(Foto: Reprodução / Diário do Pará)
Discutir as questões socioambientais é dever de todos.
O assunto, por sinal, tem sido recebido cada vez com mais interesse
pelos cidadãos, pelo setor empresarial e pelo poder público. Nesse
contexto, a
Rio+20,
Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável vai
reunir Chefes de Estado no Rio de Janeiro, no próximo mês de junho. Mas
para garantir que a reunião não seja fechada e restrita a eles, a
sociedade civil está se organizando para também ter voz no evento. A
Rede Brasil Amazônia de Comunicação através do Diário do Pará e da RBA
TV também se mobilizaram para assegurar participação da sociedade
paraense na Conferência.
O grupo irá promover nos dias 11 e 12 de junho um seminário
que discutirá os temas da Rio+20, pela visão e anseios dos paraenses, o
Fórum Pará + Rio + 20. Serão dois dias de debates entre jornalistas,
sociólogos, cientistas, representantes das classes empresariais - em
especial,
as empresas de mineração, como a Vale - representantes dos órgãos
governamentais, do Poder Executivo, do Poder Judiciário e da sociedade
civil.
Serão quatro eixos principais de discussão: a educação e
ciência para um futuro sustentável da Amazônia; a conservação da
biodiversidade; a importância da água para o
desenvolvimento sustentável e uma política pública voltada à sustentabilidade.
Para
que essa discussão não se restrinja ao Fórum, ao fim dos debates um
documento será elaborado com as questões levantadas e entregue ao Comitê
Preparatório da Rio+20. Esse comitê estará reunido no Rio de Janeiro
com os representantes governamentais para decidirem quais serão os
documentos adotados na Conferência.
A RBA quer estimular uma intensa participação da população na
Rio+20, para isso, além do documento, uma comissão escolhida durante o
FÓRUM PARÁ + RIO + 20 irá participar dos eventos programados pela ONU
para a sociedade civil na Conferência, entre os dias 16 e 19 de junho.
Todas as
despesas dessa comissão serão custeadas pelo Grupo RBA de Comunicação.
E se alguém não puder participar do fórum, poderá acompanhar a
cobertura completa e as principais questões discutidas pela RBA TV e o
jornal Diário do Pará. Um caderno especial será publicado também no
DIÁRIO DO PARÁ com as conclusões dos debates do FÓRUM PARÁ + RIO + 20.
Para o diretor-geral do Grupo RBA, Camilo Centeno, a iniciativa deve
alertar a população para a importância do debate socioambiental. “Nós já
temos procurado fazer ações de sustentabilidade, usamos equipamentos
gráficos que reduzem uso de químicos, diminuímos o uso de água na
empresa. Tudo isso porque estamos preocupados com essa questão
ambiental. Na verdade, o mundo está preocupado. E a Rio+20 está se
aproximando e a gente percebe que a sociedade paraense ainda está
distante disso. Por isso criamos esse evento do Pará se somando a Rio
+20. Queremos contribuir para a discussão e fazer nosso papel como
empresa de comunicação, propor, promover a clareza de ideias”, aponta.
Diálogos serão a voz da sociedade civil
A
importância da sociedade civil na conferência é tão grande que está
sendo vista também pela organização do evento. A Rio+20 promoverá os
Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, um espaço para a sociedade,
o setor privado, as ONGs e a comunidade científica.
Os governos e agências das Nações Unidas não participarão desses
diálogos, que acontecerão entre os dias 16 e 19 de junho. Ainda assim,
as recomendações que resultarem dos diálogos serão encaminhadas
diretamente aos chefes de Estado e de Governo participantes da
conferência.
O projeto Diálogos está sendo lançado por meio de uma plataforma
digital, o site www.riodialogues.org. Ele vai criar um espaço de
discussão, os debates online. Cada um dos dez temas que serão discutidos
durante os diálogos serão facilitados por pesquisadores renomados. A
plataforma está acessível em quatro idiomas (português, inglês, francês e
espanhol) e também contém uma ferramenta de tradução instantânea para
40 idiomas.
Cúpula dos Povos da Rio + 20 abre inscrições
Estão
abertas desde terça-feira (29) as inscrições individuais para a Cúpula
dos Povos, evento da sociedade civil paralelo à Rio+20. Cada inscrição
custará R$ 10 para quem quiser ajudar a financiar as atividades, mas o
pagamento não é obrigatório.
O evento vai ocorrer no Aterro do
Flamengo (RJ), entre os dias 15 e 23 de junho. Reunirá organizações não
governamentais, movimentos sociais e coletivos para discutir o
desenvolvimento sustentável com base na justiça social e ambiental,
segundo os organizadores.
Por meio do pagamento das inscrições, os organizadores querem
arrecadar cerca de R$ 12 mil e financiar coletivamente a infraestutura
da cúpula. O dinheiro será usado no pagamento de diárias, viagens e
alimentação de ativistas que participarão do evento.
Quem optar por pagar a taxa deve acessar a página de crowdfunding
(financiamento coletivo) na internet e entrar no projeto Cúpula dos
Povos. Lá, o participante poderá doar quantias a partir de R$ 10 e
escolher como recompensa o certificado de participação no evento. O
pagamento pode ser feito por cartão de crédito, boleto bancário ou
débito na conta-corrente. A transação exige um cadastro rápido que leva
cerca de três minutos. Ainda oferece condições de pagamento com cartões
de crédito internacionais para estrangeiros.
SEGURANÇA
A prefeitura do Rio divulgou ontem (29)
o planejamento operacional para a Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), durante os dias 13 a 22 de junho.
O ordenamento urbano e de trânsito terá nas ruas 3 mil agentes
públicos, incluindo homens da Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET-Rio), Guarda Municipal, Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb),
Ordem Pública, Saúde e Conservação. Os detalhes do planejamento para a
conferência foram apresentados pelo prefeito Eduardo Paes, juntamente
com os secretários diretamente envolvidos no evento. O prefeito admitiu
que as intervenções no trânsito vão prejudicar a mobilidade do carioca,
mas pediu apoio da população. Para diminuir o impacto no trânsito, foi
decretado ponto facultativo nas repartições e haverá feriado escolar na
rede pública e privada durante o período do evento.
(Diário do Pará e Agência Brasil)