordavam. Se fossem expostos a um som associado com um odor agradável, respiravam longa e profundamente.
Informações gravadas
'O fato de que as informações ficaram gravadas no cérebro e causaram reações fisiológicas idênticas, mesmo quando os participantes estavam despertos, demonstra que eles passaram por uma aprendizagem associativa enquanto dormiam', disse.
Pessoas com lesões no hipocampo - região do cérebro relacionada à criação da memória - não registraram as informações, disse a neurobióloga.
Para Arzi, a descoberta pode ser 'um primeiro passo no estudo da capacidade do cérebro humano de obter uma aprendizagem mais complexa durante o sono'.
No entanto, segundo a cientista, são necessárias mais pesquisas para examinar as diferenças entre o funcionamento dos mecanismos cerebrais de pessoas adormecidas e despertas.
Fonte: G1
Policiais rodoviários federais decidem encerrar greve
Policiais devem retomar trabalho nos postos rodoviários ainda nesta quarta
Brasil - Policiais rodoviários federais aceitaram o plano de
reajuste de 15,8% e a reestruturação da carreira propostos pelo governo e
decidiram, na noite de terça-feira (28), encerrar a greve. De acordo
com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), a
categoria deve voltar ao trabalho nos postos das rodovias nesta
quarta-feira (29).
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Entre as reivindicações atendidas, segundo a federação, estão o reconhecimento do nível superior para o cargo de policial rodoviário federal, o fim do limitador de 50% para a progressão na carreira e a alteração dos nomes das classes. A FenaPRF abrange os 24 sindicatos da categoria e representa cerca de nove mil policiais.
A greve dos policiais rodoviários foi decidida no dia 18 de agosto, mas a paralisação nacional só iniciou na última segunda (27). A categoria chegou a fazer vários protestos pelo Brasil, como no último dia 24, no Rio Grande do Sul, quando viaturas ficaram posicionadas de costas para a rodovia BR-290. Em Minas Gerais e no Distrito Federal, policiais que possuíam cargos de chefia entregaram os cargos como forma de protesto.
O presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, considerou que apesar do reajuste salarial ficar aquém das expectativas, o acordo teve saldo positivo. "O índice de aumento não atendeu nossa expectativa, mas conseguimos diversos outros objetivos que vínhamos pleiteando há muito tempo e isso foi fundamental para a nossa tomada de decisão, sendo o principal deles o reconhecimento de nível superior para o cargo de PRF", disse.
Fim das negociações
O governo deu prazo até terça-feira (28) para que os sindicatos decidissem sobre a proposta de reajuste oferecida pelo governo, de 15,8% "fatiado" em três vezes até 2015. Na noite de ontem, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, afirmou que "mais de 90%" dos servidores do Executivo iriam assinar acordo com o governo federal para encerrar a greve no serviço público federal.
Mendonça não especificou cada uma das categorias que chegaram a acordo com o governo, mas mencionou, entre os que assinaram a proposta, servidores de universidades federais, professores do ensino superior, funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e servidores do IBGE.
Segundo o ministério, as negociações realizadas depois do prazo estipulado pelo governo poderão continuar, mas um eventual acordo só será incluído no Orçamento de 2014. "[Com] quem decidiu não assinar, voltamos a discutir no ano que vem, com impactos em 2014", disse o secretário.
Desde março, quando começou a campanha dos servidores por reajuste salarial, o governo diz ter participado de mais de 180 reuniões com mais de 30 sindicatos.
Servidores que tiveram dias não trabalhados descontados da folha de pagamento do mês de agosto, que será paga em 1º de setembro, poderão negociar com o governo sob a condição de encerrarem a paralisação.
Fonte: G1
Defesa Civil monta plano de contingência para enfrentar a seca na região
29-08-2012 10:15
Com
a chegada da estiagem, o Pará é um dos estados que mais sofre com o
problema das queimadas. Por esse motivo, a Defesa Civil do Estado do
Pará apresentará, na próxima semana, o Plano de Contingência para o
enfrentamento da estiagem no Pará, que terá início no dia 1° de setembro
e término no dia 1° de dezembro. “No período de seca, o clima favorece a
propagação de incêndios florestais. O ar fica muito seco, o céu com
poucas nuvens e a vegetação fica muito ressecada. A falta de cuidado da
população com o fogo também contribui para danos sérios que são causados
ao meio ambiente”, explica o capitão Arthur Vieira, chefe operacional
da Defesa Civil.
O plano está divido em três etapas: prevenção, preparação e resposta. Durante a prevenção, serão deslocados técnicos de Belém para Santarém para oferecerem treinamento para os bombeiros que atuam nos municípios afetados pela estiagem. Em seguida, inicia a etapa da preparação, com a ativação de uma sala de situação, também em Santarém, para o monitoramento das áreas atingidas.
A última fase é a resposta que, entre outras coisas, oferece ajuda humanitária e distribuição de cestas básicas às famílias dos municípios afetados. “A seca na Amazônia é um fenômeno sazonal que acontece com mais frequência no estuário do rio Amazonas, porém, com as mudanças climáticas, vem a cada ano se intensificando. O prognóstico é que esse tipo de 'desastre' venha a acontecer com mais severidade sobre a população paraense”, ressalta o capitão.
Segundo ele, a última grande estiagem no Pará aconteceu no ano de 2005. Na época, 13 municípios chegaram a decretar situação de emergência. Os mais atingidos pela estiagem foram: Santarém, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Alenquer, Terra Santa, Curuá, Faro, Juruti, Itaituba, Prainha, Aveiro e Jacareacanga. “Devido o período da estiagem nós temos que estar atentos aos focos de incêndio, por isso esses municípios vêm sendo monitorados com frequência”, enfatiza. Neste ano, os modelos climáticos ainda não apresentam uma estiagem considerável, porém a Defesa Civil realiza mesmo neste período de normalidade a fase preparativa, que consiste na elaboração dos planos de contingência dos municípios que historicamente sofrem com o desastre.
CUIDADOS BÁSICOS PARA PREVENIR INCÊNDIOS
Evitar qualquer tipo de queimada. Quando for necessária para fins agrícolas (regulamentadas por lei) deve ser comunicado aos Bombeiros ou a Polícia Ambiental com antecedência
Nunca fazer queimadas em dias quentes, secos ou com ventos fortes
Ao abandonar uma fogueira, apagar o fogo com água ou terra
Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças
Apagar as “bitucas” de cigarro e jogá-las na lixeira
Não atirar cigarros ou fósforos acesos nas margens das rodovias, especialmente de carros em movimento
Apagar qualquer pequeno foco de incêndio próximo à vegetação e pastagens, mesmo que não pareça perigoso, pois o fogo pode se alastrar.
Ao encontrar um foco de incêndio, comunicar os órgãos competentes pelo telefone: 190 (Ciop). Fonte - Bruna Campos
O plano está divido em três etapas: prevenção, preparação e resposta. Durante a prevenção, serão deslocados técnicos de Belém para Santarém para oferecerem treinamento para os bombeiros que atuam nos municípios afetados pela estiagem. Em seguida, inicia a etapa da preparação, com a ativação de uma sala de situação, também em Santarém, para o monitoramento das áreas atingidas.
A última fase é a resposta que, entre outras coisas, oferece ajuda humanitária e distribuição de cestas básicas às famílias dos municípios afetados. “A seca na Amazônia é um fenômeno sazonal que acontece com mais frequência no estuário do rio Amazonas, porém, com as mudanças climáticas, vem a cada ano se intensificando. O prognóstico é que esse tipo de 'desastre' venha a acontecer com mais severidade sobre a população paraense”, ressalta o capitão.
Segundo ele, a última grande estiagem no Pará aconteceu no ano de 2005. Na época, 13 municípios chegaram a decretar situação de emergência. Os mais atingidos pela estiagem foram: Santarém, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Alenquer, Terra Santa, Curuá, Faro, Juruti, Itaituba, Prainha, Aveiro e Jacareacanga. “Devido o período da estiagem nós temos que estar atentos aos focos de incêndio, por isso esses municípios vêm sendo monitorados com frequência”, enfatiza. Neste ano, os modelos climáticos ainda não apresentam uma estiagem considerável, porém a Defesa Civil realiza mesmo neste período de normalidade a fase preparativa, que consiste na elaboração dos planos de contingência dos municípios que historicamente sofrem com o desastre.
CUIDADOS BÁSICOS PARA PREVENIR INCÊNDIOS
Evitar qualquer tipo de queimada. Quando for necessária para fins agrícolas (regulamentadas por lei) deve ser comunicado aos Bombeiros ou a Polícia Ambiental com antecedência
Nunca fazer queimadas em dias quentes, secos ou com ventos fortes
Ao abandonar uma fogueira, apagar o fogo com água ou terra
Manter fósforos e isqueiros fora do alcance das crianças
Apagar as “bitucas” de cigarro e jogá-las na lixeira
Não atirar cigarros ou fósforos acesos nas margens das rodovias, especialmente de carros em movimento
Apagar qualquer pequeno foco de incêndio próximo à vegetação e pastagens, mesmo que não pareça perigoso, pois o fogo pode se alastrar.
Ao encontrar um foco de incêndio, comunicar os órgãos competentes pelo telefone: 190 (Ciop). Fonte - Bruna Campos
Ler mais: http://www.tcnnews.com.br/news/defesa-civil-monta-plano-de-conting%c3%aancia-para-enfrentar-a-seca-na-regi%c3%a3o/
Pescadores do município de Prainha são chamados para receber crédito emergencial
A primeira reunião entre os extensionistas e os produtores aconteceu em 9 de agosto, na própria Comunidade, onde 20 famílias vivem de pesca artesanal, cultivo e beneficiamento de mandioca, pecuária bovina e bubalina e a criação de galinhas e porcos. A região também tem projeção ambiental, porque se localiza no entorno do Plano de Manejo da Floresta Estadual (Flota) do Paru.
Na mesma ocasião, representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também palestraram sobre manejo florestal comunitário e Cadastro Ambiental Rural (CAR), respectivamente.
CRÉDITO - De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Sérgio Mieli, a enchente deste ano deixou submersa por mais ou menos seis meses a área de várzea da Comunidade, que representa mais de mil hectares. “A várzea, no caso, é o principal pasto de todos os animais, que tiveram de ser remanejados para as zonas de terra firme. Como não havia pasto suficiente para todos aos animais, considerado todo o longo de tempo de remanejamento, houve perdas significativas: alguns morreram, muitos emagreceram”, explica. Além disso, segundo Miéle, a pesca também foi bastante prejudicada, “porque, com a água grande, o peixe se espalha e fica mais difícil localizá-lo”, diz.
Cada família deve receber R$ 2,5 mil, a serem liberados pelo Banco da Amazônia provavelmente até setembro, para aplicação na aquisição de apetrechos de pesca (malhadeira, rabeta, cubas de isopor etc.) e no aperfeiçoamento de casas de farinha. Fonte - Aline Miranda
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Banpará lança edital de patrocínio de atividades culturais
O Banpará lançou na
sexta-feira, 24, o edital de seleção de projetos culturais incentivados
pela lei Rouanet. O Banco do Estado do Pará pretende investir R$ 1,5
milhão em projetos a serem executados em 2012 e 2013. Apesar de
constantemente patrocinar ações e eventos esportivos, sociais e
culturais, é a primeira vez que o Banpará abre um edital com a
finalidade de patrocínio.
Com o
edital, o Banpará pretende atingir vários segmentos culturais e
promover esse desenvolvimento em todo o estado. “Sempre apoiamos vários
eventos, mas pouca gente sabe como acessar o banco para um possível
patrocínio. Com o edital nós tornamos público o nosso interesse e todas
as pessoas têm o mesmo acesso aos patrocínios através dessa seleção
pública”, explicou Augusto Costa Amorim, presidente do Banpará.
Para participar da
seleção o projeto tem que ter aplicação exclusiva no estado do Pará, nas
áreas de teatro e dança; livros de valor artístico, literário ou
humanístico; música erudita ou instrumental; exposições de artes
visuais; e produção de obras cinematográficas de curta e média metragem.
Os projetos deverão ser apresentados obrigatoriamente por empresas, sem
fins lucrativos e que tenham em seu estatuto a realização de atividades
culturais e finalidade social.
“A gente espera que
isso mobilize a classe artística do nosso estado. A nossa intenção é
utilizar todos os recursos que temos disponíveis pelo incentivo da Lei
Rouanet. Temos uma grande expectativa nas inscrições de projetos e na
aprovação da maior quantidade possível de atividades culturais que
representem todas as regiões do Pará”, concluiu o titular do Banpará.
Os projetos recebidos
passarão por duas fases de avaliação. A primeira é de habilitação, que
tem caráter eliminatório e avalia os pontos exigidos no edital. A
segunda fase diz respeito à qualificação, que irá avaliar
características que vão desde a relevância artística e cultural do
projeto, à relação custo x benefício e afinidade com os princípios e
valores do Banpará, incluindo o que se refere à responsabilidade social.
Os projetos selecionados pelo edital serão enviados para o Ministério
da Cultura para aprovação.
O resultado de cada
etapa será divulgado na internet, no site do Banpará e no Diário Oficial
do Estado do Pará. As inscrições acontecem de 27 de agosto a 25 de
setembro. O edital completo e os formulários para inscrição podem ser
acessados no site www.banparanet.b.br.
FONTE: Agência Pará
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
A recente decisão do Tribunal Regional Federal, de Brasília, anulando o decreto legislativo 788, que autorizou a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu
A recente decisão do Tribunal Regional Federal, de
Brasília, anulando o decreto legislativo 788, que autorizou a
construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, traz de volta a
discussão sobre a construção de hidrelétricas no país. Não somente
isso. A necessidade de ter 30% da energia produzida no Brasil
proveniente de hidrelétricas da região Amazônica. Mais que isso,
levarão adiante um modelo autoritário de construção, herança da
ditadura, onde ao invés de consultas sobre a aceitação ou não das obras
são realizados comunicados técnicos, a linguagem preferida dos
burocratas do setor elétrico.
O desembargar do TRF1, Antônio Prudente, resumiu bem a questão na sentença da 5ª Turma:
- A consulta às comunidades indígenas tem que ser prévia, não póstuma. “Além disso, o Congresso Nacional não pode delegar o direito de ouvir as comunidades ao IBAMA ou a FUNAI”.
A Norte Energia, que reúne muitos sócios, entre empresas estatais de energia, a Vale e a Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, considerou a decisão da justiça” inadmissível”. Considera que já cumpriu todas as etapas de consultas, diz que os índios são favoráveis as obras – três grupos atingidos diretamente são Arara, Juruna e Xicrin. A pressa faz parte do modelo autoritário de grandes obras na Amazônia. As construtoras, como Camargo Corrêa, responsável por Jirau, no rio Madeira (com uma percentagem de 4,9%), Odebrecht, da usina Santo Antônio, também no Madeira, ou Andrade Gutierrez, que lidera em Belo Monte, nunca se acostumaram a cumprir regras democráticas.
Quando aconteceu o motim em Jirau, no ano passado, e os trabalhadores destruíram parte dos alojamentos, o presidente do consórcio liderado pela Camargo Corrêa, Victor Paranhos disse que o “nosso pessoal” está cuidando disso, junto com a Polícia Militar:
- Precisamos cortar o mal pela raiz, completou ele, na época.
O nosso pessoal é como eles chamam a segurança privada, normalmente comandada por militares ou ex-militares. No final da década de 1970, em uma visita sem autorização ao projeto do então bilionário Daniel Ludwig no Projeto Jari, na divisa entre o Amapá e o Pará, conheci o método das construtoras. Quando aconteceu um tumulto desse tipo, baixou em Monte Dourado, a capital do Jari, um pelotão do Exército, de Boeing, pois a empresa mantinha uma linha aérea Monte Dourado-Belém-Miami. Na época a única coisa do Estado brasileiro dentro dos três milhões de hectares que o americano dizia possuir, era um posto do Ministério do Trabalho. Isso aconteceu em 1979.
O mundo das grandes obras na Amazônia não mudou, principalmente no setor elétrico. Antes de encerrar o caso Belo Monte, o governo federal se prepara para entrar em nova arapuca – a construção da usina São Luiz do Tapajós, dentro da floresta amazônica, uma área cercada de parques e áreas de conservação. A primeira decisão foi dada: a “desafetação” de uma parte do Parque Nacional da Amazônia. Durante quatro anos, um grupo de pesquisadores levantou dados sobre a biodiversidade da região, um estudo para mostrar a importância das áreas de conservação. Aí decretam a “desafetação”, que vira lei no Congresso Nacional.
Sem consulta a ninguém. Desafetação é redução, enfim, comeram uma área do parque para realizar os estudos de impacto ambiental e depois liberar a construção da usina São Luiz do Tapajós. Essa é a terminologia do capitalismo esclerosado. Queimada é foco de calor, descontinuar é quando fecham uma fábrica e mandam os operários embora.
O caso é muito mais grave. Além da anulação da obra de Belo Monte, também a usina do Teles Pires, na região de Alta Floresta, na fronteira entre o Mato Grosso e o Pará também foi atingida. O Plano Decenal de Energia, da Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao ministério de Minas e Energia, relaciona 11 usinas para a região Amazônica e que deverão funcionar até 2019. O Plano define o potencial de cada bacia. Por exemplo, o rio Amazonas tem potencial de 106 mil MW( mega watts), o rio Tapajós 10 mil MW, o Tocantins 12 mil MW, o Teles Pires 6 mil MW.
Os tecnocratas do setor elétrico botaram na cabeça que a Amazônia vai ser a grande fonte de energia do país nos próximos anos. Não interessa quem estiver no caminho. Ou se o Brasil é signatário da convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho que obriga a consulta prévia às comunidades indígenas, em caso de obras que atinjam suas áreas. Na primeira etapa entraram as usinas do rio Madeira, com quase 7 mil MW, somando Jirau e Santo Antônio, a segunda já começou a gerar energia com duas turbinas. Jirau atrasou por causa do motim. As empresas proprietárias vendem 15% da energia gerada no mercado livre, portanto, quanto mais cedo iniciarem a operação, mais faturam.
Na segunda etapa Belo Monte, considerada a terceira maior usina do mundo depois de Três Gargantas na China (22 mil MW ou 18 mil MW, conforme a fonte), e Itaipu, com 14 mil MW, contando a parte do Paraguai, que o Brasil importa. Belo Monte terá capacidade de 11 mil MW, embora a tecnocracia elétrica relate que usará apenas 4.500 MW. As usinas do rio Madeira, mesmo antes de concluídas as obras, aumentaram em quatro turbinas a potência do empreendimento, significou pouco mais de 200 MW de geração a mais. No caso de Jirau dizem que custa R$1 bilhão, além dos 15 previstos. Quem vai gastar em ferro, aço, turbinas, concreto, logística – compraram 700 máquinas pesadas e 540 caminhões de grande porte para a obra-, 20 mil trabalhadores, e usar menos da metade da potência?
Junto com Belo Monte, duas usinas no Teles Pires. Elas estão com obras em andamento. Belo Monte conta com nove mil trabalhadores. Seguindo o planejamento, as usinas do Tapajós que ainda não foram licitadas e nem fizeram estudo de impacto ambiental. Para licitar tem que haver liberação da licença ambiental. De repente começam a despencar nas vilas ribeirinhas, como Vila Pimentel, com 760 pessoas, no rio Tapajós equipes das construtoras, no caso a Camargo Corrêa e a Eletrobras, levantando dados da região. Os moradores expulsaram os indivíduos, que nunca respondem as perguntas que os habitantes da região querem saber.
O que interessa é o seguinte: quantos pontos de movimentação e de encrenca, ao mesmo tempo na Amazônia. Altamira, no rio Xingu, vai inundar 1/3 dos quase 100 mil habitantes, maior parte na zona rural. Mas as áreas afetadas das comunidades indígenas Arara, Juruna e Xicrin. Muitas comunidades ribeirinhas preservavam a floresta, plantaram em conjunto com a mata nativa 70 milhões de pés de cacau. Era um projeto de agricultura sustentável. Altamira não tem 20% de água tratada, joga os resíduos num lixão, e em 2010 teve uma epidemia de dengue.
Porto Velho, já está encerrando o ciclo das usinas, de pico de emprego e circulação de dinheiro; a população aumentou de 296 para 464 mil, de 2006 para cá. O número de carros de 60 mil para 186 mil. Construíram cinco viadutos na BR-364 prevendo possíveis engarrafamentos. Estão incompletos. O TCU interditou as obras de saneamento de R$120 milhões por superfaturamento. O que vai ficar?
Houve um erro de cálculo no lago da usina, e 117 casas de um bairro da capital foram inundadas. Em algumas regiões, como em Jacy Paraná, área de Jirau, o lençol freático está subindo. Sobre erros e incompetência do setor elétrico comentarei a seguir.
No mesmo Plano Decenal da EPE está relatado o seguinte:
-“Os estudos de expansão de geração apontam a necessidade da entrada em operação de um conjunto de 33 usinas, no período 2015-19 que, somadas aos empreendimentos em construção (19) ou já licitados, porém com obra não iniciadas (9), totalizam 61 usinas com potência na ordem de 43 mil MW.”
A implantação dos 61 projetos está no Plano, destaca-se a necessidade de uma área de 7.687km², referente aos reservatórios das usinas, representando uma relação de 0,18km² por MW. A média das usinas existentes é de 0,49km²/MW. E uma área de floresta afetada de 4.892km². Desse universo 18 projetos interferem em unidades de conservação, 15 diretamente, 3 indiretamente por atingirem ou atravessarem a zona de amortecimento das unidades.
“Estima-se que serão afetadas 108.646 habitantes, 29.655 na área urbana e 78.991 em área rural. Quatro projetos interferem diretamente em terras indígenas, nove próximos a TI, ou interferem em algum recurso utilizado nas relações entre grupos indígenas. Por outro lado serão gerados 166.432 empregos diretos no pico das obras e estima-se em torno de R$614 milhões em compensações ambientais”, detalha a EPE.
Fiz um cálculo das áreas afetadas pela média atual e a antiga – é 0,31km² por MW. Numa usina de 1000 MW de potência são 310km² de área a mais, quase o lago de Belo Monte. Tucuruí, no rio Tocantins, construída em 1984, tem quase 2,5 mil quilômetros quadrados de área inundada. Com floresta apodrecendo e liberando metano.
Resumindo: nos próximos sete anos teremos construções nos rios Tapajós, Jamanxim (afluente), Apiakás, Teles Pires, Tocantins, além do Xingu. Nossa capacidade instalada vai dar um salto de 103 GW (mil mega watts) para 167 GW. Pouco interessa o rastro de tragédias que as hidrelétricas vão deixar para trás. E aqui a discórdia vai virar tragédia.
O Brasil tem 608 terras indígenas demarcadas, são 109 milhões de hectares (13% do território), 98% na Amazônia Legal, Segundo o último levantamento do IBGE a população indígena cresceu 11%, a partir de 2000, e agora é de 817 mil pessoas, sendo 42% vivendo fora das aldeias. No Brasil a elite econômica e do agronegócio, sem contar as mineradoras, consideram que as áreas indígenas são desproporcionais pelo tamanho da população. Não consideram a história, o modo de vida, a cultura, ou a simples necessidade de sobrevivência de um povo, não de uma região, um município, ou um bairro. É fácil mudar ou planejar uma nova cidade. Como vai transferir um povo e sua história?
Esse mesmo tipo de gente não considera que os atingidos reagirão, lutarão contra a invasão ou a inundação ou a exploração de suas terras.
Lembrei da Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, onde cerca de 1300 indígenas estiveram presentes. Discutiram muito sobre a convenção 169, da OIT, e sobre reação. Numa pequena banca, na verdade uma mesa improvisada, um índio, pintado com jenipapo no rosto, de óculos, sempre com um laptop ligado. Na mesa apenas uma faixa: precisamos de guerreiros. E uma sigla – MRI, Movimento Revolucionário Indígena. O índio é da tribo Potiguara, da Paraíba, mora na Lagoa do Mato, na reserva da tribo, onde vivem 10 mil pessoas. O nome dele é Turié, é o único índio exilado político no Brasil. Foi para o Canadá em 1990, um ano depois teve seu asilo político aceito pelo governo. Ficou cerca de 20 anos fora. Tinha sido preso e torturado no Brasil, caso que está registrado com um pedido de anistia no Ministério da Justiça.
Além de lutar para retomar os 30 mil hectares que roubaram da reserva dos Potiguaras, em função de uma mina de titânio, Tuié quer a investigação dos atos da ditadura contra as tribos indígenas no Brasil. Muitas atrocidades, como o caso dos waimiri-atroaris, dos araras, dos suruís, que precisam ser investigadas pela Comissão da Verdade. Ou a história dos indígenas não faz parte da história do país. Tuié me disse:
“- Nós temos que partir para ações concretas, diretas, contra o que está acontecendo. Ainda vai morrer muito índio no Brasil.”
Poucos dias atrás, três engenheiros da Norte Energia ficaram retidos na aldeia Paquiçamba, dos araras, durante uma semana. Não souberam explicar aos índios como eles navegariam com suas canoas no rio Xingu barrado, quer dizer, interditado por ensecadeiras, barreiras provisórias, usadas na construção do vertedouro da usina. Como será o acesso? Mais: a Norte Energia usou uma estratégia hipócrita para tocar as obras, enquanto acelerava o ritmo. Pagou uma “mesada” de R$30 mil por aldeia em bens e utensílios usados pelos índios durante alguns meses. Cortaram no mês de julho. Comentou-se muito sobre o pedido dos índios de camionetes com tração nas quatro rodas. Tudo isso para aproveitar a seca e barrar o Xingu. Se não for agora, e começar a chover (a partir de outubro), lascou-se o trabalho realizado.
Todos tem pressa. Mas o Brasil não cresce 5%, como está no Plano Decenal. Ao contrário, ficou em 3,2 no ano passado e talvez não chegue a 3% este ano. O professor do Instituto de Economia (UFRJ), Adilson de Oliveira, fez esse cálculo no ano passado. Se o Brasil crescesse na média de 4% e o consumo de energia idem até 2015, haveria uma sobra de energia de 6,6mil MW médios, contra os 2.500 de hoje em dia. Como consequência a margem de sobra aumentaria muito, ao invés de 5 a 7% atualmente, para algo em torno de 11,2%, no cenário de menor crescimento da economia. Isso representa uma mudança de cenário deveria gerar uma reavaliação profunda do plano de investimento nacional de energia, destacou o professor, e o governo federal deveria repensar os investimentos no parque hidráulico na Amazônia. A geração atual de energia das hidrelétricas é de 58 mil MW médios e a geração com o que está projetado chegaria a 71,5 mil MW médios.
Existem muitos outros parâmetros que podem ser abordados sobre eficiência energética. O Banco Interamericano de Desenvolvimento diz que cada US$1 investido em eficiência são US$3 poupados em geração. Isso no acumulado dos anos, resulta em bilhões podem ser investidos em outras áreas. O próprio Procel, programa oficial de eficiência energética criado em 1985 e que poupou 28,5 milhões de MWh, o equivalente ao consumo de 16,3 milhões de residências, ou uma hidrelétrica de 6.841 MW, superior as duas do rio Madeira. Também podemos citar o projeto implantado pela Confederação Nacional das Indústrias envolvendo os setores que mais consomem energia como ferro gusa e aço, bebidas e alimentos, metais, papel e celulose. Eram 217 projetos em 13 setores, aplicados R$161 milhões e uma demanda evitada de 87MW. A troca de caldeiras, compressores, motores para ar comprimido, lâmpadas e máquinas de refrigeração acabam com o gasto excessivo, e com o desperdício.
Os dados de desperdício de energia da Agência Internacional de Energia giram em torno de 10%. No Brasil o número chega a 17,5%, sendo 4,2% na distribuição e 13,3% no consumo, seja por problemas de perdas nos equipamentos ou roubo. Na verdade o Brasil vai entrar na era do “smart grid”, ou medidores inteligentes nos próximos anos. Teremos que trocar 63 milhões de medidores, para que os consumidores saibam os aparelhos que consomem mais, o custo da energia nos picos, ou o que é mais eficiente. São R$36 bilhões em investimentos até 2020. Primeiro vamos construir hidrelétricas , desterrar algumas comunidades indígenas e de povos tradicionais, abalar um dos maiores sistemas de atuação climática do Planeta, que é a Amazônia, e finalmente instalaremos medidores inteligentes.
Existem alguns fatos que me fizeram desacreditar na eficiência do sistema tecnocrático e autoritário elétrico brasileiro. No apagão de novembro de 2009, atingiu 18 estados, deixou São Paulo quatro horas sem luz, houve um problema na subestação de Itaberá (SP), que funciona como um entroncamento. Recebe energia de Itaipu e também do sul do país. Na época foram perdidos mais de 28 mil MW. A causa foi uma tempestade que caiu à noite. Muitos raios sobre a subestação. Depois um relatório da Aneel comprovou com fotos o estado dos para-raios – com fissuras, desgastados, equipamentos obsoletos, com mais de 25 anos de uso. A responsável pelo subestação (Furnas) já tinha sido avisada e não fez a troca. O mais impressionante era o pluviômetro da subestação: um garrafão de vidro com um funil, para medir a quantidade de chuva. No caso citado, mediram pela manhã, apenas 0,3mm. No outro dia – medição só uma vez por dia- apontaram 36mm, o que é um toró.
Pior que isso só o leilão das térmicas de 2008, onde o Bertin, grupo de frigorífico na época, com algumas concessões de rodovias, estava querendo entrar na área de infraestrutura. Os leilões de energia no Brasil são realizados a cada 3 e 5 anos, sempre com antecedência para prever a demanda futura. A empresa ganhadora se compromete a gerar determinada quantidade de energia. O Bertin assumiu sete usinas térmicas, movidas a óleo diesel e óleo combustível. Não finalizou nenhuma.
Ainda tinha comprado outras três no nordeste, além de se comprometer com uma usina no porto de Pecém, no Ceará, com a Petrobrás – nesse caso, movida a gás. Resumo da ópera: está inadimplente em mais de R$ 400 milhões na Câmara de Compensações de Energia Elétrica. Quer devolver quatro usinas que nunca saíram do papel. Vendeu duas para o Eike Batista. E deixou a Petrobras com um mico na mão, quer dizer, no papel.
Para finalizar temos o caso esclarecedor do Pará, que almeja ser um polo da indústria de alumínio – tem quatro projetos no estado. O da Albras, em Barcarena é o mais antigo. Faz parte de um grupo de empresas japonesas que compram 49% da produção. Os 51% restante da empresa era da Vale, vendeu para o grupo norueguês Norsk Hydro, mais a Mineração Rio do Norte (bauxita em Oriximiná), Alcoa em Juriti (bauxita), Hydro Paragominas(bauxita) e a Votorantim Metais, em Rondon do Pará( bauxita e produção de alumina). São indústrias que consomem muita energia. A Albras tem contrato com Tucuruí até 2024, a um custo de US$72MW. O preço internacional, dizem as mineradoras é de US$40. Uma empresa como a Anglo American está construindo uma fábrica de níquel na fronteira com Minas e Rio de Janeiro. O consumo de energia da fábrica é o equivalente a 10% do consumo da cidade do Rio de Janeiro.
Quem distribui a energia no Pará é a Celpa, do grupo Rede Energia, do empresário Jorge Queiroz Júnior, que entrou em falência em março desse ano, depois conseguiu o pedido de recuperação judicial. Nas notas explicativas do balanço dessa empresa no ano passado constava uma verba de R$7,5 milhões aplicados em títulos de capitalização – não está especificado se era raspadinha ou tele sena. A Celpa é a recordista em cortes de luz no Brasil, deve R$600 milhões a Eletrobras e R$1 bilhão a bancos.
E o governo do Pará quer implantar um polo industrial de alumínio, quem sabe com fábricas em Altamira, com a energia de Belo Monte e do Tapajós. Nas décadas de 1970 e 80, os militares que queriam a transformação da Amazônia, primeiro como os projetos de colonização do INCRA, levando famílias de colonos do Sul, sem a mínima experiência ou conhecimento da região. Implantaram a Transamazônica, que é uma arremedo de estrada, só para integrar a região ao resto do país. O outro era transformar bauxita em alumínio e ser um polo industrial. Previa-se o consumo triplicado de alumínio. A hipótese nunca se confirmou. As empresas exportam alumina, que é a matéria-prima do alumínio, ou os produtos manufaturados. O Brasil consome pouco mais de 1,4 milhão de toneladas. Agora com a crise econômica nos países ricos, as empresas estão pensando no mercado interno.
O desembargar do TRF1, Antônio Prudente, resumiu bem a questão na sentença da 5ª Turma:
- A consulta às comunidades indígenas tem que ser prévia, não póstuma. “Além disso, o Congresso Nacional não pode delegar o direito de ouvir as comunidades ao IBAMA ou a FUNAI”.
A Norte Energia, que reúne muitos sócios, entre empresas estatais de energia, a Vale e a Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, considerou a decisão da justiça” inadmissível”. Considera que já cumpriu todas as etapas de consultas, diz que os índios são favoráveis as obras – três grupos atingidos diretamente são Arara, Juruna e Xicrin. A pressa faz parte do modelo autoritário de grandes obras na Amazônia. As construtoras, como Camargo Corrêa, responsável por Jirau, no rio Madeira (com uma percentagem de 4,9%), Odebrecht, da usina Santo Antônio, também no Madeira, ou Andrade Gutierrez, que lidera em Belo Monte, nunca se acostumaram a cumprir regras democráticas.
Quando aconteceu o motim em Jirau, no ano passado, e os trabalhadores destruíram parte dos alojamentos, o presidente do consórcio liderado pela Camargo Corrêa, Victor Paranhos disse que o “nosso pessoal” está cuidando disso, junto com a Polícia Militar:
- Precisamos cortar o mal pela raiz, completou ele, na época.
O nosso pessoal é como eles chamam a segurança privada, normalmente comandada por militares ou ex-militares. No final da década de 1970, em uma visita sem autorização ao projeto do então bilionário Daniel Ludwig no Projeto Jari, na divisa entre o Amapá e o Pará, conheci o método das construtoras. Quando aconteceu um tumulto desse tipo, baixou em Monte Dourado, a capital do Jari, um pelotão do Exército, de Boeing, pois a empresa mantinha uma linha aérea Monte Dourado-Belém-Miami. Na época a única coisa do Estado brasileiro dentro dos três milhões de hectares que o americano dizia possuir, era um posto do Ministério do Trabalho. Isso aconteceu em 1979.
O mundo das grandes obras na Amazônia não mudou, principalmente no setor elétrico. Antes de encerrar o caso Belo Monte, o governo federal se prepara para entrar em nova arapuca – a construção da usina São Luiz do Tapajós, dentro da floresta amazônica, uma área cercada de parques e áreas de conservação. A primeira decisão foi dada: a “desafetação” de uma parte do Parque Nacional da Amazônia. Durante quatro anos, um grupo de pesquisadores levantou dados sobre a biodiversidade da região, um estudo para mostrar a importância das áreas de conservação. Aí decretam a “desafetação”, que vira lei no Congresso Nacional.
Sem consulta a ninguém. Desafetação é redução, enfim, comeram uma área do parque para realizar os estudos de impacto ambiental e depois liberar a construção da usina São Luiz do Tapajós. Essa é a terminologia do capitalismo esclerosado. Queimada é foco de calor, descontinuar é quando fecham uma fábrica e mandam os operários embora.
O caso é muito mais grave. Além da anulação da obra de Belo Monte, também a usina do Teles Pires, na região de Alta Floresta, na fronteira entre o Mato Grosso e o Pará também foi atingida. O Plano Decenal de Energia, da Empresa de Pesquisa Energética, ligada ao ministério de Minas e Energia, relaciona 11 usinas para a região Amazônica e que deverão funcionar até 2019. O Plano define o potencial de cada bacia. Por exemplo, o rio Amazonas tem potencial de 106 mil MW( mega watts), o rio Tapajós 10 mil MW, o Tocantins 12 mil MW, o Teles Pires 6 mil MW.
Os tecnocratas do setor elétrico botaram na cabeça que a Amazônia vai ser a grande fonte de energia do país nos próximos anos. Não interessa quem estiver no caminho. Ou se o Brasil é signatário da convenção 169, da Organização Internacional do Trabalho que obriga a consulta prévia às comunidades indígenas, em caso de obras que atinjam suas áreas. Na primeira etapa entraram as usinas do rio Madeira, com quase 7 mil MW, somando Jirau e Santo Antônio, a segunda já começou a gerar energia com duas turbinas. Jirau atrasou por causa do motim. As empresas proprietárias vendem 15% da energia gerada no mercado livre, portanto, quanto mais cedo iniciarem a operação, mais faturam.
Na segunda etapa Belo Monte, considerada a terceira maior usina do mundo depois de Três Gargantas na China (22 mil MW ou 18 mil MW, conforme a fonte), e Itaipu, com 14 mil MW, contando a parte do Paraguai, que o Brasil importa. Belo Monte terá capacidade de 11 mil MW, embora a tecnocracia elétrica relate que usará apenas 4.500 MW. As usinas do rio Madeira, mesmo antes de concluídas as obras, aumentaram em quatro turbinas a potência do empreendimento, significou pouco mais de 200 MW de geração a mais. No caso de Jirau dizem que custa R$1 bilhão, além dos 15 previstos. Quem vai gastar em ferro, aço, turbinas, concreto, logística – compraram 700 máquinas pesadas e 540 caminhões de grande porte para a obra-, 20 mil trabalhadores, e usar menos da metade da potência?
Junto com Belo Monte, duas usinas no Teles Pires. Elas estão com obras em andamento. Belo Monte conta com nove mil trabalhadores. Seguindo o planejamento, as usinas do Tapajós que ainda não foram licitadas e nem fizeram estudo de impacto ambiental. Para licitar tem que haver liberação da licença ambiental. De repente começam a despencar nas vilas ribeirinhas, como Vila Pimentel, com 760 pessoas, no rio Tapajós equipes das construtoras, no caso a Camargo Corrêa e a Eletrobras, levantando dados da região. Os moradores expulsaram os indivíduos, que nunca respondem as perguntas que os habitantes da região querem saber.
O que interessa é o seguinte: quantos pontos de movimentação e de encrenca, ao mesmo tempo na Amazônia. Altamira, no rio Xingu, vai inundar 1/3 dos quase 100 mil habitantes, maior parte na zona rural. Mas as áreas afetadas das comunidades indígenas Arara, Juruna e Xicrin. Muitas comunidades ribeirinhas preservavam a floresta, plantaram em conjunto com a mata nativa 70 milhões de pés de cacau. Era um projeto de agricultura sustentável. Altamira não tem 20% de água tratada, joga os resíduos num lixão, e em 2010 teve uma epidemia de dengue.
Porto Velho, já está encerrando o ciclo das usinas, de pico de emprego e circulação de dinheiro; a população aumentou de 296 para 464 mil, de 2006 para cá. O número de carros de 60 mil para 186 mil. Construíram cinco viadutos na BR-364 prevendo possíveis engarrafamentos. Estão incompletos. O TCU interditou as obras de saneamento de R$120 milhões por superfaturamento. O que vai ficar?
Houve um erro de cálculo no lago da usina, e 117 casas de um bairro da capital foram inundadas. Em algumas regiões, como em Jacy Paraná, área de Jirau, o lençol freático está subindo. Sobre erros e incompetência do setor elétrico comentarei a seguir.
No mesmo Plano Decenal da EPE está relatado o seguinte:
-“Os estudos de expansão de geração apontam a necessidade da entrada em operação de um conjunto de 33 usinas, no período 2015-19 que, somadas aos empreendimentos em construção (19) ou já licitados, porém com obra não iniciadas (9), totalizam 61 usinas com potência na ordem de 43 mil MW.”
A implantação dos 61 projetos está no Plano, destaca-se a necessidade de uma área de 7.687km², referente aos reservatórios das usinas, representando uma relação de 0,18km² por MW. A média das usinas existentes é de 0,49km²/MW. E uma área de floresta afetada de 4.892km². Desse universo 18 projetos interferem em unidades de conservação, 15 diretamente, 3 indiretamente por atingirem ou atravessarem a zona de amortecimento das unidades.
“Estima-se que serão afetadas 108.646 habitantes, 29.655 na área urbana e 78.991 em área rural. Quatro projetos interferem diretamente em terras indígenas, nove próximos a TI, ou interferem em algum recurso utilizado nas relações entre grupos indígenas. Por outro lado serão gerados 166.432 empregos diretos no pico das obras e estima-se em torno de R$614 milhões em compensações ambientais”, detalha a EPE.
Fiz um cálculo das áreas afetadas pela média atual e a antiga – é 0,31km² por MW. Numa usina de 1000 MW de potência são 310km² de área a mais, quase o lago de Belo Monte. Tucuruí, no rio Tocantins, construída em 1984, tem quase 2,5 mil quilômetros quadrados de área inundada. Com floresta apodrecendo e liberando metano.
Resumindo: nos próximos sete anos teremos construções nos rios Tapajós, Jamanxim (afluente), Apiakás, Teles Pires, Tocantins, além do Xingu. Nossa capacidade instalada vai dar um salto de 103 GW (mil mega watts) para 167 GW. Pouco interessa o rastro de tragédias que as hidrelétricas vão deixar para trás. E aqui a discórdia vai virar tragédia.
O Brasil tem 608 terras indígenas demarcadas, são 109 milhões de hectares (13% do território), 98% na Amazônia Legal, Segundo o último levantamento do IBGE a população indígena cresceu 11%, a partir de 2000, e agora é de 817 mil pessoas, sendo 42% vivendo fora das aldeias. No Brasil a elite econômica e do agronegócio, sem contar as mineradoras, consideram que as áreas indígenas são desproporcionais pelo tamanho da população. Não consideram a história, o modo de vida, a cultura, ou a simples necessidade de sobrevivência de um povo, não de uma região, um município, ou um bairro. É fácil mudar ou planejar uma nova cidade. Como vai transferir um povo e sua história?
Esse mesmo tipo de gente não considera que os atingidos reagirão, lutarão contra a invasão ou a inundação ou a exploração de suas terras.
Lembrei da Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, onde cerca de 1300 indígenas estiveram presentes. Discutiram muito sobre a convenção 169, da OIT, e sobre reação. Numa pequena banca, na verdade uma mesa improvisada, um índio, pintado com jenipapo no rosto, de óculos, sempre com um laptop ligado. Na mesa apenas uma faixa: precisamos de guerreiros. E uma sigla – MRI, Movimento Revolucionário Indígena. O índio é da tribo Potiguara, da Paraíba, mora na Lagoa do Mato, na reserva da tribo, onde vivem 10 mil pessoas. O nome dele é Turié, é o único índio exilado político no Brasil. Foi para o Canadá em 1990, um ano depois teve seu asilo político aceito pelo governo. Ficou cerca de 20 anos fora. Tinha sido preso e torturado no Brasil, caso que está registrado com um pedido de anistia no Ministério da Justiça.
Além de lutar para retomar os 30 mil hectares que roubaram da reserva dos Potiguaras, em função de uma mina de titânio, Tuié quer a investigação dos atos da ditadura contra as tribos indígenas no Brasil. Muitas atrocidades, como o caso dos waimiri-atroaris, dos araras, dos suruís, que precisam ser investigadas pela Comissão da Verdade. Ou a história dos indígenas não faz parte da história do país. Tuié me disse:
“- Nós temos que partir para ações concretas, diretas, contra o que está acontecendo. Ainda vai morrer muito índio no Brasil.”
Poucos dias atrás, três engenheiros da Norte Energia ficaram retidos na aldeia Paquiçamba, dos araras, durante uma semana. Não souberam explicar aos índios como eles navegariam com suas canoas no rio Xingu barrado, quer dizer, interditado por ensecadeiras, barreiras provisórias, usadas na construção do vertedouro da usina. Como será o acesso? Mais: a Norte Energia usou uma estratégia hipócrita para tocar as obras, enquanto acelerava o ritmo. Pagou uma “mesada” de R$30 mil por aldeia em bens e utensílios usados pelos índios durante alguns meses. Cortaram no mês de julho. Comentou-se muito sobre o pedido dos índios de camionetes com tração nas quatro rodas. Tudo isso para aproveitar a seca e barrar o Xingu. Se não for agora, e começar a chover (a partir de outubro), lascou-se o trabalho realizado.
Todos tem pressa. Mas o Brasil não cresce 5%, como está no Plano Decenal. Ao contrário, ficou em 3,2 no ano passado e talvez não chegue a 3% este ano. O professor do Instituto de Economia (UFRJ), Adilson de Oliveira, fez esse cálculo no ano passado. Se o Brasil crescesse na média de 4% e o consumo de energia idem até 2015, haveria uma sobra de energia de 6,6mil MW médios, contra os 2.500 de hoje em dia. Como consequência a margem de sobra aumentaria muito, ao invés de 5 a 7% atualmente, para algo em torno de 11,2%, no cenário de menor crescimento da economia. Isso representa uma mudança de cenário deveria gerar uma reavaliação profunda do plano de investimento nacional de energia, destacou o professor, e o governo federal deveria repensar os investimentos no parque hidráulico na Amazônia. A geração atual de energia das hidrelétricas é de 58 mil MW médios e a geração com o que está projetado chegaria a 71,5 mil MW médios.
Existem muitos outros parâmetros que podem ser abordados sobre eficiência energética. O Banco Interamericano de Desenvolvimento diz que cada US$1 investido em eficiência são US$3 poupados em geração. Isso no acumulado dos anos, resulta em bilhões podem ser investidos em outras áreas. O próprio Procel, programa oficial de eficiência energética criado em 1985 e que poupou 28,5 milhões de MWh, o equivalente ao consumo de 16,3 milhões de residências, ou uma hidrelétrica de 6.841 MW, superior as duas do rio Madeira. Também podemos citar o projeto implantado pela Confederação Nacional das Indústrias envolvendo os setores que mais consomem energia como ferro gusa e aço, bebidas e alimentos, metais, papel e celulose. Eram 217 projetos em 13 setores, aplicados R$161 milhões e uma demanda evitada de 87MW. A troca de caldeiras, compressores, motores para ar comprimido, lâmpadas e máquinas de refrigeração acabam com o gasto excessivo, e com o desperdício.
Os dados de desperdício de energia da Agência Internacional de Energia giram em torno de 10%. No Brasil o número chega a 17,5%, sendo 4,2% na distribuição e 13,3% no consumo, seja por problemas de perdas nos equipamentos ou roubo. Na verdade o Brasil vai entrar na era do “smart grid”, ou medidores inteligentes nos próximos anos. Teremos que trocar 63 milhões de medidores, para que os consumidores saibam os aparelhos que consomem mais, o custo da energia nos picos, ou o que é mais eficiente. São R$36 bilhões em investimentos até 2020. Primeiro vamos construir hidrelétricas , desterrar algumas comunidades indígenas e de povos tradicionais, abalar um dos maiores sistemas de atuação climática do Planeta, que é a Amazônia, e finalmente instalaremos medidores inteligentes.
Existem alguns fatos que me fizeram desacreditar na eficiência do sistema tecnocrático e autoritário elétrico brasileiro. No apagão de novembro de 2009, atingiu 18 estados, deixou São Paulo quatro horas sem luz, houve um problema na subestação de Itaberá (SP), que funciona como um entroncamento. Recebe energia de Itaipu e também do sul do país. Na época foram perdidos mais de 28 mil MW. A causa foi uma tempestade que caiu à noite. Muitos raios sobre a subestação. Depois um relatório da Aneel comprovou com fotos o estado dos para-raios – com fissuras, desgastados, equipamentos obsoletos, com mais de 25 anos de uso. A responsável pelo subestação (Furnas) já tinha sido avisada e não fez a troca. O mais impressionante era o pluviômetro da subestação: um garrafão de vidro com um funil, para medir a quantidade de chuva. No caso citado, mediram pela manhã, apenas 0,3mm. No outro dia – medição só uma vez por dia- apontaram 36mm, o que é um toró.
Pior que isso só o leilão das térmicas de 2008, onde o Bertin, grupo de frigorífico na época, com algumas concessões de rodovias, estava querendo entrar na área de infraestrutura. Os leilões de energia no Brasil são realizados a cada 3 e 5 anos, sempre com antecedência para prever a demanda futura. A empresa ganhadora se compromete a gerar determinada quantidade de energia. O Bertin assumiu sete usinas térmicas, movidas a óleo diesel e óleo combustível. Não finalizou nenhuma.
Ainda tinha comprado outras três no nordeste, além de se comprometer com uma usina no porto de Pecém, no Ceará, com a Petrobrás – nesse caso, movida a gás. Resumo da ópera: está inadimplente em mais de R$ 400 milhões na Câmara de Compensações de Energia Elétrica. Quer devolver quatro usinas que nunca saíram do papel. Vendeu duas para o Eike Batista. E deixou a Petrobras com um mico na mão, quer dizer, no papel.
Para finalizar temos o caso esclarecedor do Pará, que almeja ser um polo da indústria de alumínio – tem quatro projetos no estado. O da Albras, em Barcarena é o mais antigo. Faz parte de um grupo de empresas japonesas que compram 49% da produção. Os 51% restante da empresa era da Vale, vendeu para o grupo norueguês Norsk Hydro, mais a Mineração Rio do Norte (bauxita em Oriximiná), Alcoa em Juriti (bauxita), Hydro Paragominas(bauxita) e a Votorantim Metais, em Rondon do Pará( bauxita e produção de alumina). São indústrias que consomem muita energia. A Albras tem contrato com Tucuruí até 2024, a um custo de US$72MW. O preço internacional, dizem as mineradoras é de US$40. Uma empresa como a Anglo American está construindo uma fábrica de níquel na fronteira com Minas e Rio de Janeiro. O consumo de energia da fábrica é o equivalente a 10% do consumo da cidade do Rio de Janeiro.
Quem distribui a energia no Pará é a Celpa, do grupo Rede Energia, do empresário Jorge Queiroz Júnior, que entrou em falência em março desse ano, depois conseguiu o pedido de recuperação judicial. Nas notas explicativas do balanço dessa empresa no ano passado constava uma verba de R$7,5 milhões aplicados em títulos de capitalização – não está especificado se era raspadinha ou tele sena. A Celpa é a recordista em cortes de luz no Brasil, deve R$600 milhões a Eletrobras e R$1 bilhão a bancos.
E o governo do Pará quer implantar um polo industrial de alumínio, quem sabe com fábricas em Altamira, com a energia de Belo Monte e do Tapajós. Nas décadas de 1970 e 80, os militares que queriam a transformação da Amazônia, primeiro como os projetos de colonização do INCRA, levando famílias de colonos do Sul, sem a mínima experiência ou conhecimento da região. Implantaram a Transamazônica, que é uma arremedo de estrada, só para integrar a região ao resto do país. O outro era transformar bauxita em alumínio e ser um polo industrial. Previa-se o consumo triplicado de alumínio. A hipótese nunca se confirmou. As empresas exportam alumina, que é a matéria-prima do alumínio, ou os produtos manufaturados. O Brasil consome pouco mais de 1,4 milhão de toneladas. Agora com a crise econômica nos países ricos, as empresas estão pensando no mercado interno.
Índios do Pará concluem curso para se tornarem professores em aldeias
Ao todo, 36 indígenas concluíram o curso de magistério em Oriximiná.
Eles agora podem dar aulas interculturais e bilíngue em suas aldeias.
Do G1 PA
Professores indígenas formados devem garantir ensino bilíngue em aldeias no oeste do Pará. (Foto: Alexandre Moraes/UFPA)
A primeira turma de índios capacitados para atuarem como professores
nas aldeias da cidade de Oriximiná, no oeste do Pará, se formam nesta
segunda-feira (27). A cerimônia de formatura está marcada para às 18h,
no Cliper Santo Antônio,m no município. Ao todo, 36 pessoas das
aldeias Mapuera, Tamyuru e Phonkuru concluiram o curso em nível médio de
formação de professores, vinculado ao Instituto Estadual de Educação do
Pará (IEEP) e receberão o diploma de magistério.O curso de magistério indígena para os povos daquela região foi iniciado em 2007. Após interrupções na formação, o curso foi retomado em 2011 para sua conclusão neste mês de agosto.
"Os novos professores contribuirão diretamente para o processo de ensino-aprendizagem de cerca de 700 alunos indígenas que estudam nas escolas de ensino fundamental na terra indígena desses povos, garantindo um ensino intercultural e bilíngue", informa a Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc).
Além da nova prática pedagógica, os professores, a partir de agora, poderão produzir material didático para o uso em sala de aula. Os materiais confeccionados pelos próprios professores levarão a uma otimização nas atividades pedagógicas e, consequentemente, na melhoria do rendimento escolar dos alunos.
sábado, 25 de agosto de 2012
Sudam libera R$ 75 milhões para 'Linhão de Tucuruí'
A diretoria colegiada
da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) aprovou,
ontem, a liberação da segunda e última parcela do financiamento do
projeto da empresa Manaus Transmissora de Energia S/A, para a conclusão
do ‘Linhão de Tucuruí’, que vai interligar municípios do Amazonas e do
Pará ao Sistema Interligado Nacional de Energia Elétrica (SIN), a partir
da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. O projeto já está sendp
executado desde 2011.
O
objetivo é resolver o problema da falta de energia elétrica e tirar do
isolamento o interior do Estado. A previsão da Sudam é que com a
liberação desses recursos o processo de instalação elétrica seja
concluído e passe a operar totalmente.
Os linhões vão passar
por Oximiná (PA) a Itacoatiara a Cariri/AM, com 586 km e 2 Substações.
Passando pelos Estados do Pará e Amazonas, essa obra vai tirar do
isolamento 12 municípios, sendo três paraenses e nove no Amazonas.
Os recursos são
provenientes do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), administrado
pela Sudam. O linhão é o quarto projeto financiado pela
Superintendência no estado do Amazônia, mas é o mais significativo em
termos de quantidade de pessoas beneficiadas. “Centenas de residências e
estabelecimentos comerciais serão beneficiados com a geração da energia
e poderão adquirir maior qualidade de vida a partir desse
empreendimento”, afirmou o superintendente da Sudam, Djalma Mello.
Investimento inglês
A partir de março de
2013, fim do ano fiscal para o Reino Unido, o País pretende organizar
uma missão de empresários interessados em investir no Brasil e deve
colocar Manaus no roteiro da viagem. O cônsul geral britânico em Recife,
Gareth Moore, esteve nesta semana na Superintendência da Zona Franca de
Manaus (Suframa) para conhecer melhor os benefícios fiscais do modelo e
as demandas do mercado local, para verificar as possibilidades de
investimento. “Vim conhecer a realidade de Manaus para poder
apresentá-la aos empresários britânicos. Estamos buscando parceria,
principalmente de negócios”, disse Moore ao superintendente da Suframa,
Thomaz Nogueira, que o recebeu na sede da autarquia.
FONTE: acritica.uol.com.br
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Exploração de potássio a vista nos municipios de Oriximiná, Juruti e Óbidos
ALVARÁ N° 3550/2009 , DE 31 DE MARÇO DE 2009
O
DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL, no uso de
suas atribuições, e em conformidade com o art. 15, do Decreto-lei n°
227, de 28 de fevereiro de 1967, (Código de Mineração), resolve:
I
- Autorizar pelo prazo de 3 anos, FALCON METAIS LTDA., a pesquisar SAIS
DE POTÁSSIO no Município(s) de JURUTI/PA, ÓBIDOS/PA, ORIXIMINÁ/PA, numa
área de 9.966,00ha, delimitada por um polígono que tem seus vértices
coincidentes com os pontos de coordenadas geodésicas descritos a seguir
(Lat/Long):
02°05'44,103''S/55°49'55,119''W;02°05'44,107''S/55°53'28,700''W;01°57'32,500''S/55°53'28,700''W;01°57'32,496''S/55°49'55,137''W;02°05'44,103''S/55°49'55,119''W,
em SAD 69.
II
- O titular deste Alvará de Pesquisa fica obrigado a efetuar o
pagamento da taxa anual por hectare, conforme previsto no art. 4º, da
Portaria MME nº 503, de 28 de dezembro de 1999, publicada no Diário
Oficial da União de 29 de dezembro de 1999.
III
- O titular deste Alvará de Pesquisa é obrigado sob pena de sanções a
iniciar os trabalhos, no prazo de 60 (sessenta) dias, conforme previsto
no art. 29, do Código de Mineração.
IV - Este Alvará entra em vigor na data de sua publicação.
(DNPM nº 850.294/2008) - (Cód. 323)
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY
*8B192E0E-81EF4880-BD7507F7-3FE0EEF3*
8B192E0E-81EF4880-BD7507F7-3FE0EEF3
Empresa faz pesquisas para exploração de Sais de potássio em Oriximin-a e Terra Santa - ALVARÁ N° 3548/2009 , DE 31 DE MARÇO DE 2009
O
DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL, no uso de
suas atribuições, e em conformidade com o art. 15, do Decreto-lei n°
227, de 28 de fevereiro de 1967, (Código de Mineração), resolve:
I
- Autorizar pelo prazo de 3 anos, FALCON METAIS LTDA., a pesquisar SAIS
DE POTÁSSIO no Município(s) de ORIXIMINÁ/PA, TERRA SANTA/PA, numa área
de 9.975,00ha, delimitada por um polígono que tem seus vértices
coincidentes com os pontos de coordenadas geodésicas descritos a seguir
(Lat/Long):
02°01'26,800''S/56°12'08,700''W;02°01'26,796''S/56°15'55,215''W;01°53'42,861''S/56°15'55,198''W;01°53'42,866''S/56°12'08,700''W;02°01'26,800''S/56°12'08,700''W,
em SAD 69.
II
- O titular deste Alvará de Pesquisa fica obrigado a efetuar o
pagamento da taxa anual por hectare, conforme previsto no art. 4º, da
Portaria MME nº 503, de 28 de dezembro de 1999, publicada no Diário
Oficial da União de 29 de dezembro de 1999.
III
- O titular deste Alvará de Pesquisa é obrigado sob pena de sanções a
iniciar os trabalhos, no prazo de 60 (sessenta) dias, conforme previsto
no art. 29, do Código de Mineração.
IV - Este Alvará entra em vigor na data de sua publicação.
(DNPM nº 850.283/2008) - (Cód. 323)
MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY
*69DB615A-E5C74147-8A90F3C9-82674E9D*
69DB615A-E5C74147-8A90F3C9-82674E9D
Ibama abre inscrições de concurso com 300 vagas
A remuneração é R$ 2.580,72 para jornada de 40 horas semanais.
Brasil - O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) abre nesta sexta-feira (24) as
inscrições do concurso público para o cargo de técnico administrativo,
que exige nível médio de escolaridade ou curso técnico equivalente.
No total, 300 vagas foram abertas, sendo 21 reservadas aos candidatos portadores de deficiência. A remuneração é R$ 2.580,72 para jornada de 40 horas semanais.
As vagas estão distribuídas entre as cidades de Belém, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Palmas, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória. O maior número de vagas (140) é para Brasília. Em seguida vem o Pará, com 22 vagas, e Mato Grosso do Sul, com 18 vagas.
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Os candidatos aprovados serão alocados nas unidades descentralizadas (superintendências, gerências
executivas, unidades avançadas, centros especializados) e na administração central do Ibama.
As inscrições poderão ser realizadas até 13 de setembro no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/ibama_12/. A taxa de inscrição é R$ 55. Ao realizar a inscrição, o candidato deverá optar pela unidade federativa da vaga e por uma cidade de realização da prova. Os aprovados terão lotações e exercícios definidos pelo Ibama.
Todos os candidatos farão provas objetivas de conhecimentos básicos e específicos. Na prova de conhecimentos básicos as disciplinas são de língua portuguesa, noções de informática, atualidades, matemática e ética no serviço público. Na prova de conhecimentos específicos as disciplinas são de noções de direito constitucional, noções de direito administrativo, legislação do setor de meio ambiente (Ibama), noções de administração, orçamento, finanças e contabilidade pública, noções de gestão de pessoas e noções de arquivologia.
Os aprovados que entrarem em exercício participarão de Curso de Ambientação, para identificação, nivelamento e domínio dos conhecimentos necessários ao desempenho do cargo.
O Cespe/UnB é o responsável pela seleção. A aplicação das provas objetivas deve acontecer na data provável de 21 de outubro, no turno da tarde, nas cidades de Belém, Boa Vista, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Maceió, Palmas, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória.
A data da prova do concurso do Ibama coincide com a dos concursos do Ministério da Fazenda para 463 vagas, e da Agência Nacional de Águas (ANA), também de nível médio.
Fonte: G1
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Marcada para dia 1º reunião de credores da Celpa
Agência Reuters
A assembleia de credores da distribuidora paraense de energia Celpa foi marcada para 1º de setembro pela juíza Maria Filomena Buarque, encarregada pelo processo de recuperação judicial da companhia, informou a 13a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Pará, nesta quarta-feira [ontem, 22].
Leia também:
Justiça concede reajuste de energia para Celpa.
Na assembleia, marcada para às 9 horas, o plano de recuperação da Celpa tem que ser aprovado para que não seja declara a falência da companhia, que tem dívida de cerca de 3,4 bilhões de reais.
A assembleia de credores, que estava marcada para ocorrer na terça-feira (21) foi adiada no início desta semana, para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Equatorial Energia, empresa que negocia a compra da Celpa, fechassem os detalhes do plano de transição da paraense.
O diretor da Aneel, Romeu Rufino, relator do plano de transição da Celpa na agência, afirmou na segunda-feira que a análise do caso está na “reta final”. Segundo ele, o mais provável é que o programa de ações a ser implementado pela Equatorial na companhia paraense seja votado pela diretoria da agência no próximo dia 28.
A assembleia de credores da distribuidora paraense de energia Celpa foi marcada para 1º de setembro pela juíza Maria Filomena Buarque, encarregada pelo processo de recuperação judicial da companhia, informou a 13a Vara Cível do Tribunal de Justiça do Pará, nesta quarta-feira [ontem, 22].
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Justiça concede reajuste de energia para Celpa.
Na assembleia, marcada para às 9 horas, o plano de recuperação da Celpa tem que ser aprovado para que não seja declara a falência da companhia, que tem dívida de cerca de 3,4 bilhões de reais.
A assembleia de credores, que estava marcada para ocorrer na terça-feira (21) foi adiada no início desta semana, para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Equatorial Energia, empresa que negocia a compra da Celpa, fechassem os detalhes do plano de transição da paraense.
O diretor da Aneel, Romeu Rufino, relator do plano de transição da Celpa na agência, afirmou na segunda-feira que a análise do caso está na “reta final”. Segundo ele, o mais provável é que o programa de ações a ser implementado pela Equatorial na companhia paraense seja votado pela diretoria da agência no próximo dia 28.
ARENA DA AMAZÔNIA ABRE AS PORTAS PARA O PÚBLICO NESTE PRÓXIMO SÁBADO
Público
poderá visitar gratuitamente as obras do futuro estádio de Manaus para a Copa
de 2014 das 8h às 11h
O
povo amazonense não vê a hora 2014 chegar, a ansiedade para a Copa do Mundo é
inevitável. Algumas obras na cidade já foram iniciadas e uma delas é a obra da
‘Arena da Amazônia’, futuro estádio de Manaus da Copa Mundial.
As
obras estão na metade da reta final e a população manauara está convidada para
o projeto ‘Eu visitei a Arena da Amazônia’, uma iniciativa do Governo do
Amazonas, via Secretaria de Estado da Juventude, Desporto e Lazer (Sejel).
A
sétima visitação pública da Arena é neste sábado, dia 25 de agosto, das 8h às
11h,na Arena Amadeu Teixeira, na avenida Constantino Nery, zona Centro-Oeste de
Manaus. As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site
www.sejel.am.gov.br e as visitas podem ser confirmadas pelo Departamento de
Lazer da Sejel, no telefone 3238-5196, no horário comercial.
Uma
das novidades deste mês é a inscrição de pessoas de Roraima e de outros
estados. Até o momento, as obras estão 43% concluídas.
Pescadores do município de Prainha são chamados para receber crédito emergencial
O
escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do
Estado do Pará (Emater) em Prainha, está mobilizando os pescadores da
Comunidade Coatá, atingidos pela cheia do rio Amazonas, para receberem o
Crédito Emergencial do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf).
A primeira reunião entre os extensionistas e os produtores aconteceu em 9 de agosto, na própria Comunidade, onde 20 famílias vivem de pesca artesanal, cultivo e beneficiamento de mandioca, pecuária bovina e bubalina e a criação de galinhas e porcos. A região também tem projeção ambiental, porque se localiza no entorno do Plano de Manejo da Floresta Estadual (Flota) do Paru.
Na mesma ocasião, representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também palestraram sobre manejo florestal comunitário e Cadastro Ambiental Rural (CAR), respectivamente.
CRÉDITO - De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Sérgio Mieli, a enchente deste ano deixou submersa por mais ou menos seis meses a área de várzea da Comunidade, que representa mais de mil hectares. “A várzea, no caso, é o principal pasto de todos os animais, que tiveram de ser remanejados para as zonas de terra firme. Como não havia pasto suficiente para todos aos animais, considerado todo o longo de tempo de remanejamento, houve perdas significativas: alguns morreram, muitos emagreceram”, explica. Além disso, segundo Miéle, a pesca também foi bastante prejudicada, “porque, com a água grande, o peixe se espalha e fica mais difícil localizá-lo”, diz.
Cada família deve receber R$ 2,5 mil, a serem liberados pelo Banco da Amazônia provavelmente até setembro, para aplicação na aquisição de apetrechos de pesca (malhadeira, rabeta, cubas de isopor etc.) e no aperfeiçoamento de casas de farinha. Fonte - Aline Miranda
A primeira reunião entre os extensionistas e os produtores aconteceu em 9 de agosto, na própria Comunidade, onde 20 famílias vivem de pesca artesanal, cultivo e beneficiamento de mandioca, pecuária bovina e bubalina e a criação de galinhas e porcos. A região também tem projeção ambiental, porque se localiza no entorno do Plano de Manejo da Floresta Estadual (Flota) do Paru.
Na mesma ocasião, representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal (Ideflor) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também palestraram sobre manejo florestal comunitário e Cadastro Ambiental Rural (CAR), respectivamente.
CRÉDITO - De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Sérgio Mieli, a enchente deste ano deixou submersa por mais ou menos seis meses a área de várzea da Comunidade, que representa mais de mil hectares. “A várzea, no caso, é o principal pasto de todos os animais, que tiveram de ser remanejados para as zonas de terra firme. Como não havia pasto suficiente para todos aos animais, considerado todo o longo de tempo de remanejamento, houve perdas significativas: alguns morreram, muitos emagreceram”, explica. Além disso, segundo Miéle, a pesca também foi bastante prejudicada, “porque, com a água grande, o peixe se espalha e fica mais difícil localizá-lo”, diz.
Cada família deve receber R$ 2,5 mil, a serem liberados pelo Banco da Amazônia provavelmente até setembro, para aplicação na aquisição de apetrechos de pesca (malhadeira, rabeta, cubas de isopor etc.) e no aperfeiçoamento de casas de farinha. Fonte - Aline Miranda
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
ECOTURISMO DE BASE COMUNITÁRIA: POSSIBILIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO EM ORIXIMINÁ - PA
Autor:
Vanessa Figueira Froese
O presente estudo tem por objetivo analisar como o turismo presente nas comunidades remanescentes de quilombos no município de Oriximiná pode ser entendido no âmbito dos tipos de turismo relacionados à natureza. Busca-se conhecer o cotidiano das comunidades, compreender de que maneira elas consideram a prática do turismo em seu território e como são manifestadas as relações entre anfitrião e hóspede. Assim, o turismo de natureza, o turismo de aventura, o ecoturismo e o turismo de base comunitária são conceituados a fim de identificar suas características nas comunidades quilombolas de Oriximiná. Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva baseada em pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo usando o método da observação participante. Por meio da abordagem bibliográfica utilizada para descrever o ecoturismo e o turismo de base comunitária, o ecoturismo de base comunitária é apresentado como forma de um turismo mais justo, no qual as comunidades tradicionais receptivas são as principais responsáveis pelo desenvolvimento do turismo em seus territórios. Os princípios, características e impactos do ecoturismo de base comunitária são investigados e apontados com o intuito de apresentar a atividade e de que maneira sua prática modifica a realidade das comunidades que a aderem. Por meio da pesquisa de campo, usando a metodologia de inventário da oferta turística e por meio da observação das características de Oriximiná, são apresentados os aspectos gerais do município e a realidade das comunidades remanescentes de quilombos destacando a importância de seu patrimônio cultural. Pela experiência vivenciada nas comunidades quilombolas e pelo contato direto com visitante e visitados conclui-se que o ecoturismo de base comunitária é praticado nessas regiões de forma casual. Entretanto, as comunidades quilombolas não consideram que a atividade que proporcionam em seus territórios seja uma atividade turística, deixando de aproveitar os benefícios que poderiam ser gerados por ela. A relação entre visitantes e visitados é efetivada pelas trocas culturais que advém do convívio direto entre eles. Portanto, pode-se afirmar que o ecoturismo de base comunitária em Oriximiná é espontâneo e influenciado pelas condições do meio. Assim, é praticado por visitantes que se interessam e valorizam os aspectos culturais e naturais dos territórios quilombolas.
Palavras-chave: Atrativos Naturais. Ecoturismo. Oriximiná/PA. Quilombolas. Turismo de Base Comunitária.
Gabarito do concurso da Polícia Militar divulgado, confira!
Certame registrou mais de 4 mil faltosos na primeira etapa
Foto: Ilustração Pará
- A primeira etapa do concurso público da Polícia Militar do Pará (PM),
realizada neste domingo (19), registrou 4.393 faltosos dos 49.498
candidatos inscritos. As provas do certame, executado pela Universidade
do Estado (Uepa), foram aplicadas nos campi da instituição e em escolas
públicas de Belém, Santarém, Marabá e Altamira.
A seleção oferece 2.180 vagas dividas entre os Curso de Formação de Soldados (CFSD), Curso de Formação de Oficiais (CFO) e Curso de Adaptação de Oficiais (CADO), com salários que variam de R$ 622 a R$ 4.083,69.
GABARITO PRELIMINAR
GABARITO PRELIMINAR
Os candidatos tiveram quatro horas para responder a 60 questões objetivas, valendo um ponto cada uma. Para os candidatos do CFSD, a prova foi referente às disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, História e Geografia. Aos que concorrem pelo CADO, a prova apresentou conteúdos de Língua Portuguesa, Noções de Informática, Legislação da Polícia Militar, além dos conteúdos específicos. Já para os candidatos do CFO, a primeira etapa da seleção foi acrescida de Redação, valendo 20 pontos, perfazendo um total de 80 pontos nesta etapa. Em qualquer uma das seleções, para ser aprovado na prova objetiva, o candidato deverá acertar no mínimo 50% da prova.
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De acordo com o diretor de Pessoal da PM, coronel Américo Sena, o certame ocorreu de forma tranquila. “Tudo foi dentro da normalidade. O que houve foram ocorrências comuns em concursos, como o candidato que erra local de prova, não leva a documentação exigida ou que leva celular”, explicou o coronel, que acompanhou a realização da primeira etapa no prédio da Reitoria da Uepa.
O candidato Anderson Almeida, 22 anos, que disputa a vaga para o Curso de Oficial, considerou a prova foi bastante difícil. “Eu tive apenas um mês para me preparar para esta prova. Senti dificuldade na parte de matemática, acho até que foi mais trabalhosa que a prova do vestibular”, conta Almeida que fez prova no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), o Campus I da Uepa.
Outro candidato que sentiu dificuldade na mesma disciplina foi Deivyson Costa, 26 anos.“Estudei por um mês e meio para este concurso. Posso dizer que a prova estava bastante trabalhosa”, disse Deivyson que também tenta uma vaga para a a carreira de Oficial da PM.
O concurso público para provimento de vagas para a Polícia Militar segue com exames Antropométrico e Médico, Físico e Psicotécnico. . A relação dos classificados e aprovados para as etapas seguintes será divulgado no site da Uepa (www.uepa.br), no Diário Oficial do Estado (DOE), no quadro de avisos do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar. Para mais informações em relação aos editais, o candidato deve acessar a página de acompanhamento do concurso no site http://paginas.uepa.br/concursos/.
Fonte: Uepa
Santareno conquista campeonato brasileiro de canoagem
Gesã faz dupla com o paulista Humberto Santana e há quatros anos consecutivos não perde nenhuma competição
Hiel Gesã (dir.) e o parceiro Humberto Santana Pará - O santareno Hiel Gesã, de 43 anos, é o mais novo campeão brasileiro de canoagem. Na disputa com mais de 160 atletas de todo o país, ele venceu, no último domingo, 19, em Angra dos Reis (RJ), a Copa do Brasil de Canoagem Oceânica, na categoria geral de duplas, e desponta como um dos principais nomes do esporte no Brasil. Gesã faz dupla com o paulista Humberto Santana e há quatros anos consecutivos não perde nenhuma competição. A dupla concluiu a prova de ontem em 1h20m; oito minutos à frente dos segundos colocados.
É nos rios Tapajós e Amazonas, em Santarém, que Hiel Gesã treina para todas as competições das quais participa. “Moro em Santarém, mas faço o mesmo treino que meu parceiro faz em São Paulo, onde também mora o nosso treinador. Chego com uns três dias de antecedência do início das competições para treinarmos juntos em águas oceânicas”, diz. Ele conta que pratica canoagem há 25 anos e, apesar da idade, o treinamento se intensificou nos últimos tempos. “Quando estou me preparando para competições longas chego a fazer 20 quilômetros por dia, mas, em geral, costumo remar cerca de 15 quilômetros durante os treinamentos”.
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Evaldo Malato, presidente da Federação de Canoagem do Pará, acredita que o esporte pode se transformar em um dos mais praticados na região. “A canoagem tem tudo a ver com nossas raízes culturais e, com poucos investimentos, podemos despontar no cenário nacional, a exemplo do Hiel". O remador comemora a conquista e também o fato de ter toda a estrutura necessária para se preparar para grandes competições. Ele faz parte do projeto Bolsa de Talentos, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), que beneficia atletas com a oferta de bolsas de incentivo.
Destaque
Hiel Gesã já foi 10 vezes campeão brasileiro de canoagem oceânica. Nenhum outro atleta paraense, independente da modalidade esportiva, conquistou esse feito. “Ganhar mais esse prêmio foi maravilhoso, já que nem sempre as pessoas acreditam no nosso trabalho. Apesar de tudo, os resultados aparecem, pois levamos o esporte a sério”, ressalta. Em setembro ele parte para um novo desafio: assegurar a décima primeira vitória, com o Campeonato Brasileiro de Canoagem Oceânica, que acontece em São Sebastião (SP), no dia 2. Gesã também se prepara para representar o Pará na Maratona Internacional da Dinamarca, que vai acontecer nos dias 8 e 9 de setembro, na cidade de Silquibolg.
Fonte: Agência Pará
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