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domingo, 17 de junho de 2012

Rio+20: nada de concreto para o Desenvolvimento Sustentável

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Em reunião fechada, países criticam 'falta de ambição' de texto da Rio+20.

Rio+20: nada de concreto para o Desenvolvimento Sustentável
Países criticaram "falta de ambição" no texto da Rio+20
Brasil - Os delegados dos quase 200 países presentes à Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, criticaram, em reunião fechada, na noite deste sábado (16), o rascunho do texto final da conferência apresentado pelo Brasil. O G1 teve acesso à fala dos delegados da União Europeia, Estados Unidos, G77-China, Canadá, Suíça, Bolívia, Japão, Quênia e Equador. A maioria deles afirmou que falta “ambição” ao texto e detalhes quanto às ações necessárias para alcançar o desenvolvimento sustentável.

O rascunho do documento final da Rio+20, ainda em análise pelos países participantes da conferência, não eleva ao status de agência o Programa das Naçoes Unidas para o Meio Ambiente, o Pnuma, descarta fundo bilionário para países pobres e adia a criação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O delegado da União Europeia disse que o bloco “não foi ouvido” nas negociações. “O texto não é suficientemente ambicioso. Temos muito trabalho a ser feito ainda em pouco e precioso tempo”, afirmou na reunião, presidida pelos negociadores-chefes do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo e André Corrêa do Lago.

O bloco G77+China, do qual o Brasil faz parte ao lado de outros países em desenvolvimento, afirmou que as delegações “terão dificuldade” em demonstrar aos chefes de Estado e governo que assumiram “compromissos importantes”.

Além da reação dos delegados que participam da negociação, membros da sociedade civil também criticaram o rascunho. Para a WWF, faltou novidade na proposta.

“Este texto da presidência brasileira [da Rio+20] só recicla velhas histórias. Há muito pouca coisa nova que já não tenhamos tido compromisso antes. Nós gostamos de reciclagem, mas não de compromissos políticos”, criticou Lasse Gustavsson, presidente da delegação da organização WWF na Rio+20. “A parte forte do texto é a que trata dos oceanos. Isso não é surpresa, porque é a última parte do patrimônio global que ainda não foi regulada”, analisa.

'Hora de concluir'
Após a reunião, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo disse ao G1 que o texto reflete a ambição apresentada pelos negociadores. “Quanto mais ambiciosos os negociadores forem, mais ambicioso o texto vai ser. Claro que, do nosso ponto de vista do Brasil, queremos mais ambição. Mas agora está na hora de encontrarmos um texto, e esse é o texto mais ambicioso possível”, afirmou. O negociador brasileiro destacou ainda que “nunca todos ficarão satisfeitos.”

Segundo Figueiredo, o texto não deverá sofrer mudanças significativas até a próxima terça-feira (19), quando termina o prazo para apresentar a redação final. “Mudar muita coisa, não. Agora é a hora de concluir e não de mudar.”

Veja a posição apresentada pelos países sobre o rascunho da Rio+20:

União Europeia
O delegado da União Europeia afirmou que o texto “não é suficientemente ambicioso”. “Temos muito trabalho a ser feito em pouco e precioso tempo. O texto fala só de forma genérica sobre os países em desenvolvimento. A União Europeia não se sente ouvida. Não é um texto que represente avanço a ponto de merecer ser apresentado aos chefes de Estado e de Governo”, afirmou.

Canadá
“A presidência da Rio+20 colocou o texto em um formato que facilita as negociações, mas também acreditamos que há sérios problemas a serem resolvidos nos próximos dias”, disse o delegado do Canadá.

Estados Unidos
“Concordamos com o Canadá. Somos gratos ao Brasil pelos avanços no texto, mas temos sérias preocupações que vamos expressar nos próximos dias”, afirmou o diplomata norte-americano.

G77
Representado por um delegado chinês, o G77 fez duras críticas à falta de “ambição” do rascunho. “Ainda há muito o que discutir. A lista está crescendo conforme examinamos o texto. Existe certamente uma falta de ambição no texto, principalmente no que concerne aos meios de implementação. As delegações terão dificuldade em demonstrar aos chefes de Estado e governo que firmaram compromissos importantes em assuntos que permanecem no nível de processos e conceitos a serem desenvolvidos no futuro”, afirmou.

Bolívia
A delegação da Bolívia destacou que o maior problema do texto é o parágrafo que trata de água. “A maior preocupação é com a questão da água. O direito humano à água não está expresso no texto. No parágrafo 121, o direito ao acesso seguro a água potável está ligado à saúde mental e física. Não entendemos como o direito humano à água pode ser expresso nesses termos”, criticou.

A Bolívia também se opôs a parágrafo do texto voltado à eliminação de combustíveis fósseis, considerados grandes poluidores. “Se recebermos incentivo financeiro e transferência de tecnologia, aí sim poderemos trabalhar no processo de racionalização desse tipo de energia”, disse. O país pediu um texto mais concreto na parte de tecnologia e financiamento das ações de sustentabilidade.

Equador
A delegação do Equador também criticou o trecho que trata da eliminação de combustíveis fósseis. “No geral, apoiamos os esforços do Brasil. Mas estamos muito preocupados com o parágrafo sobre combustíveis fósseis”, afirmou.

Japão
O delegado japonês se limitou a dizer que apresentará sugestões ao texto no decorrer das negociações. “Temos questionamentos que apresentaremos no curso das discussões. Vamos trabalhar duramente por um acordo”, afirmou.

Quênia
“Temos que começar a compreender que estamos lidando com o planeta Terra”, destacou a delegação do Quênia.

Fonte: G1

Manifestantes depredam escritório do consórcio

Aproximadamente 100 manifestantes, incluindo indígenas e alguns estrangeiros, que são contrários à construção da hidrelétrica de Belo Monte, depredaram no início da tarde deste sábado (16), o escritório central do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), localizado no Sítio Belo Monte, a 50 km de Altamira. Durante o ato de vandalismo houve perdas materiais: portas, janelas, computadores, mesas, além de documentos importantes foram destruídos.
Segundo a assessoria de comunicação do CCBM, os manifestantes estavam participando de um evento em frente à Vila Santo Antônio, quando resolveram agir com quebra-quebra. Além do Boletim de Ocorrência, o CCBM vai entrar na Justiça, já que a liminar que proíbe qualquer tipo de manifestação está sendo descumprida.

A polícia civil de Altamira vai abrir um inquérito sobre o caso, analisando imagens dos manifestantes gravadas no circuito interno.
(Fábio Relvas/DOL)

Uepa oferece atividades para crianças especiais

O Laboratório de Atividades Físicas Adaptadas (Lafad), do Curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (Uepa), oferta 80 vagas gratuitamente para crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais ou com distúrbios da saúde, entre eles, síndrome de Down, autismo, asma e obesidade, interessados na realização de exercícios específicos, que respeitem as possibilidades e limitações.
As inscrições iniciam amanhã (18) e seguem até o dia 29 de junho, no Campus III da Uepa, localizado na avenida João Paulo II. Os interessados devem levar a certidão de nascimento da criança; duas fotos 3x4; comprovante de residência e assinatura de um responsável. As aulas terão inicio no próximo dia 6 de agosto.
São ofertadas turmas para crianças e adolescentes, de 3 a 16 anos, de segunda à quinta-feira, nos turnos da manhã e tarde. Durante a realização dos exercícios específicos os participantes irão dispor da estrutura do curso de Educação Física da Uepa, como piscina, salas, brinquedoteca e pista de atletismo, além de realizar passeios pela cidade, em atividades fora do campus.
As atividades do Lafad fazem parte de um projeto institucionalizado pela Pró-Reitoria de Extensão (Proex), que conta também com o Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Adaptada, Esporte e Lazer. O Laboratório tem o apoio voluntário de alunos e professores dos cursos de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Uepa.

(DOL, com informações da Ascom da Uepa)

Greve complica o calendário de aulas nas federais

Hoje (17), a greve dos professores das universidades federais completará um mês. A paralisação, que conta com a adesão de 51 instituições, afeta a rotina dos estudantes que aguardam as negociações entre a categoria e o governo federal para que o semestre letivo possa ser retomado e concluído. Na Universidade de Brasília (UnB), além dos professores, os técnicos administrativos também cruzaram os braços, inviabilizando a maior parte das atividades acadêmicas.

Aluna do primeiro semestre de economia, Hayanne Ferreira acha que a greve é legítima, mas que a decisão dos docentes foi precipitada. Das cinco disciplinas que cursa neste semestre, apenas uma não foi interrompida. Com isso, ela prevê que vai ficar sem férias quando a greve terminar porque os professores que aderiram ao movimento terão que repor as aulas perdidas. “Vai ter prova fora de hora, suspenderam o calendário e vai ser preciso repor aula. Tem professor que não vai repor”, acredita.

A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação está marcada para terça-feira (19).

Na UnB, a decisão de paralisar as atividades é de cada professor, por isso os alunos se sentem “perdidos” em relação à greve. “Tanto as férias do meio do ano quanto as do fim do ano, ninguém sabe como vão ficar porque não sabemos quando começará o próximo semestre”, disse Raphaella Pinheiro, 19 anos, aluna de relações internacionais. Cinco dos seis professores com quem ela tem aula neste semestre aderiram à greve. “A maioria das matérias parou completamente. Tem professor que está passando exercício pela internet para a gente resolver, tem outros que vão encurtar o semestre na volta e a gente vai fazer a prova mais rápido. Outros vão considerar a matéria como dada, porque quando a greve começou 75% das aulas já tinham ocorrido. Outros vão repor tudo. Cada um vai fazer do jeito que quiser”, reclama.

Apesar das críticas, parte dos alunos apoia a paralisação. Em assembleia no dia 24 de maio, que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, foi aprovada a greve estudantil, em apoio ao movimento inciado pelos professores. Uma sessão que reuniu os 46 centros acadêmicos da UnB no dia 29 manteve a decisão em uma votação apertada: 22 votos a favor da greve estudantil, 20 contra e duas abstenções.

SERVIÇOS

Com a paralisação dos servidores, que começou na última segunda-feira (11), além das aulas, alguns serviços que são prestados à comunidade também ficaram interrompidos. A biblioteca da UnB, que é frequentada também por quem não é aluno da instituição, está de portas fechadas. “Sempre venho aqui para estudar, o espaço é bom. Mas agora fiquei meio sem opção”, conta Guilherme Macedo, 36 anos. Ele estuda administração em outra instituição, mas frequenta a UnB pela proximidade de sua casa.

Não só os alunos são afetados pela paralisação. A queda no movimento preocupa também quem trabalha na universidade. (Agência Brasil)