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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pará continua campeão em desmatamento pelo 4° mês

Pará continua campeão em desmatamento pelo 4° mês  (Foto: )











Pelo quarto mês consecutivo, o Pará é responsável pela maior parte da devastação da Amazônia. Somente nos quatro primeiros dias deste mês, teve 57,44 km² de seu território florestal desmatado, conforme revelou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A área devastada equivale a 5.800 campos de futebol. 
Os números revelam também que, de abril a julho de 2012, do total de 650,3 km² de cobertura vegetal devastada na Amazônia, 187,8 km² aconteceu em território paraense, ou seja, um terço do total de desmatamento da floresta se deu no Estado.
Este aumento nos índices de desmatamento se deve, também, à falta de fiscalização, uma vez que os agentes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão em greve há quase dois meses e, por causa disso, deixaram de ir a campo impedir a devastação da floresta no Estado. Para se ter ideia, no mês de junho, quando os ficais estavam trabalhando, o desmatamento foi de 37,95 km² de área florestal. No mês passado, o índice atingiu o recorde de 92,98 km².
O alerta sobre o desmatamento foi identificado por meio de um sistema que se utiliza imagens de satélites para identificar – em tempo real - a perda da cobertura vegetal no bioma Amazônia. O Inpe constatou que, em menos de um mês, a devastação da floresta cresceu 245%, dados que confrontam com as quedas sucessivas que vinham sendo registradas desde 2008.
Para a presidente da Associação dos Servidores do Ibama no Pará, Cecília Cordeiro, a oscilação entre os números revelam que o desmatamento funciona como uma bola de neve. “Se um vizinho desmata, ganha dinheiro, compra carro, coloca gado no pasto e nada acontece contra ele, outros vão deixar a floresta em pé para quê? Eles vão desmatar também”, disse, ao destacar a importância da presença do agente de fiscalização que atua no combate ao desmatamento.
A greve dos servidores do Ibama começou no dia 21 de junho e entre as principais reinvindicações estão a valorização da carreira deoespecialista de Meio Ambiente, melhores condições de trabalho, reestruturação da instituição, aumento dos investimentos em capacitação, logística e equipamentos. 
(Diário do Pará)

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