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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Cultura do grafismo indígena Wai-Wai é mapeada na Caravana Pro Paz



Agência Pará de Notícias
Cristino Martins/Ag. Pará
Neide Enuri Wai-Wai aprendeu a arte indígena de sua etnia com a mãe e com essa atividade já conseguiu garantir a dois filhos a formação superior
Cristino Martins/Ag. Pará
Josué Xuuta Wai-Wai pretende cursar uma faculdade de Letras, para trabalhar como intérprete da linguagem utilizada pelos Wai-Wai para o Português
Cristino Martins/Ag. Pará
Cláudio Assunção, artista plástico, explica que o trabalho realizado com os indígenas na Caravana será usado nas oficinas da Fundação Curro Velho.
Neide Enuri Wai-Wai, 37 anos, trabalha com a confecção de peças artesanais que reproduzem a cultura indígena Wai-Wai, e com essa atividade provêm o sustento de sua família. Josué Wai Wai, 23 anos, também é artesão e custeou toda a sua formação educacional a partir da comercialização das peças que retratam o grafismo da cultura Wai-Wai. Os dois são moradores de Oriximiná, na região do Baixo Amazonas, e participaram das atividades ofertadas pela Caravana Pro Paz Cidadania Presença Viva neste domingo, último dia de ação no município.
A Fundação Curro Velho reuniu os dois artesãos para um trabalho de aperfeiçoamento das técnicas de grafismo Wai-Wai, que serão utilizadas nas oficinas ministradas a crianças e adolescentes na sede da instituição, em Belém. Neide e Josué também foram cadastrados no banco de dados do Instituto de Artes do Pará (IAP), que vem fazendo um levantamento da produção artística em todas as suas vertentes no Estado. Os Wai-Wai vivem na área indígena Nhamundá-Mapuera, situada na fronteira do Pará com o Amazonas. A população tradicional soma aproximadamente 1.250 indivíduos.
Neide Wai-Wai deixou a Aldeia Takará, no Baixo Amazonas, em busca de melhores condições de educação para os três filhos. Ela desenvolveu a técnica do grafismo Wai-Wai observando o trabalho feito pela mãe. “Na aldeia, ainda crianças nós aprendemos a fazer artesanato, enquanto os homens fazem cestos e bancos”, explica. Quando mudou para a cidade de Oriximiná com sua família ela começou a utilizar as técnicas aprendidas na aldeia para a produção e comercialização de peças artesanais, como forma de garantir o sustento dos quatro filhos.
Foi com essa atividade que ela conseguiu educar os quatro filhos, inclusive o mais velho, que cursa Medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA), e da segunda filha, que faz Enfermagem na Universidade Estadual do Pará (UEPA). Nenhum dos quatro filhos de Neide se interessou em aprender o ofício para dar continuidade ao trabalho feito pela mãe. A tradição corre o risco de se perder já na próxima geração da família.
Josué Wai Wai concluiu o Ensino Médio e pretende cursar uma faculdade de Letras, para trabalhar como intérprete do idioma Wai-Wai para o Português. Ele também adquiriu a técnica do grafismo por intermédio do para filho e faz disso seu modo de vida mesmo não morando mais na aldeia Mapuera Grande, onde vai frequentemente para conseguir as sementes com as quais confecciona suas peças. Ele tem mulher e uma filha pequena, e sustenta aambas com a renda oriunda da comercialização de suas peças.
O artista plástico Cláudio Assunção, da Fundação Curro Velho, explica que o trabalho realizado com os indígenas durante a Caravana Pro Paz Cidadania Presença Viva vai servir para o registro da técnica de composição do grafismo que pode ser utilizado nas oficinas da Fundação. Os traços e as cores também podem ser transpostas para outras técnicas e utilizadas em produtos como camisas, agendas, biojóias e artigos de decoração feitos a partir de material reciclado. “Esta pode ser mais uma fonte de renda e garantia de transmissão da técnica da cultura indígena local”, explica.


Texto:
Marcio Flexa - Secom
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Email: marcioflexa@agenciapara.com.br

Secretaria de Estado de Comunicação
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Um comentário:

  1. nós os povos indígenas da etnia wai wai, agradecemos muito a divulgação de caravana pro paz, pois bem gente muitos anos atras, os nossos antepassados repassaram esses confecções de artesanatos e ate hoje nós produzimos ainda esses artesanatos pra vender qual quer região isso gera a nossa renda para nós se sustentar como na cidade, principalmente pra comprar alimentação e em fim. Eu, também fui criado através de artesanatos, na época que o meu pai trabalhava como artesão, naqueles tempos os materiais artesanatos do povo wai wai, era muito rico.O artesanato da gente desde ano de 2002 desvalorizou muito, por que a gente usava as penas como brinco, palitos de cabelos, braçadeira, cocar,etc. O IBAMA desses anos proibiu a venda com a pena de arara, por que era norma da lei, nós os indivíduos wai wai de aldeia mapuera, obedecemos a lei, mas tem princípios para nós como os povos indígenas, respectivamente que vivi nas florestas, no meio das biodiversidade infelizmente nós temos direito pra matar os aves e animais silvestres, por que nós precisamos pra se alimentar,isso é vida do índio que vive nas florestas no território dele.por exemplo se os povos indígenas proibirem pros não indígenas pra não matar a vaca e galinhas se for assim de quer que eles vão sobreviver durante essa totalidade, com certeza não há condições pra viver bem estar claro, também os povos indígenas vão sofrer muito de qualquer forma, isso que não entendo muito bem, nós indígenas apenas queremos mostrar as nossas culturas principalmente da etnia wai wai, que desde nação que o povo surgiu utilizando as penas de aves pra serem reconhecidos como povos indígenas da etnia wai wai, eu, na verdade eu pretendo cursar direito para que eu posso resgatar de volta de maneira possível, tenho soluções pra serem tomados a respeito de disso e, pretendo fazer os projetos se eu conseguir e me ingressar na faculdade e me formar em direito e depois só em articulações e sempre lutando defendendo o meu povo wai wai carente e promover as nossas revindicações plenamente. COMENTARIO DE: VALNEI WAI WAI DE ALDEIA MAPUERA

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