Na Folha de S. Paulo
A nova invasão que paralisa desde o início da semana as obras da
hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, reuniu pela primeira
vez grupos distintos: índios, pescadores, pilotos de barcos motorizados,
produtores de tijolos e ambientalistas.
A invasão é a quinta num período de quatro meses e paralisa um dos canteiros de obras desde a segunda-feira.
Segundo o Movimento Xingu Vivo, contrário à hidrelétrica em razão de
seus impactos socioambientais, já são cerca de 200 manifestantes no
local e esse número deve crescer. Os índios convocaram reforço de
familiares.
Cada grupo tem reivindicações específicas, mas a reclamação comum é o
fechamento momentâneo do rio para o avanço de parte da obra.
Justamente por isso, eles estão concentrados no ponto em que está
sendo construída a ensecadeira, barragem provisória para fechar o rio.
Eles reclamam que o mecanismo de transporte das embarcações, uma
espécie de esteira para que possam navegar com a redução da vazão do
rio, não foi concluído.
A paralisação da barragem ameaça o cronograma de Belo Monte, já que
ela deve ser concluída antes do período chuvoso, que começa em dezembro.
Caso não fique pronta, sua obra só pode ser retomada depois de seis
meses, na volta do período de seca.
A Norte Energia, responsável por Belo Monte, diz que a esteira
começará a funcionar em janeiro, quando a navegação estiver prejudicada
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