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domingo, 1 de fevereiro de 2015

PERIGO IGNORADO. Linhão de Tucuruí passa por cima de casas e vilas na Calha Norte


por Genival Cardoso


 Perigo invisível, silencioso e permanente, as torres de alta-tensão exercem influência nociva às pessoas, particularmente em quem vive ou trabalha num raio de 40m de seus cabos, fato ignorado pelos engenheiros responsáveis pela construção do linhão de Tucuruí na região da Calha Norte, onde a linha de transmissão passa por cima de casas, escolas e vilas inteiras.
 Convivemos diariamente com campos de energia que atravessam nossas casas, penetram nos quartos e, muitas vezes, passam exatamente onde dormimos, onde fazemos nossas refeições ou trabalhamos. São as energias denominadas eletromagnéticas.
As energias Eletromagnéticas são emitidas pelas subestações de linhas de força, por transformadores, por linhas de transmissão e recepção, antenas parabólicas, por repetidoras de celular, por antenas emissoras de rádio, de televisão, por eletrodomésticos, computadores e por muitos outros aparelhos hoje considerados indispensáveis. Quem vive ou trabalha muito próximo das torres de alta tensão, ou de qualquer outra antena transmissora, está incluído na lista de receptores inocentes. Os problemas causados por esse tipo de energia são graves e já motivaram congressos que reuniram cientistas de várias partes do mundo.
Segundo a Fundação José Barbosa Marcondes de Estudos e Pesquisas de Efeitos de Radiações Geopatogênicas e Eletromagnéticas (Feperge) e o Cepran (Centro de Estudos e Pesquisas Contra Radiações Nocivas), é muito importante ter consciência do perigo que essas torres com suas emissões ou linhas de força representam.
Tal preocupação já existia no Primeiro Mundo há mais de 50 anos, mas tem sido praticamente ignorada no Brasil e principalmente nas regiões rurais da Amazônia. Após longo período de estudos que envolveram cientistas de quase todo o mundo, chegou-se à conclusão de que, em médio e a longo prazos as radiações nocivas tornam as pessoas mais suscetíveis a doenças físicas e mentais, afetando também animais, plantas e até mesmo máquinas, que passam a apresentar defeitos constantes.
O perigo é tão grande que vem sendo combatido em nível governamental em vários países do Primeiro Mundo. Ali, por exemplo já faz parte do trabalho dos engenheiros e arquitetos orientar a construção das casas de acordo com a localização das fontes de radiação antes mesmo de se verificar a boa e incidência de luz na futura moradia. Junto com os proprietários eles buscam o melhor posicionamento da construção e a distribuição ideal dos cômodos.
Em regiões dos EUA, os cabos de força só podem ser instalados dentro de limites de segurança para que suas radiações eletromagnéticas não afetem a população. Na Suíça e no Canadá o governo determinou que todas as antenas transmissoras ficassem juntas, possibilitando à população morar e trabalhar longe delas.
PESQUISAS ADVERTEM - No Brasil, porém, não há nenhuma preocupação oficial com os efeitos dessas radiações. Nossas autoridades não dedicam atenção a esse tipo de problema relacionado à saúde pública. Desse modo, em geral se ignora o assunto, enquanto os mais informados infelizmente o negligenciam; ou encontram  grande dificuldade em se fazer ouvir: ainda não há consciência social nesse sentido. Muitas pessoas expostas a tais radiações adoecem e não serão definitivamente curadas enquanto não se afastarem da origem do problema. Existem hoje numerosos trabalhos e investigações que advertem sobre tal perigo. 
Na Suécia, por exemplo, estudos realizados em Estocolmo mostram a relação entre o câncer infantil e a exposição aos campos magnéticos induzidos por uma rede elétrica nessa capital. Em estudo realizado em 250 moradias, os pesquisadores da Universidade do Colorado comprovaram que o índice de mortalidade provocada por certos tipos de câncer, como a leucemia, é significativamente alto entre pessoas que vivem num raio de 40 m dos cabos de alta tensão.
Linhão na Calha Norte
O linhão de Tucuruí passando pela região da Calha Norte foi uma das maiores obras já realizada na região, mas que inicialmente só atende as capitais Manaus e Macapá, os municípios por onde passam continuam usando energia de termoelétricas e deixou para traz à inexistência de um estudo dos impactos sociais e nocivos a saúde que podem ocorrer aos moradores por onde passa o linhão.
A reportagem do jornal Tribuna da Calha Norte esteve acompanhando alguns trechos do linhão desde o município de Almeirim até Óbidos, e constatou a falta de um estudo mais aprofundado e medidas preventivas dos riscos a saúde e a vida dos moradores rurais localizados por onde o linhão passa nos municípios da Calha Norte.
Segundo o Sr. José Silva, ex-morador da ilha do Juruparí, município de Almeirim, quando decidiram que iriam construir a maior torre do Brasil na ilha, que fica no meio do rio Amazonas, os moradores não foram consultados e muito menos alertados que podem contrair doenças pela proximidade que a rede está das suas casas, assim como um possível risco de acidente num rompimento de uma das linhas de transmissão, “simplesmente disseram que o linhão passaria no local e construíram”. Já na margem esquerda do rio Amazonas na comunidade de Velha Pobre, município de Almeirim, os cabos de alta tensão passam por cima do vilarejo e da escola.
No município de Óbidos, um trabalhador braçal que pediu para manter seu nome no anonimato e que sua casa está debaixo dos fios de alta tensão, disse que, “quando o pessoal da Isolux (empresa que estava construindo as torres de transmissão) chegaram aqui em casa, apenas disseram que iriam construir uma torre no meu terreiro, nem perguntaram se podia, eu, diante de mais de 15 homens, apenas disse pra eles deixarem mais longe do poço pois estava a pouco mais de 10 metros”, afirmou o braçal, dizendo ainda que durante a tarde e a noite surge um barulho parecido com uma pipoqueira nas linhas de transmissão, “nos primeiros dias que ouvimos isso pensei que estava pegando fogo, fomos dormir na casa de minha mãe com medo da energia, agora já acostumamos mas nas noites de temporal fico orando para que nada de pior aconteça com minha família”, concluiu o morador. 
Em julho de 2013, durante uma entrevista exclusiva ao jornal Tribuna da Calha Norte, o Secretário Extraordinário de Estado para Assuntos de Energia do Pará, engenheiro Nicias Ribeiro, foi questionado sobre as linhas de transmissão estarem passando sobre as residências na zona rural da Calha Norte. Nicias garantiu naquele momento que foi respeitado um limite de distância que chegava a 300 metros, e que estaria pessoalmente visitando alguns pontos no município de Almeirim e, que se fosse constatado pediria ao Estado que fosse feita a remoção do vilarejo para um local mais afastado das linhas de transmissão. Mas o que se percebe é que Nicias não visitou todo o percurso por onde passa o Linhão de Tucuruí pela região da Calha Norte, pois em diversos pontos as linhas de transmissão estão paralelas ou por cima de residências, escolas e vilarejos inteiros.

EFEITOS DA PROXIMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
Dr. Martha, médico catedrático do Instituto de Higiene Industrial de Enfermidades Profissionais de Praga, comprovou a relação entre a exposição a energias negativas e as seguintes ocorrências:
1 - Diminuição da espermatogênse
2 - Alteração na proporção de nascimentos de meninos e meninas
3 - Alterações na menstruação
4 - Defeitos congênitos em recém-nascidos
5 - Diminuição da lactância
6 - Sintomas astênicos
7 - Problemas de tensão arterial e taquicardia
Geralmente as pessoas de início não percebem os efeitos de estarem próximas das redes de distribuição de energia em alta tensão, somente com o dia a dia apresentam sintomas como: mal-estar, insônia, cansaço, stress, irritabilidade, neurastenia, queda de cabelo, perda de memória, impotência. Com o decorrer do tempo e devido à exposição mais prolongada, surgem doenças graves como câncer e, entre suas formas, a leucemia.
Pessoas expostas a essas radiações terão dificuldade na recuperação não só de doenças graves como também das mais simples, pois não adianta tratá-las sem que se elimine ou se solucione sua causa.
Nas crianças, a influência das energias negativas provocada sobretudo pela proximidade dos cabos de alta tensão manifesta-se na dificuldade de assimilação e em comportamento fora do normal, como dislexia, insônia, agressividade; em doenças como disritmia e mongolismo. Há casos de bebês que morrem logo nos primeiros meses sem explicação aparente; em gestantes manifestam-se sérios distúrbios que afetam a formação e desenvolvimento do feto em virtude da alteração do DNA, além de hemorragias e mesmo aborto.
No Brasil as autoridades sabem dos efeitos nocivos ao ser humano que essa radiação das linhas de transmissão de alta tensão oferece, tento que as empresas de energia como Cesp, Eletropaulo e Furnas são com frequência acionadas judicialmente por esse motivo, e as causas são em quase sua totalidade ganhas pelos reclamantes, há locais inclusive que as linhas de transmissão de alta tensão tiveram que ser retiradas das torres de transmissão e passaram a ser subterrâneas. 


Fonte: TCNnews

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