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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Candidatos a prefeito assinam pacto pela infância com o MP de Juruti

Lila Bemerguy
O Ministério Público do Estado, por meio da promotora de justiça Lilian Braga, firmou com os candidatos à prefeitura municipal de Juruti o “Pacto pela Infância e Juventude”. O termo de compromisso assegura que após a eleição, o candidato vencedor garantirá  recursos suficientes para o desenvolvimento de  políticas públicas adequadas à garantia dos direitos da criança e do adolescente. O pacto é composto por 22 itens.
Assinaram o documento em reunião pública na secretaria municipal de Saúde, todos os candidatos a prefeito nas eleições 2012. A adolescente Carla Thais Cativo Barbosa representou a juventude do município e pediu aos candidatos que, quando eleitos , “cuidem do presente para que o futuro da juventude seja melhor".  Estiveram presentes candidatos a vereador e o presidente da Câmara Municipal, Cleverson Mafra.
Os compromissos assumidos incluem a garantia de condições efetivas para que o conselho municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente(CMDCA) elabore e controle a execução da política municipal de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes, tomando como referência o diagnóstico da situação.
Com base nesse diagnóstico, que sejam assegurados recursos no orçamento municipal para essas políticas. O funcionamento dos conselhos municipais voltados para a infância e a formação de conselheiros também fez parte dos itens pactuados.
Com relação à educação, foi acordado que serão garantidos escola em tempo integral de qualidade,  instituições de educação infantil para todas as crianças de 0 a 5 anoseespaços deaprendizagem eprofissionalização de adolescentes. O prefeito eleito deve determinar que as escolas atuem na perspectiva do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanose do Plano Nacional de Educação.
O poder público municipal deve também promover cursos de capacitação em informática, especialmente, no uso seguro da internet, voltado para crianças e adolescentes e criar centro de atendimento e tratamento de dependência química para crianças, adolescentes e suas famílias.
Ficaram acordados a garantia de proteção à família; o apoio à convivência familiar por meio de políticas públicas, programas e serviços de moradia e geração de renda; a promoção de políticas para crianças e adolescentes e famílias que vivam na rua e a elaboração e execução de planos municipais de educaçãopara combate aotrabalho infantil, abuso/exploração sexual, dependência química e outros.
O candidato vencedor deve também garantir os direitos de crianças e adolescentes com deficiências e vítimas de qualquer tipo de violência, e a proteção integral dosameaçados de morte, mantendo interlocução com a PPCAAM (Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte).
Também foram incluídos itens relacionados à ampliação de espaços culturais, esporte e lazer, formação de profissionais de educação, saúde e assistência para atuar com crianças e adolescentes e a garantia da participação desse público nas decisões políticas do município. (Foto Gustavo Hamoy)


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 Quem presenciar ou tomar conhecimento de qualquer irregularidade eleitoral deve ligar para o 0800 096 0002, para fazer a denúncia ao Comitê Estadual do Movimento Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral.

Manejo do pirarucu: WWF-Brasil registra em vídeo trabalho de 18 anos no Baixo Amazonas


 
Como parte das comemorações do Dia da Amazônia, celebrado neste dia 5 de setembro, o WWF-Brasil lança, em conjunto com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o vídeo “Manejo do Pirarucu no Baixo Amazonas”. A película, filmada nas imediações do município de Santarém (PA), levou um ano para ser produzida e será utilizada como instrumento de Educação Ambiental e de disseminação dos resultados do projeto Várzea, uma iniciativa desenvolvida há 18 anos pelo WWF-Brasil e pelo Ipam naquela região.

O vídeo possui 15 minutos, conta a história do projeto Várzea e mostra como é possível promover o manejo sustentável do pirarucu nas várzeas amazônicas. Por meio do depoimento de comunitários da zona rural de Santarém e de pesquisadores do Ipam, o filme apresenta os benefícios que esta prática traz às famílias que vivem na beira dos rios. O vídeo traz também cenas típicas do cotidiano ribeirinho, como o navegar pelas águas barrentas do rio Amazonas, a pesca do pirarucu e as festas realizadas para impulsionar a comercialização do produto.

O Manejo do Pirarucu no Baixo Amazonas está disponível na conta oficial do WWF-Brasil no Youtube e terá versões em português e inglês. A trilha sonora é composta de músicas de Antônio Vieira, conhecido como Mestre Vieira, considerado o criador da guitarrada paraense e uma das maiores referências da música popular brasileira.

A idéia é que o vídeo seja usado como instrumento de disseminação da metodologia utilizada no projeto Várzea. “Esta ação tem feito muitas coisas legais do ponto de vista da conservação e do manejo sustentável. O vídeo é uma forma de divulgar essas idéias e experiências”, afirmou o coordenador David McGrath. O geógrafo, que é pesquisador do Ipam, disse ainda que o vídeo pode inspirar outros grupos a desenvolver trabalhos semelhantes.

Benefícios ambientais

De julho de 1994 até agosto de 2012, o projeto Várzea apoiou a implementação de 15 Projetos de Assentamentos Agroextrativistas (PAE's) na zona rural de Santarém, atingindo uma área de aproximadamente 1 milhão de hectares, envolvendo 150 comunidades ribeirinhas e 45 mil habitantes.

Esses resultados permitiram a conservação do pirarucu naquela região; o aumento da renda das famílias que lidam com esta atividade econômica; e contribuiu com a conservação dos ecossistemas aquáticos e da floresta, típicos da várzea da Amazônia. Além disso, várias práticas desenvolvidas por este projeto de forma pioneira foram replicadas, ao longo dos anos, pelo Governo Federal em outros Estados, como no Acre e no Amazonas.

Para David McGrath, o manejo comunitário do pirarucu é fundamental para o desenvolvimento sustentável da várzea. “Atualmente, o manejo deste tipo de peixe é o sistema de manejo comunitário mais bem sucedido na Amazônia. A disseminação desta prática e a construção de políticas e programas de apoio são prioridades importantes para a conservação de toda a várzea do rio Amazonas”, alertou o geógrafo.

Opções de atividades econômicas

O analista de conservação do WWF-Brasil, Antônio Oviedo, também aposta na divulgação das estratégias do projeto Várzea. “Este trabalho é uma iniciativa de sucesso. Temos uma metodologia inovadora e transformadora para a questão das várzeas, mostrando que existem práticas econômicas alternativas à criação do boi”, explicou o especialista.

Oviedo afirmou também que uma das bases do projeto é mostrar que existem, para os ribeirinhos amazônicos, opções de atividade econômica diferenciadas, que vão além da pecuária extensiva. “Na Amazônia, se diz que a prática econômica que possui maior liquidez é o gado. E nós apresentamos uma alternativa que pode ser mais rentável e gera maior conservação dos ecossistemas aquáticos, da floresta e do bioma como um todo”, afirmou.

No vídeo, os comunitários participantes do projeto são convidados a dar seu depoimento. O pescador Rivelino Mota de Souza, da comunidade de Pixuna do Tapará, contou que os pescadores perceberam que, sem os acordos de pesca, o pirarucu logo seria extinto, prejudicando a vida de centenas de famílias. “Nós decidimos, então, que era importante trabalhar no manejo da pesca. Estávamos percebendo que nós mesmos estávamos destruindo o recurso”, disse Rivelino.

Morador da comunidade de Santa Maria do Tapará, Raimundo Amarildo dos Santos faz coro ao colega de profissão. “Nós sabemos, temos experiência. Não é todo lugar que tem peixe. Se existe peixe aqui, é porque nós preservamos. Estamos colocando isso para as pessoas e pouco a pouco elas estão entendendo que precisamos preservar essa espécie”, declarou. “Nossa experiência de trabalho mostra que é positivo manejar o pirarucu. Se você for analisar a região, só existe pirarucu nas áreas em que é realizado o manejo”, afirmou Lauro Sousa, da comunidade de Santa Maria do Tapará.

Sobre o projeto Várzea
 
O projeto Várzea teve início em julho de 1994, sendo executado pelo Ipam com o apoio técnico e financeiro do WWF-Brasil. A iniciativa estabeleceu parcerias com a Colônia de Pescadores de Santarém, comunidades da várzea e órgãos governamentais para viabilizar acordos de pesca e utilizar esses acordos como base de uma estratégia regional para o manejo sustentável da várzea amazônica.

Entre os objetivos deste trabalho estão o desenvolvimento de sistemas de manejo comunitário para as atividades de pesca da várzea; a viabilização de alternativas econômicas para diversificar as fontes de renda das famílias ribeirinhas; a realização de pesquisas sobre a pesca comercial desenvolvida naquela região; a realização de programas educacionais de Educação Ambiental; e a criação de políticas para a gestão participativa das atividades pesqueiras; e atividades de fortalecimento das organizações e associações locais.
 
FONTE: http://www.wwf.org.br/informacoes

Mina de Bauxita de Juruti completa três anos de operações


Desafio da unidade é conquistar competitividade de operações
Completando três anos de operações neste sábado (15), a Mina de Bauxita de Juruti, empreendimento da Alcoa no Oeste paraense, é um exemplo de iniciativa que visa aliar mineração, respeito ao meio ambiente e bom relacionamento com as comunidades. 
A Unidade da Alcoa, empresa líder em produção e transformação de alumínio, em Juruti foi criada sob o signo da sustentabilidade. Muito antes da implantação da Mina, o diálogo com a população começou a ser estabelecido, a partir das audiências públicas que determinaram as ações e obras a serem realizadas pela empresa, tanto de caráter compensatório legal quanto voluntário.
“Costumo dizer que o diálogo com a comunidade é uma premissa nas operações da Alcoa no mundo”, diz o gerente-geral da Mina de Bauxita de Juruti, Claudio Vilaça. “A unidade de Juruti, em particular, foi desenvolvida sob uma estratégia de sustentabilidade que considerou, por exemplo, o incentivo à criação do Conselho Juruti Sustentável – um fórum de discussão que reúne sociedade civil, poder público e empresa –, de indicadores de sustentabilidade para monitoramento contínuo do desenvolvimento regional e de um fundo de investimentos em projetos socioambientais”, conclui.
O diálogo permitiu que algumas demandas antigas das comunidades fossem contempladas nos programas que compõem o Plano de Controle Ambiental, resultantes dos Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), e na Agenda Positiva, um conjunto de ações voluntárias desenvolvidas pela mineradora pelo bem-estar das comunidades. Dentro deste contexto, a empresa se prepara para, em breve, inaugurar o Hospital 9 de Abril, que atenderá casos de média complexidade e ajudará a fortalecer a saúde do município, trabalhando de forma conjunta com os organismos de saúde já existentes.
O compromisso com as comunidades também é o que norteia as ações de qualificação profissional. Desde 2006, quando a Alcoa firmou parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mais de 3.000 pessoas já foram formadas em cursos de capacitação voltados para a área operacional da Mina, mas também para o mercado de Juruti. Além disso, um convênio com a Prefeitura Municipal de Juruti e a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), para a implantação de um campus no município já vem sendo desenhado. “Acredito que estamos formando a base para que, no futuro, Juruti seja liderada por jurutienses. Assim foi na Alumar, unidade da Alcoa em São Luís, por exemplo”, declara Vilaça. Hoje, dos 1.870 empregados diretos e indiretos da unidade, 80% são paraenses, que ocupam, inclusive, cargos de liderança.
A Alcoa investiu R$ 3,3 bilhões na implantação desta unidade. Em três anos de operações, a planta vem demonstrando um crescimento contínuo: do patamar de 2,6 milhões de toneladas de bauxita por ano, no início das operações, para 4 milhões de toneladas anuais, tudo sob os mais rígidos padrões de segurança, em harmonia com o meio ambiente e em constante e incansável diálogo com as comunidades.
“A crise global tem impactado a indústria do alumínio, com demanda mais contida, elevado nível de estoques e preços deprimidos. É neste cenário desafiador que temos operado”, explica Vilaça. ”O comprometimento dos profissionais e a busca incansável por oportunidades de otimização dos custos têm sido a nossa forma de trabalhar no atual cenário do mercado de alumínio em busca da competitividade de nossa operação”, conclui.


Assessoria de Comunicação da Alcoa Mina de Bauxita de Juruti

Breves vence a segunda etapa dos Jogos Abertos do Pará

Agência Pará de Notícias

ASCOM
Município sediou a competição regional, que segue agora para Belém
ASCOM
A competição reuniu atletas de seis localidades da ilha do Marajó
O município de Breves, na ilha do Marajó, foi o grande vencedor da segunda etapa dos Jogos Abertos do Pará, com 95 pontos. Portel ficou em segundo lugar geral, com 76 pontos, e Melgaço ficou na terceira colocação, com 17 pontos. O evento aconteceu de quarta-feira (12) até este sábado (15).
Atletas de Anajás, Breves, Melgaço, Ponta de Pedras, Portel e São Sebastião da Boa Vista disputaram diversas modalidades esportivas sob a organização de equipes da Diretoria Técnica e de Eventos da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), realizadora dos Jogos.
Ainda em setembro, as demais etapas regionais dos Jogos Abertos estão previstas para acontecer em Itaituba, Castanhal, Bragança, Oriximiná e Redenção. No mês de novembro, os vencedores de cada modalidade disputarão a etapa estadual dos jogos, que acontecerá em Belém.
Confira a lista de campeões em cada modalidade:
Basquete masculino: Breves
Basquete feminino: Breves
Futsal feminino: Breves
Futsal masculino: Breves
Futebol de areia feminino: Breves
Futebol de areia masculino: Breves
Handbol masculino: Breves
Handbol feminino: Breves
Vôlei de quadra feminino: Portel
Vôlei de quadra masculino: Portel
Vôlei de praia masculino: Portel
Queimada masculino: Portel
Queimada feminino: Breves
100 metros rasos feminino: Portel
100 metros rasos masculino: Portel
3000 metros feminino: Portel
5000 metros masculino: Portel
Salto em distância feminino: Portel
Salto em distância masculino: Portel
Arremesso de peso feminino: Breves
Arremesso de peso masculino:  Portel
Ciclismo feminino: Breves
Ciclismo masculino:  Breves
Tênis de mesa feminino: Breves
Tênis de mesa masculino: Breves
Xadrez feminino:  Melgaço
Xadrez masculino: Portel

Prevbarco II completa 15 anos de funcionamento

A Unidade Móvel Flutuante II, o PREVBarco II que atende à região Oeste do Pará completou, neste domingo (16), 15 anos de existência. Esta semana o PREVBarco II realiza a oitava viagem, atendendo à população do município de Juruti até terça-feira (18). Depois, seguirá para Oriximiná, onde permanece até o dia 29 desse mês. Hoje, segunda-feira (17), um lanche oferecido pelos servidores e tripulação foi servido para 50 segurados que aguardavam o atendimento. Segundo informações da gerente do PREVBarco II, Anne Guedes, uma programação com palestras faz parte das comemorações pelo aniversário.
O técnico do Seguro Social José Américo, da Agência da Previdência Social (APS) Santarém, e a assistente social Cristiane Magno, da APS Cratos (CE), ministraram palestras para 60 integrantes do grupo de idosos do Conselho Regional de Assistência Social de Juruti, no Salão Paroquial da cidade. Os temas foram Aplicação dos Benefícios Previdenciários e formas de Contribuição aos Microempreendedores Individuais e Direitos Previdenciários e Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Depoimentos Ao longo desses 15 anos, vários servidores participaram das viagens do PREVBarco. Um dos mais experientes, José Américo Coelho falou do orgulho que sente por ter sido um dos pioneiros do projeto: Sinto-me gratificado por ter visto o PREVBarco nascer, crescer e se consolidar como um dos principais instrumentos de política social, ampliando o acesso à cidadania para o povo das regiões mais longínquas do Oeste paraense, relatou.
Para a gerente Anne Guedes, o Prevbarco II/PA, ao completar seus 15 anos de atuação, se consolidou como fundamental na aproximação entre a Previdência Social e as cidades situadas no Oeste do Pará onde não existe APS fixa. Através dele levamos cidadania e dignidade aos nossos segurados e demais usuários de nossos serviços. Estamos felizes em fazer parte desta casa e de contribuirmos para que o Prevbarco II/PA desenvolva suas funções de forma satisfatória, declarou.
O perito médico de Novo Hamburgo (RS), Afonso Luiz Hansel, viajou pela primeira vez no PREVBarco para Aveiro, oeste do Pará. Como registro de minha curta, porém intensa, experiência no PREVBarco, diria que um pouco de ansiedade parece inevitável neste empreendimento. Desde a escolha do período, pessoas nunca vistas na equipe, dificuldade de liberação de chefias, tudo isso se dilui na imensidão de água dos rios, que cortam as imensas matas, as quais tornam-se apenas riscos no final do horizonte de água, testemunhou.
Histórico O Projeto Posto Flutuante, hoje denominado PREVBarco, foi implantado no Estado do Pará em 12 de setembro de 1997, sendo a primeira Agência da Previdência Social móvel flutuante do Brasil. Naquele ano, realizou 24 viagens na Região do Baixo-Amazonas, visitou 36 municípios e totalizou mais de 8.447 atendimentos na Região das Ilhas. Outra denominação foi Unidade Avançada de Atendimento Móvel. A ideia da unidade móvel nasceu em dezembro de 1995, quando o ministro da Previdência Social, à época, Reinhold Stephanes, veio a Belém (PA) receber uma premiação pelo projeto Hora Marcada.
Na ocasião foram discutidos problemas de atendimento à população que morava distante e demorava horas e às vezes até dias para chegar a uma agência mais próxima. Na época, no Pará, havia somente 20 unidades: 11 na capital e nove no interior. Com o objetivo de diminuir a demanda da clientela previdenciária vinda dos municípios onde inexistia postos do INSS para ser atendida nos postos de Belém e de Santarém (PA), o INSS formou uma equipe itinerante.
Projeto Na reunião, ocorrida em 1995, com a presença do ministro, essa preocupação foi colocada pela equipe. Quando, para surpresa de todos, o ministro provocou: por que não alugamos um helicóptero Por que não Façam a proposta. Daí para a realização do projeto, foi um passo. A equipe não solicitou o aluguel de um helicóptero, mas sim de um barco, cuja tripulação e um número de camarotes fossem capazes de alojar servidores durante o período do atendimento nos municípios da região.
O Superintendente Estadual da época, Isan Anijar, constituiu uma equipe de trabalho, que ficou encarregada de elaborar o projeto dentro do menor espaço de tempo possível. O edital ficou pronto e a equipe foi à procura da embarcação que serviria como o primeiro posto flutuante do INSS no Brasil. Os objetivos do projeto, na essência, visavam a facilitar o acesso da população ribeirinha aos serviços da Previdência Social, diminuir a afluência da clientela às agências fixas e evitar deslocamentos onerosos e demorados dos segurados.
Em maio de 1996, na cidade de Santarém (PA), região Oeste do Estado, o projeto foi oficialmente anunciado para as prefeituras municipais das 12 cidades por onde a embarcação navegaria. Em dezesseis meses, após o processo licitatório para alugar o barco, foi inaugurado o posto flutuante. Foi o marco na Previdência, quanto ao atendimento à população ribeirinha na Amazônia.
Em 1998, o INSS no Pará ganhou o prêmio Hélio Beltrão, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), pela inovação de levar, em uma embarcação, os serviços previdenciários até as populações ribeirinhas do Estado. A iniciativa paraense serviu de modelo para o atendimento móvel rodoviário e fluvial atualmente oferecido pelo INSS em todo o Brasil. Consta como acervo da ENAP como case de sucesso da administração pública federal. Foi apresentado no Fórum Índia, Brasil e África do Sul (IBAS).
Em 1999, levando em conta os resultados obtidos, o INSS no Pará inaugurou a segunda unidade, com a intenção de agilizar os atendimentos, já que apenas uma embarcação para atender as Regiões Norte e Oeste do Estado implicava em viagens mais longas e maior número de dias para retornar aos municípios visitados, entre outros fatores.
As embarcações previdenciárias têm condições de informar, habilitar, conceder, além de realizar perícia médica e serviço social. O cidadão pode usufruir de um serviço informatizado, o sistema corporativo informatizado da Previdência pode ser executado, dentro da embarcação, devido à existência de uma antena que capta sinais de satélite, possibilitando acesso a bancos de dados, como o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), que possui vínculos empregatícios de trabalhadores brasileiros, desde a década de 70.
Números O PREVBarco realizou oito viagens durante o ano, passando em cada município três vezes. A média de duração é de 30 a 35 dias. Ao longo desses quinze anos, o barco já foi substituído. Hoje possui cinco camarotes disponíveis para os servidores e quatro para a tripulação. Sete, dos nove camarotes, têm capacidade para abrigar duas pessoas e cada convés possui dois banheiros. Há cozinha, sala de estar e refeitório. Em 2009, o PREVBarco recebeu a visita do ministro José Pimentel e outras autoridades do INSS, para divulgar o serviço de reconhecimento automático de direitos previdenciários em 30 minutos.
Segundo informações da gestora Anne Guedes, o PREVBarco já realizou, desde 2000, 174,1 mil atendimentos, porém, os números são bem maiores, considerando-se que o PREVBarco iniciou em 1997, disse. De 1997 até 2000, como a base era a Agência da Previdência Social em Santarém, os números eram centralizados junto com os da APS-Santarém. Este ano, até o mês de agosto, com a conclusão da sétima viagem, já foram realizados 6.511 atendimentos. (Rosangela Merabet, SCS/INSS/Pará).