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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Parceria entre Alcoa e Senai oferece capacitação a estudantes de Juruti, no Oeste do Estado


 
 
 
 
Programa Jovem Aprendiz
Programa Jovem Aprendiz
 Para impulsionar o desenvolvimento da região e valorizar a mão de obra local, a Alcoa, em parceira com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), aposta na formação de novos profissionais por meio do programa Jovem Aprendiz, no município de Juruti, no Oeste do Pará. Com esta iniciativa, jovens estudantes com idades entre 16 e 24 anos, participam de um processo seletivo concorrido, mas que é um passaporte para ingressar no mercado de trabalho. Durante os cursos, os alunos passam por aulas teóricas e práticas, além de participar de um estágio supervisionado por funcionários da Alcoa, na Mina de Bauxita de Juruti.
Quem tem a chance de participar do programa não esconde a satisfação e já desenha planos para o futuro. “O curso superou as minhas expectativas. Logo no início, as primeiras aulas já foram suficientes para despertar a vontade de seguir carreira na área”, revela o estudante João Wagner Santos, da turma de Operador de Manutenção Eletromecânica, que está se dedicando ao máximo para alcançar uma oportunidade dentro da própria empresa.
O principal objetivo do Jovem Aprendiz é formar novos profissionais e oferecer aos estudantes qualificação e instrumentos para conquistar o primeiro emprego. De acordo com Rogério Ribas, gerente de Recursos Humanos da Alcoa Juruti, a participação da Companhia neste programa reafirma o compromisso da empresa com a educação e o crescimento da região. “Valorizar a mão de obra local é um dos fatores que nos permite crescer com sustentabilidade, gerando emprego e renda para quem vive aqui. Trazer um programa como este para o município, que vem de uma cultura extrativista e hoje está construindo uma cultura industrial, oferece aos jovens outros horizontes e caminhos profissionais. Acreditamos que o sucesso da Alcoa Juruti será medido quando tivermos lideranças formadas no próprio município, a exemplo de outras unidades da Empresa. Esta é a nossa meta aqui no Pará e o Jovem Aprendiz abre esta oportunidade”, afirma.
Em Juruti, o programa integra um conjunto de iniciativas para qualificar a mão de obra local, abrangendo cursos de capacitação para a população local, inclusive na zona rural, beneficiando cerca de três mil pessoas desde 2006.
A jovem aprendiz Cristiane Moreira de Souza acredita que o curso de Operador de Manutenção Eletromecânica irá contribuir de forma significativa para a sua formação profissional, pois aborda assuntos que não são vistos durante o ensino médio, o que funciona como um diferencial.  “Eu vejo nesse curso uma porta aberta para o mercado de trabalho e uma oportunidade muito grande de seguir carreira dentro da Alcoa; entrando com técnica e crescendo cada vez mais, sempre aprendendo”, comenta.
Os alunos de outras turmas, que concluíram o curso de Eletricista de Manutenção Industrial, afirmam ter hoje  uma visão diferente a respeito da  eletricidade: o medo que existia no início das aulas, deu lugar à admiração e à vontade de aprender cada vez mais. “Gostei muito do curso, e pretendo seguir a carreira, fazer uma faculdade de Engenharia Elétrica, e vou me esforçar para isso”, conta Anisson da Silva, um dos jovens participantes do programa.

Fonte: Tarú

Merenda de lata pode ser substituída por comida da floresta

Ideia é aproveitar lei que determina a compra de produção agrícola de comunidades extrativistas locais

CALHA NORTE (PARÁ) - Na região de peixes fartos e onde é possível plantar mandioca, banana, abacaxi - fora a castanha, que é abundante, e alimentos nutritivos da flora local -, ao chegar numa vendinha na comunidade de Cachoeira Porteira, no Rio Trombetas, para comprar o nosso jantar, o que encontramos são latas. De feijoada, de sardinha, de legumes. Nada fresco. Sem combustível suficiente para manter refrigeradores ligados o tempo todo, a solução são os enlatados, que abastecem até mesmo a merenda escolar.
Pensando em melhorar essa situação e ao mesmo tempo oferecer uma alternativa de geração de renda em bases mais sustentáveis, o Imaflora, uma das entidades que compõe o Consórcio Calha Norte (formado, entre outros, também por Imazon Conservação Internacional e Museu Paraense Emílio Goeldi), iniciou um trabalho para melhorar a merenda que é enviada para as comunidades quilombolas de Oriximiná aproveitando os produtos cultivados por elas mesmas. A cidade, que concentra a maior quantidade de remanescentes quilombolas do Estado do Pará, soma 34 comunidades.

"Os alimentos para chegar em Cachoeira Porteira, por exemplo, vão em barcos que levam até 14 horas para fazer o trajeto desde Oriximiná e não têm refrigeração. Então o jeito é ir mesmo em latas, mas podemos pensar em algumas alternativas", comenta Leo Ferreira, do Imaflora.
A ideia foi aproveitar a lei que criou o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ela estabelece que na compra dos produtos da merenda, ao menos 30% seja adquirido pelos municípios da produção agrícola de comunidades extrativistas locais.
Mas num município tão grande como Oriximiná (107,6 mil km², o segundo maior do País), em que as comunidades ficam distantes e isoladas, o produtor encontra dificuldade até em acessar a chamada pública.
O primeiro passo foi, então, fornecer assistência técnica e apoiar as comunidades a ofertarem seus produtos. E ao mesmo tempo articular com a Secretaria de Educação do município o processo para abrir as chamadas públicas para esses produtos.
"Chegou a se temer que os quilombolas não teriam produção suficiente. Mas um levantamento mostrou que algumas até perdem cará, abóbora, melancia, banana, porque não têm mercado", conta Ferreira. Cada comunidade tem uma característica. Algumas são mais dependentes da castanha do pará, como é o caso de Cachoeira Porteira, e outras têm perfil mais agrícola. "Checamos com as lideranças quem tinha algo para oferecer", diz.
Também foram investigados os hábitos alimentar dessas comunidades, seus pratos típicos, suas receitas. "Vimos que dava para pensar até em chá com produtos da floresta, substituir biscoitos por biju, por exemplo."
A primeira chamada pública deve acontecer até março para a 1ª venda - de produtos in natura, principalmente frutas e legumes. A ideia mais para frente é incluir produtos como peixes e polpa de açaí, mas por causa das condições de transporte, eles terão de passar por algum processo de beneficiamento.
Também se discute a inclusão da castanha. Enviar com casca, como hoje os quilombolas costumam vender, daria muito trabalho para as merendeiras. Antes talvez seja necessário alcançar uma outra etapa do desenvolvimento das comunidades, que é a instalação de usinas de beneficiamento da castanha nessas próprias regiões, avanço que também está sendo articulado pelo Imaflora.
A farinha de mandioca é outro ingrediente na lista. Hoje ela já entra na merenda das escolas na área urbana. Pode entrar na das comunidades já neste semestre. "A venda deve melhorar a renda das comunidades. Só vamos conseguir garantir a conservação da Calha Norte, se der a essas pessoas boas condições de vida", defende.

Fonte:  Giovana Girardi - O Estado de S.Paulo

Comunidades do Trombetas comemoram boa safra

Produtores do Lago do Batata comemoram produção de limão que é comercializada na feira de Porto Trombetas
 
 
 
 
Produção de limão
Produção de limão
O projeto de Agricultura Familiar desenvolvido na região do Trombetas, no oeste paraense, com apoio da Mineração Rio do Norte, vem dando bons resultados este ano com o plantio de limão.
A região do Lago do Batata, uma das comunidades beneficiadas, comemora a boa safra. Os produtores locais da comunidade estão entre os que receberam as 30 mil mudas distribuídas dentro do projeto para fortalecimento da produção familiar, há quatro anos. Agora, eles comemoram o início da comercialização do fruto na feira de Porto Trombetas.
Com a produção a todo vapor, os agricultores estão investem tempo no plantio de cebolinha, já em fase de cultivo, e nos mais de mil pés de pimentão, já de olho na próxima safra.
O projeto Agricultura Familiar tem a parceria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Oriximiná (STRO). Através do Sindicato, a MRN realiza repasses que garantem aos agricultores apoio técnico, treinamento, consultoria para elaboração de projetos sustentáveis, além de insumos e ferramentas.
O método de plantio do projeto é similar ao utilizado nos Sistemas Agroflorestais, no qual são utilizadas pequenas áreas, preferencialmente as já alteradas, para a produção de frutíferas como maracujá, mamão, cupuaçu, abacaxi, entre outras; além de hortaliças e essências florestais.

Fonte:  Ascom/MRN