Depois de cumprir todas as exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Pará se prepara para receber o reconhecimento nacional de status livre de febre aftosa, o que está previsto para acontecer ainda no primeiro semestre de 2013. A expectativa é que em 2014 o Estado receba o reconhecimento internacional.
Mas antes, por decisão do Mapa, é preciso aguardar a confirmação da ausência da circulação viral nos Estados vizinhos do Nordeste - Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas.
Investimentos – Para erradicar a febre aftosa do território paraense, só em 2012 a Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) investiu na melhoria da saúde animal R$ 6.615.705,60, referente ao convênio firmado com o Ministério da Agricultura, valor acrescido dos 10% de contrapartida estadual. Em 2011, o repasse foi de R$ 10. 788.780,80, totalizando em dois anos R$ 17.404.486,49.
Para atender a defesa vegetal, o convênio com o Mapa repassou R$ 3.332.052,00, no período de 2011 a 2012. O total de recursos para o Estado, destinados a ações de defesa animal e vegetal, em 2011 e 2012 foi de R$ 20.736.538,49. O convênio com o Mapa, em vigência até 2015, totalizará R$ 59.282.505,49.
Os investimentos do Estado e do governo federal se refletem nos resultados atuais. “Para que o mercado externo esteja atento aos produtos paraenses de origem animal e vegetal, a orientação é reforçar o trabalho da defesa agropecuária, a fim de evitar a entrada de pragas e doenças, e manter a vigilância constante em nossas fronteiras”, ressaltou Mário Moreira, diretor geral da Adepará.
Para contribuir com o trabalho de fiscalização e atenção à defesa animal e vegetal, recentemente a Adepará entregou mais 15 veículos e 10 motocicletas aos municípios de Tucuruí, Altamira, Tucumã, Itaituba, Redenção, São Geraldo do Araguaia, Novo Progresso, Marabá, Xinguara, Santana do Araguaia e Conceição do Araguaia. No último ano, a defesa agropecuária no Estado recebeu cerca de 200 veículos novos. Os investimentos permitem que as ações de fiscalização e de defesa animal e vegetal sejam executadas nos 144 municípios.
Classificação - Quanto à classificação sanitária do Estado, a Área I, que está livre da febre aftosa com vacinação, reúne 44 municípios das regiões sul e sudeste, e as áreas II e III, ambas consideradas de médio risco, abrangem, respectivamente, 67 municípios do nordeste e 32 municípios das regiões do Marajó e Baixo Amazonas.
Esse cenário contribui para a abertura de novos mercados. Atualmente, o Pará é o 4º maior produtor de carne e o maior exportador de boi em pé do país. Em 2012, o total de bovinos e bubalinos exportados vivos chegou a 388.188.
O rebanho do Pará, hoje, é de 19.483.636 de bovinos e bubalinos, distribuídos por 108.412 propriedades rurais. O Estado tem 15 matadouros frigoríficos SIF (Serviço de Inspeção Federal) e 12 matadouros frigoríficos SIE (Serviço de Inspeção Estadual), e 26 laticínios SIF e 23 SIE.
A maioria do rebanho bovino (76,61%) está nos municípios da Área I, totalizando 14.773.673 cabeças. A Área II concentra 14,99% do rebanho, o equivalente a 2.889.660 cabeças, e a Área III detém 8,4% do rebanho (1.620.304 animais).
Na área I, com 44 municípios, Tucumã tem 3.112.982 de cabeças, o equivalente a 16,1% do rebanho da área; Redenção tem 2.592.431 de animais (13,4%), e Marabá, 2.033.810 de cabeças (10,5%).
Na região nordeste (Área II), os municípios com os maiores rebanhos são Rondon do Pará, com 627.931 animais - 3,27% do total da área; Paragominas, com 628 mil cabeças; Capanema, com 309 mil cabeças e Capitão Poço, com 273 mil.
Santarém, Oriximiná, Soure, Breves e Almeirim são os municípios que reúnem os maiores rebanhos bovinos na Área III. Em Santarém o total de animais é de 439.386; em Oriximiná, 381.061 e em Soure, 326.464.
Fonte: Agencia Pará