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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

XXVIII EXPOFAMA - Oriximiná 2011

Justiça determina prisão de presidente do Google no Brasil

Google deveria tirar do ar dois vídeos contra um político.

Justiça determina prisão de presidente do Google no Brasil
TRE pede suspensão de Youtube e Google
Brasil - O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) determinou a prisão do presidente do Google no Brasil, Fabio José Silva Coelho, e a suspensão do YouTube e do Google no Estado por 24 horas.

A Justiça Eleitoral entendeu que o Google cometeu crime de desobediência por não tirar do ar dois vídeos contra o candidato a prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP).

A decisão já havia sido tomada pelo juiz Flávio Saad Peren, da 35ª Zona Eleitoral. O Google recorreu, mas o pedido foi negado. A ordem de prisão foi encaminhada à Polícia Federal.

Em agosto, o juiz da 13ª Zona Eleitoral de Santa Catarina, Luiz Felipe Siegert Schuch, determinou a interrupção do acesso ao Facebook no Brasil durante 24 horas. De acordo com a Justiça catarinense, a empresa não cumpriu uma liminar que determinava a suspensão de uma página na rede social.

Fonte: Uol com informações de

Equatorial compra Celpa com dívida de R$ 3,5 bi

Equatorial compra Celpa com dívida de R$ 3,5 bi (Foto: Janduari Simoes / Arquivo)

(Foto: Janduari Simoes / Arquivo)
O prazo concedido pela Justiça para a empresa Equatorial Energia comprar  a Celpa havia expirado na segunda-feira, mas ontem, depois de exaustivas negociações, o martelo foi batido. A Celpa, envolvida em um processo de recuperação judicial e praticamente falida, foi comprada pelo preço simbólico de R$ 1. Com o negócio, a Equatorial passa a ser dona de 61,37% do capital social da Celpa, assumindo também 39,1 milhões de ações de emissão da concessionária de energia elétrica. O contrato de venda foi assinada durante a tarde, no gabinete da juíza Maria Filomena Buarque, por cujas mãos tramita o processo de recuperação. O preço simbólico de R$ 1 tem uma explicação: a compradora assume todas as dívidas da Celpa. 
Se a transação não fosse fechada, havia o risco de a Celpa sofrer intervenção do governo federal em razão da dívida de R$ 3,5 bilhões que ela acumula junto a 1,2 mil credores. Desse total, a Celpa deve ao Estado R$ 458 milhões somente de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) que desde que a empresa entrou em crise financeira não eram repassados aos cofres públicos.
A direção da Celpa, por intermédio de sua assessoria, informou que não iria se manifestar sobre a negociação. Para ela, quem deveria falar é a compradora Equatorial. De qualquer maneira, além de assumir a dívida bilionária de R$ 3, 5 bilhões, a Equatorial já anunciou que irá investir R$ 1 bilhão a curto prazo na empresa cuja maioria das ações agora são de sua propriedade.
“Era uma nau sem rumo, cheia de problemas e pressionada por todos os lados por seus credores”, disse ao Diário o administrador judicial da Celpa, advogado Mauro Santos. Ele contou que a negociação para venda da empresa durou três horas e foi “tensa”. A Equatorial assume o controle dentro de 45 dias, mas o processo de recuperação judicial continua, devendo durar dois anos. “Agora é que o meu trabalho começa”, resumiu Santos, informando que seu papel, agora, será o de fiscalizar a atuação da Equatorial na administração da Celpa enquanto durar o processo judicial.

GESTÃO
A Celpa, que era estatal, foi vendida há quatorze anos por R$ 450 milhões ao Grupo Rede, durante o governo tucano de Almir Gabriel. Ela atende hoje a 1,8 milhão de residências em todo o Estado. Durante a fase inicial de recuperação da empresa, o Ministério Público chegou a divulgar nota técnica, criticando a situação da concessionária. 
Segundo o promotor Sávio Brabo, titular da promotoria de Tutela das Fundações e Entidades de Interesse Social, Falências e Recuperação Judicial e Extrajudicial, a crise em que a Celpa mergulhou foi provocada pela má gestão empresarial.A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e órgãos da área econômica do governo devem se reunir nos próximos dias para analisar a venda da Celpa e, possivelmente, aprová-la.
(Diário do Pará)

Seis madeireiras foram homologadas para explorar a Flota Paru

O Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor) publicou, no Diário Oficial do Estado, a homologação do resultado final da concessão florestal na Florestal Estadual (Flota) do Paru. Uma área de 434,7 mil hectares foi aberta, abrangendo os municípios de Almeirim e Monte Alegre.
Segundo o presidente da comissão de licitação, Eduardo Minuzzi, com a publicação, teve o prazo de 15 dias para apresentação da garantia contratual, necessária para assinatura dos contratos. “As modalidades de garantia aceitas estão estipuladas no edital de licitação. São aceitos caução em dinheiro, títulos da dívida públicas emitidos sob a forma escritural, seguro-garantia ou fiança bancária”, explica.
O prazo terminou dia 6 de setembro mas foi prorrogado por igual período, após receber requerimento devidamente justificado por interessados. “Após a apresentação da garantia, o Ideflor analisará a idoneidade dela e, sendo aprovada, haverá a assinatura do contrato para início dos procedimentos pré-exploratórios”, informa Minuzzi.
Ao todo, nove Unidades de Manejo Florestal estão disponíveis, mas nem todas tiveram vencedores na licitação. A expectativa é que um novo processo seja iniciado para a concessão florestal nas áreas restantes. FONTE - Flávia Ribeiro


ÀS ESCONDIDAS

A usina de Belo Monte, ao secar a Volta Grande do rio Xingu, expõe ao sol da opinião pública algo mais que o limo das pedras. A empresa canadense Belo Sun Mining, do grupo Forbes & Manhattan, pretende fazer ali o "maior programa de exploração de ouro do Brasil", investindo mais de US$ 1 bilhão para extrair quase cinco toneladas por ano do precioso metal.

Já no Relatório de Impacto Ambiental da usina constava o interesse de 18 empresas em pesquisa e exploração mineral na área, mas o Ibama achou esse dado irrelevante.
O licenciamento da mineração está sendo feito pelo governo do Pará. Tudo indica que o conhecimento do potencial mineral só é segredo para a população, os "investidores" têm o mapa da mina há tempos.
O Brasil vive uma nova "corrida do ouro", silenciosa e oculta da opinião pública, mas intensa ao ponto de fazer a atividade mineradora saltar de modestos 1,6% para expressivos 4,1% do PIB em só dez anos.
Nem é preciso dizer que esse aumento, embora inserido na ascensão brasileira na economia mundial, é continuidade da velha condição de colônia: as riquezas do subsolo brasileiro destinam-se, em sua quase totalidade, ao comércio exterior. As "veias abertas da América Latina" (feliz e triste expressão de Galeano) continuam sangrando.
Por trás dos grandes negócios e notórias fortunas, sempre financiadas e facilitadas pelo Estado, oculta-se um submundo de devastação ambiental e violência contra populações tradicionais.
O Congresso Nacional avoca para si o poder de demarcar terras indígenas e nelas licenciar atividades econômicas, enquanto discute um novo Código Mineral e a criação de uma agência para o setor.
Enquanto isso, pedidos de licenças para pesquisa e exploração continuam a ser concedidas aos que chegarem, em processo pouco transparente.
No Congresso, debate-se mudanças na lei para dificultar a demarcação de novas áreas de proteção (reservas, parques, quilombos, terras indígenas), diminuir o tamanho das já demarcadas e licenciar a exploração de suas riquezas. Na forma como são feitas, as mudanças atendem à demanda de grupos econômicos alheios aos interesses da sociedade e do país.
O governo entra com a negociação no varejo da política e as justificativas publicitárias do "interesse nacional" e da "inclusão social". À sociedade falta o que poucos detêm: informações profundas que possibilitam definições estratégicas que atendam a interesses mais amplos.
Na vida pública brasileira, o debate superficial das questões mais importantes se assemelha à infantilização promovida pelos candidatos que se oferecem para cuidar do povo. A conversa dos adultos, entretanto, é feita às escondidas. Até quando?
> MARINA SILVA, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010.