O
presidente mundial do grupo espanhol Isolux Corsán, Antonio Portela, diz
ter confiança na "compreensão" do governo federal sobre os atrasos na
entrega do linhão de transmissão de energia sendo construído na região
amazônica. A data de entrega da primeira etapa, segundo o presidente, é o
dia 1º de março.
A linha de transmissão, com custos totais estimados em quase R$ 3
bilhões, foi levada a leilão pelo governo federal em 2008. A Isolux
conquistou dois lotes do megaprojeto sozinha, sem parceiros.
Inicialmente, estava previsto um prazo de 12 meses para a concessão das
licenças ambientais. No entanto, disse Portela, o processo demorou 32
meses (dois anos e oito meses).
"O governo certamente entende o caráter extraordinário do projeto",
afirmou o executivo espanhol, ressaltando o fato de a construção ser
realizada em meio à Floresta Amazônica. O projeto, diz, é o mais
desafiador e complexo que está sendo construído pela empresa no mundo.
Segundo Portela, o prazo para a conclusão, que não conta o processo
de licenciamento, era de 24 meses. A Isolux, defende, terminará os
trabalhos da primeira etapa, de Tucuruí a Oriximiná (ambas no Pará),
quatro meses antes do prazo máximo estipulado - em 20 meses. Com isso,
essa primeira etapa será concluída em 1º de março, garante Portela. Já o
segundo lote, de Macapá a Tucuruí, tem previsão de entrega para maio -
dois meses antes do tempo originalmente previsto para a construção, diz.
As linhas de transmissão ligarão a hidrelétrica de Tucuruí, no rio
Tocantins (PA), a Macapá (AP) e Manaus (AM). A linha custou ao todo
quase R$ 3 bilhões e obrigou a companhia a construir torres de até 300
metros de altura para que os fios passassem por cima das árvores. A
linha também precisou cruzar o rio Amazonas.
A linha de transmissão foi licitada pelo governo federal em 2008. A
Isolux venceu dois trechos, que renderão à empresa uma receita anual em
torno de R$ 90 milhões para cada lote. Um trecho da linha, que liga o
município Oriximiná a Manaus está sendo construído por consórcio
liderado por outro grupo espanhol, a Abengoa.
Com a linha Tucuruí-Macapá-Manaus, os sistemas do Amazonas e Amapá
serão conectados ao Sistema Interligado Nacional e deixarão de ser
abastecidas por sistemas isolados.
Fonte: http://www.udop.com.br/ e http://www.valor.com.br/
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