A UFPA aderiu à greve nacional e também está sem aulas há 20 dias (Foto: Marcelo Lélis)
A greve dos
professores das universidades federais chega nesta terça-feira (5) ao
seu 20º dia longe de um acordo entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o governo
federal. A greve começou em 17 de maio, e atualmente professores de 49
instituições federais de ensino superior estão sem dar aulas. Estudantes
de 19 universidades também entraram em greve para pedir melhores
condições de ensino. Segundo a Andes, a greve afeta mais de 1 milhão de
estudantes.
Nesta terça-feira (6), os
professores programaram uma grande marcha na Esplanada dos Ministérios,
em Brasília, para reivindicar maior atenção do governo ao movimento. O
ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, disse que todos os acordos firmados em 2011 com os
professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo
e, nesse cenário, não vê justificativa para uma greve da categoria neste
momento.
A categoria pleiteia carreira única com
incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de
5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente
ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e
percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Os professores também reclamam da
política de expansão das universidades federais feitas pelo governo
através do programa Reuni. Segundo a Andes, a expansão foi feita às
pressas e provocou a queda das condições de trabalho, com salas lotadas,
excesso de disciplinas e de orientações na graduação e na
pós-graduação, ausência de laboratórios e estrutura para pesquisa e
extensão, e de uma política efetiva de assistência estudantil. (DOL, com
informações do G1)
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