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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Colosso do Tapajós é inscrito para a Copa de 2014

Entre os investimentos assegurados pelo governo para Santarém estão cerca de R$ 100 milhões, destinados à melhoria da infraestrutura, saúde e segurança.


Colosso do Tapajós é inscrito para a Copa de 2014
Estádio Colosso do Tapajós
Santarém - A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) concluiu nesta sexta-feira (28) a inscrição de Santarém na lista de Centros de Treinamento de Seleções (CTS) para a Copa do Mundo de 2014. Uma equipe de técnicos da Seel fez a inscrição da cidade paraense junto ao Comitê Organizador Local da Copa do Mundo (COL). Os locais escolhidos como sede de treinamento de seleções de futebol serão divulgados no primeiro semestre de 2013.

No início de agosto, o COL anunciou que Belém já estava apta a receber seleções internacionais de futebol. Ainda em agosto, o diretor de Times e Competições do COL, Frederico Nantes, ressaltou que Santarém tem um grande potencial para se tornar um CTS. “É preciso fazer o dever de casa”, destacou. Daí por diante, o governo do Estado intensificou ainda mais o trabalho em Santarém e no estádio Colosso do Tapajós.
Entre os investimentos assegurados pelo governo para Santarém estão cerca de R$ 100 milhões, destinados à melhoria da infraestrutura, saúde e segurança. Na segunda quinzena de agosto, o governador Simão Jatene esteve no município e assinou ordem de serviço para a construção do ginásio poliesportivo, orçado em R$ 10 milhões, e aprovou o orçamento e o início do processo licitatório para as obras do Estádio Olímpico de Santarém. No total, serão investidos mais de R$ 21 milhões no empreendimento.

Fonte: Agência Pará

Paraíso para os turistas

Cortada pelo rio Amazonas na confluência com o rio Tapajós, não há como desvencilhá-la de sua essência fluvial. A região de integração do Baixo Amazonas é formada pelos municípios de Alenquer, Almeirim, Belterra, Curuá, Faro, Juruti, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Prainha, Santarém e Terra Santa e tem o quinto maior PIB do estado. Sua área total é de 315.861 km² (76,6% formados por áreas protegidas), onde se distribuem 678.936 habitantes - 271.161 na área rural -, 36.787 famílias assentadas, 20 comunidades quilombolas e 20 terras indígenas.

Segundo estudos desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp), com parceria do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor), na região o produto de destaque é a castanha-do-brasil, popularmente conhecida como castanha-do-pará, gerando uma renda bruta de R$ 71 milhões. Em seguida, vêm o açaí, cipós e sementes de cumaru.

Outra atividade em expansão atualmente é o turismo, cujas atrações são as praias, cachoeiras, lagos, excursões ecológicas e as numerosas festas folclóricas. E um dos locais que mais recebe esses visitantes é o município de Santarém, devido tanto às belezas naturais de Alter do Chão, distrito local, quanto a eventos tradicionais, como o Sairé

SANTARÉM

Neste ano, o Festival do Sairé foi realizado de 13 a 17 de setembro e possui mais de 300 anos de história. A festa mistura o religioso e o profano, o sagrado e o popular. A estrutura das barracas reflete a cultura do caboclo paraense, onde os moradores de Alter do Chão, utilizam os espaços para venderem seus produtos durante os dias de festa.

As coordenações das entidades folclóricas dos Botos Cor de Rosa e Tucuxi apresentam ao público os itens oficiais do Festival dos Botos, que são o Boto Homem, o Boto Animal, a Rainha do Sairé, a Rainha do Lago Verde, a Rainha do Artesanato, a Cabocla e o Carimbó. Neste ano, o Boto Cor de Rosa abordou o tema “A vida e a fé do povo Borari” e o Boto Tucuxi, “O imaginário Tapajó”. Cada entidade folclórica participa com a estimativa de 700 a 800 brincantes. “A temática é voltada para as crenças, costumes e tradições”, explica Joel Coelho, coordenador do Boto Cor de Rosa.

“É uma das festas mais bonitas que já acompanhei porque todos os dias você se encanta com algo diferente. Assiste às apresentações, curte as praias, se quiser descanso pode se refugiar nas ilhas desertas de Alter. Considero uma experiência riquíssima para todos que são ou se sentem paraenses”, comenta a médica Leilane Farias.

MONTE ALEGRE

Dos eventos para as contemplações históricas. Monte Alegre representa uma das mais antigas fundações da Amazônia, com 26 Sítios Arqueológicos cadastrados. Deste total, 15 estão dentro dos limites do Parque Estadual Monte Alegre (Pema) e todos eles apresentam pinturas rupestres, o que exemplifica a diversidade ambiental e rica multifase histórica da ocupação humana: os paleoíndios. As principais atrações do gênero são a Gruta Itatupaoca, a Serra da Lua, onde existem pinturas policromas, a céu aberto, o Mirante, a Serra do Paytuna, e a Pedra do Pilão.

Além dos registros históricos, existe uma beleza cênica composta por uma parte de cerrado, formações geológicas diferenciadas com vegetação de grande, médio e pequeno porte; a fauna apresenta um número variado de espécies, dando destaque na avifauna para uma espécie de psitacidae conhecida como Cacaué (Aratinga maculata), que é uma espécie endêmica encontrada apenas no município de Monte Alegre (ainda não há comprovação desta ave em nenhuma outra parte do mundo).

Recentemente, foi assinado o Convênio entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará – SemaA, para a execução do Projeto “Implantação de Estrutura em Sítios Arqueológicos do Parque”, no valor de total de R$1,8 milhão. “A criação de uma infraestrutura adequada para os sítios arqueológicos do Parque Estadual Monte Alegre – Pema estimulará os visitantes a conhecer, valorizar e preservar os vestígios materiais deixados pelas antigas populações que habitaram a região, com envolvimento das comunidades em todo o processo de sua construção. Isso proporciona que tais populações se beneficiem com a socialização dos sítios e dos empreendimentos”, afirma Patrícia Messias, socióloga e gerente do Pema.

“Para evitar a degradação do patrimônio deixado pelos nossos antepassados, é preciso oferecer ao grande público as informações produzidas pela pesquisa científica de uma forma compreensível e acessível, com utilização de material didático diversificado a exemplos de livros infantis e didáticos, vídeos, documentários e uma ação educativa sistematizada. Pretende-se, assim, mobilizar os moradores para conhecer, usufruir e proteger o patrimônio arqueológico”, conclui.

REGIÃO DE INTEGRAÇÃO

BAIXO AMAZONAS


Número de municípios: 12

Total de produtos identificados: 63

• Alimentícios: 14

• Fármaco e cosméticos: 31

• Artesanatos e utensílios: 14

• Derivados da madeira: 3

• Derivado animal: 1

PRINCIPAL PRODUTO:

Castanha-do-brasil (R$ 71 milhões), 67% de renda bruta gerada e circulada fora do Pará.

OUTRO DESTAQUE:
Açaí (R$ 12,7 milhões), com 100% de renda gerada e circulada somente no Baixo Amazonas.

OUTROS PRODUTOS:

Cipós, sementes de cumaru, cacau, amêndoa, malva, tucumã fruto e copaíba

Renda Bruta Total (RBT) gerada e circulada: R$ 99,4 milhões.
(Diário do Pará)