Foi
realizada nesta terça feira (04), em Óbidos, uma Audiência Pública
Sobre a Saúde, onde estiveram reunidas autoridades municipais,
estaduais, entidades de classes e a população em geral, para discutir
sobre a situação da Saúde em Óbidos.
O
evento iniciou com a composição da mesa, onde estavam presentes a
Secretária de Saúde, Marlize Lopes; Secretário de Educação, Edson de
Pádua; Vereadores Paula Andreia e J Barbosa; a Promotora, Dra. Lilian
Braga e representantes do Conselho Municipal de Saúde.
Na fala da Secretária de Saúde, Marlize Lopes,
comentou que: “É muito difícil romper a tensão atual, que centraliza
muito no médico e hospital e o que agente luta hoje pelo SUS, é uma
atenção básica, uma atenção primária”. A secretária informou, de maneira
geral, sobre os serviços disponibilizados pelo SUS à população de
Óbidos, como: equipe de saúde da família e saúde bucal, tratamento fora
do município – TFD, falou sobre as 12 unidades de saúde na cidade e 10
na zona rural, do Hospital Dr. Priante, que fazem atendimentos primários
e outros serviços oferecidos pelo Município.
A vereadora Paula Andréia,
que faz parte da comissão de Saúde na Câmara Municipal, comentou:
“Venho acompanhando a saúde em Óbidos, como a Casa de Misericórdia de
Óbidos e suas dificuldades. Sabemos que as dificuldades são muitas, mas
nunca fechamos os olhos pra isso e sempre buscamos soluções fazendo
reivindicações às autoridades e órgãos competentes, pois muitas coisas
não dependem da gente.”
O vice-presidente do Conselho de Sáude, Waner Oliveira,
falou sobre o relatório que o conselho realizou sobre a situação dos
postos de saúde, solicitado pelo Ministério Público e defendeu a
autonomia do Conselho, pois segundo ele: “O Conselho não deve ter
nenhuma espécie de vínculo com a gestão, deve ser autônomo”. Waner
comentou também, que no relatório consta sobre a má construção do
Hospital Dr. Priante, que já está apresentando problema em suas
estruturas, entre outros problemas.
J Barbosa,
entre outros assuntos, comentou que pra mudar a composição do Conselho,
tem que ter uma lei pra isso e se colou a disposição para que essa
mudança seja feita.
A Promotora de Óbidos, Dra. Lilian Braga,
começou sua fala fazendo o seguinte questionamento: “O município de
Óbidos tem 49.592 habitante. Qual é a capacidade das unidades de saúde
para receber essa população? Cada Unidade de Saúde do Município tem a
capacidade de receber quantos munícipes mensalmente?”
A
promotora falou também sobre o acompanhamento Orçamento Publico
Municipal, o qual é constituído de verbas municipais, estaduais e
federais. “Nós como munícipes, precisamos acompanhar o desenrolar da
construção dos orçamentos nessas esferas. Acompanhar, significa saber se
os recursos estão sendo destinados da forma como estava previsto na
legislação do orçamento anual”, comentou Dra. Lilian.
Carla Fereira,
psicóloga do Município, falou da falta de medicamentos e médicos
especialista pra pessoas que tem problemas mentais, como psicanalistas e
neurologistas, que é fato em Óbidos. Falou também do problema de não
ter raio-x em Óbidos, e na necessidade, as pessoas tem que ser
encaminhados para a cidade de Oriximiná ou outras cidades.
A
Audiência Pública foi marcada por protestos de alguns Servidores
Municipais de outras secretarias, os quais carregavam cartazes
protestando sobre atraso em seus salários há mais de dois meses:
“Salário atrasado, funcionário calado, Município Abandonado”, “Os
servidores do Município de Óbidos Buscam: valorização, dignidade,
respeito e pagamento de salários”, entre outros, como poderão ver nas
imagens.
A Audiência Pública da Saúde foi uma iniciativa do Ministério Público de Óbidos, na pessoa da Dr. Lilian Braga e sua equipe.
Informações e fotos de Odirle Santos
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