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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PARÁ É O 8º ESTADO MAIS POPULOSO DO PAÍS, SEGUNDO O IBGE



A projeção feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o crescimento da população do Pará em 2012 mostra que o aumento populacional pode chegar a mais de 200 mil pessoas em dois anos. Em 2010, último Censo realizado pelo IBGE, o Estado tinha 7.588.078 pessoas. A projeção indica que em julho deste ano já eram mais de 7.7 milhões de pessoas residindo no Pará.
Segundo a projeção, a população brasileira cresceu 1,57 milhão (0,81%), em relação a julho de 2011, alcançando 193.946.886 de pessoas. Pela projeção, o estado de São Paulo é o mais populoso, com 41,9 milhões de pessoas (21,6% do total de habitantes do país).
Depois de São Paulo, Minas Gerais é a unidade da Federação mais populosa (19,8 milhões), seguida do Rio de Janeiro (16,2 milhões), da Bahia (14,1 milhões), do Rio Grande do Sul (10,7 milhões), Paraná (10,5 milhões), de Pernambuco (8,9 milhões) e do Pará (7,7 milhões).
Belém e Ananindeua continuam sendo os municípios mais populosos do Pará. Marabá, no Sul do Estado, apresenta o maior crescimento populacional proporcionalmente desde 2000: naquele ano pouco mais de 168 mil pessoas residiam no município. Para 2012 a projeção é que 243 mil habitantes estejam residindo na cidade e no meio rural. Belém é a 11ª capital mais populosa do país, com 1.410.430. São cerca de 17 mil moradores a mais que 2010, quando o Censo mostrou que a cidade teria 1.393.399 moradores.
Altamira, ao contrário do que se projetava, vai sofrer um decréscimo da população neste ano em que está sendo construída a Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Em 2010 a população registrada foi de 105.030. Este ano pouco mais de 102 mil pessoas residem no município. Ou seja, 3 mil deixaram o município, ao contrário dos mais de 20 mil novos habitantes que eram esperados por causa das obras de construção civil.
Vitória do Xingu, que fica próxima a Altamira e local onde estão os principais trechos da obra de Belo Monte, incluindo acampamentos para os trabalhadores, passou de 13.480 para 13.777 habitantes. Outros municípios no entorno de Belo Monte como Uruará, Medicilândia, Anapu e Brasil Novo não apresentaram crescimento significativo.
A região da Usina Hidrelétrica de Tucuruí também não apresentou dados significativos de crescimento populacional. Muitos municípios paraenses sofreram êxodo nos dois últimos anos. A maior migração de pessoas ocorreu para os municípios do Sul do Pará, como Marabá, Dom Eliseu, Rondon do Pará, entre outros.
A divulgação das estimativas populacionais está prevista em lei, e os dados estatísticos são usados para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos do governo federal, além de servir de parâmetro para a repartição de recursos das políticas públicas e para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Conforme resolução do IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da população no próximo ano será modificada. “Deverá incorporar novas informações relacionadas à dinâmica demográfica local e incluir procedimentos metodológicos alternativos, como aqueles que fazem uso de variáveis econômicas, sociais e demográficas em nível municipal”, diz o texto.
Em 2013, o chamado Sistema de Projeções da População do Brasil, será atualizado com as informações do Censo Demográfico 2010, das pesquisas por amostragem mais recentes (Pnad), bem como dos registros administrativos (de cadastros públicos) referentes ao ano de 2010.

PARAENSE ALAN FONTELES CONQUISTA MEDALHA DE OURO



O paraense Alan Fonteles conseguiu superar o fenômeno Oscar Pistorius e conquistou a medalha de ouro na final dos 200m da classe T44. O bronze ficou com o americano Blake Leeper.
A final da prova prometia um bom duelo. No sábado (1), Alan bateu o recorde mundial na primeira bateria classificatória para a final dos 200m T44, com o tempo de 21s88. Mas a alegria de Alan durou pouco, tudo por conta do novo recorde estabelecido pelo sul-africano Oscar Pistorius que superou a marca do brasileiro, cravando 21s30 na última bateria das eliminatórias.
Pistorius também colocou Alan em uma polêmica, tudo por causa do aumento de cinco centímetros nas próteses do paraense.
A prova
Neste domingo, Pistorius largou na frente, mas o paraense, de apenas 20 anos, se recuperou na reta final da prova e garantiu o lugar mais alto do pódio com 21s45 - 0s07 à frente do adversário.
"Queria agradecer a todo mundo que torceu por mim, meu muito obrigado. Valeu família, valeu namorada, valeu CPB. Foi treino, dei meu melhor nesses últimos quatro anos, só tenho a agradecer a Deus", afirmou Fonteles.
Pistorius saiu da pista visivelmente abalado. Falou pouco com os repórteres das emissoras de TV e entrou na área reservada aos atletas. Somente depois de algum tempo voltou para falar com a imprensa escrita e reclamou. "Não acho que foi injusto. Ele (Fonteles) competiu respeitando as regras, mas é fato que antes (da troca das próteses) ele não corria na casa dos 21 segundos e eu nunca vi alguém tirar uma diferença nos oito metros finais como ele fez. Foi a minha primeira derrota em uma disputa de medalha."
Além de agradecer a Deus, à família e aos torcedores, Alan dedicou, em especial, seu título para duas pessoas: o técnico Amauri Veríssimo e ao "amigo-irmão" Yohansson do Nascimento. Depois teve de falar sobre Pistorius. "Percebi que ele nem falou comigo antes da prova, só deu um oi meio assim", contou o brasileiro. O velocista admitiu que ficou triste com a reação de seu ídolo. "Eu quero ser amigo de todo mundo." No entanto, o brasileiro defendeu seu resultado. "Eu estava dentro das regras", disse em tom sério. "Ele (Pistorius) tem o recorde mundial, mas o que vale no fim é quem chega primeiro."
O coordenador de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Ciro Winckler, explicou a questão das próteses. Disse que Alan corria com o mesmo equipamento desde que tinha 16 anos e foi pedido ao Comitê Paralímpico Internacional (CPI) uma readequação do equipamento agora que o atleta completou 20 anos. Ele conta que o tamanho da prótese é determinado pelo estudo do biotipo do atleta e o resultado final foi de que Alan, que tinha 1,76 metro com o equipamento antigo, poderia chegar até 1,85 metro. Mas optou por prótese que o deixa com 1,81 metro.
História de vida
Paraense de Marabá, Alan teve as duas pernas amputadas quando tinha 21 dias de vida, devido a uma sepsemia intestinal. Aos oito anos ele conheceu o atletismo. E mesmo com próteses de madeira, não desistiu de seu sonho. Aos 15 anos ganhou sua primeira prótese de fibra de carbono, e aos 16, em 2008, disputou as Paralimpíadas de Pequim. Fã confesso de Oscar Pistorius, a quem derrotou neste domingo, Alan ficou em sétimo nos 200m, enquanto o sul-africano levava o ouro. O jovem voltou da China com uma medalha de prata no revezamento 4x100.

Projeto Quilombo comemora avanços na prevenção do câncer

Depois de combater fortemente a desnutrição infantil entre as crianças de comunidades quilombolas situadas no Trombetas, no oeste do Pará, o Projeto Quilombo, desenvolvido em parceria pela Mineração Rio do Norte, Fundação Esperança e Prefeitura de Oriximiná, comemora novos avanços na saúde preventiva. O trabalho de prevenção dos cânceres de colo do útero e de próstata revela uma mudança gigantesca no comportamento dessas comunidades e uma quebra de tabus em prol da saúde. Cerca de 70% das mulheres cadastradas no projeto já fazem o teste Papanicolau e 15% dos homens já optam pelo controle do câncer de próstata.
Em 2000, quando o projeto iniciou suas atividades e passou a atender 23 comunidades semi-isoladas das margens do rio Trombetas, apenas 0,2% das mulheres faziam o exame preventivo do câncer do colo do útero. Os motivos eram a falta de acesso à medicina, ocasionada principalmente pela distância das comunidades até o ambulatório médico localizado na sede do município, e a falta de informação sobre a importância da coleta anualmente. “Era muito comum as mulheres justificarem a abstinência sexual aos seus maridos em virtude do exame, por algum tempo. Então, os homens não queriam que elas fizessem o preventivo. Mas, com orientação e a presença do projeto nas comunidades, o acesso ficou mais fácil e essa realidade vem mudando. Hoje, elas são orientadas e não usam o exame como desculpa para não terem relações com seus parceiros”, conta a coordenadora do projeto, Ethel Soares.
O exame de controle do câncer de próstata, por sua vez, é mais recente. O trabalho para esse público começou em 2011, mas já apresenta excelentes resultados. A procura por atendimentos entre os homens de 40 anos ou mais foi de 15% no primeiro ano, embora o número de exames preventivos realizados ainda seja pequeno.
A coordenação do projeto considera o aumento da procura pelos exames preventivos uma quebra de barreiras. “É um marco na saúde de homens e mulheres e resultado de um trabalho que foi capaz de perceber que era preciso trabalhar o gênero nessas comunidades”, completa Ethel. Por uma questão de respeito à forma de vida e cultura dos povos quilombolas, o projeto Quilombo encontrou uma forma simples de fazer a informação chegar com eficiência. “Temos um projeto de extensão que trabalha a educação para a saúde de homem para homem e de mulher para mulher realizado com o Instituto Esperança de Ensino Superior. O projeto conseguiu reconhecer essa peculiaridade que é da própria etnia. Não adianta colocar uma mulher para orientar os homens, nem o inverso, senão, eles não falam o que pensam”, resume.
A meta agora é alcançar 75% de exames realizados em homens para 2013 e atingir um número cada vez maior de mulheres conscientes
Câncer - O câncer do colo do útero é o segundo tipo de tumor mais frequente entre mulheres e responsável pelo óbito de aproximadamente 230 mil pacientes por ano no país. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no ano de 2012, o Brasil deverá registrar 17.540 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 17 casos a cada 100 mil mulheres. A incidência desse tipo de doença é cerca de duas vezes maior em países menos desenvolvidos quando comparada aos países mais desenvolvidos.
O projeto Quilombo contempla ainda atividades de educação em saúde, que incluem orientações sobre aleitamento materno; alimentação complementar; higiene e tratamento de água; prevenção de doenças como diarreia, infecção urinária e câncer no colo do útero e próstata; bem como informações sobre a importância das vacinas e do planejamento familiar.