Prova objetiva com 80 questões foi realizada neste domingo.
Quem acertar no mínimo 40 questões passa à segunda fase.
Foto: Ilustração Brasil
- A Ordem dos Advogados do Brasil divulgou o gabarito da prova
objetiva, correspondente à primeira fase do VIII Exame de Ordem
Unificado. A prova foi aplicada neste domingo (9) e trouxe 80 questões
de múltipla escolha. Quem acertar o mínimo de 40 questões passa para a
segunda fase. O resultado será divulgado em 19 de setembro.
A
prova da segunda etapa será realizada em 21 de outubro. Nela, o
candidato precisa redigir uma peça processual, no valor máximo de cinco
pontos, e responder a quatro questões, sob a forma de
situações-problema. Cada uma das questões tem valor de no máximo 1,25
ponto. O local de prova dos candidatos aprovados para a segunda fase
será divulgado em 15 de outubro.
O resultado preliminar final será divulgado em 8 de novembro, quando os candidatos poderão entrar com recursos.
VEJA O GABARITO DA PROVA DA PRIMEIRA FASE DO EXAME DA OAB
VeteranosEm
São Paulo, cidade que reuniu 7,97% dos candidatos do país, havia
pessoas com diversos perfis. Entre os 9.389 bacharéis esperados para
fazer a prova na Uninove, no bairro da Liberdade, região central da
cidade, muitos eram recém-formados, mas aqueles que queriam voltar ao
direito depois de anos afastados também marcaram presença.
Maria
das Dores é um exemplo de candidata com esse perfil. Ela tenta obter a
licença da OAB 17 anos depois de se formar e encontra dificuldades. A
prova deste domingo é a terceira que ela faz – nas duas primeiras, nem
passou para a segunda fase.
A candidata tem um escritório de
contabilidade, que é hoje sua profissão. Agora, quer ampliar os
horizontes com o certificado, embora não tenha certeza de que vá
precisar dele profissionalmente. “Ganho mais do que muito advogado”,
contou a candidata.
Maria reclamou ainda do nível de exigência da
prova da OAB, não só pela dificuldade das questões, mas também pelo
preço da inscrição – que é de R$ 200. “É melhor investir para concurso
público do que para OAB”, avaliou.
O candidato Rangel dos Santos
passa por uma situação diferente. Formado em 2004, ele não precisava da
licença enquanto trabalhava na parte administrativa de uma companhia
aérea. Por isso, nem se importou muito quando não passou no exame em
2004 e em 2006.
“Quando você não depende disso, não dá tanto
valor”, afirmou. Agora, Rangel foi chamado por um escritório e precisa
passar na prova para exercer a profissão. “É bem mais difícil, você fica
desatualizado”, disse o bacharel.
Já a candidata Rosely Zatz
Schucman pensa o contrário. “É igual andar de bicicleta. Não fazia isso
tinha dez anos e já voltou tudo”, comparou a candidata.
Rosely se
formou há dez anos, mas deixou o direito de lado para cuidar de uma
fábrica de roupas, ao lado do marido. Com a fábrica fechada, ela pensa
em um novo projeto familiar. Seu filho mais velho já passou no exame da
OAB e o mais novo está perto de concluir o curso.
A ideia é
deixar São Paulo e abrir um escritório em Atibaia (SP). Para isso,
Rosely precisa do certificado da OAB. “Se não passar, tudo bem, não
tenho pressa”, disse a candidata, tranquila.
O funcionário
público Arnaldo Pinheiro é outro candidato que disse não dar muita
importância para o exame da OAB. Ele foi reprovado na prova em 2008, ano
em que se formou, e só agora voltou a se inscrever.
“A minha
formação não é para ganhar dinheiro, é para ajudar os outros”, afirmou o
funcionário da Fundação Casa. Para ele, sua maior vitória foi conseguir
se formar em um “curso elitista”.
“Quando eu falo de transformar a sociedade, não é com a OAB, mas sim com a vizinhança”, concluiu o candidato.
Fonte: G1