Com 76% das obras do Trecho C (Oriximiná-Manaus) concluídas, Manaus fica a um passo de receber a maior linha de transmissão
de energia elétrica já construída no Norte do país, em se tratando de
questões de logística. O chamado “Linhão” de Tucuruí, que vai conectar o
Amazonas ao Sistema Interligado Nacional (SIN), fazendo com que o
estado deixe de operar em sistema isolado do resto do Brasil, deve ficar
pronto até o primeiro semestre do ano que vem. O Trecho C tem cerca de
580 quilômetros do total de 1.800 quilômetros de extensão do “Linhão”.
No dia 17 de julho, a diretoria da Eletrobras Amazonas Energia
recebeu uma comitiva da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas,
que foi acompanhar as obras de adequação da rede de energia elétrica
para receber a energia transportada pelo “Linhão”.
A comitiva pôde ver os trabalhos no canteiro de obras da subestação
Cachoeira Grande e, em seguida, juntamente com a diretoria do consórcio
Manaus Transmissora de Energia (formado pelas empresas Eletrobras Chesf e
Eletrobras Eletronorte e pela espanhola Abengoa), visitou as obras da
subestação Lechuga. A comitiva de executivos, acompanhada do presidente
da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos,
Minas, Gás e Energia da Assembleia, Sinésio Campos, também realizou um
sobrevoo pelas estruturas das torres de transmissão nas proximidades de
Manaus.
De acordo com o diretor técnico do consórcio Manaus Transmissora de
Energia, Paulo Sérgio de Oliveira, o empreendimento, que conta com um
total de 1.038 torres e duas subestações, já se encontra com um avanço
físico de 76% executados na linha de transmissão e de 83% executados nas
subestações. “Com esse resultado, não mediremos esforços para que, até
outubro ou novembro deste ano, o trecho Oriximiná-Manaus seja
concluído”, declarou. Para Oliveira, o único obstáculo são as chuvas,
que já causaram atrasos, principalmente na região da Estrada da Várzea,
no município de Itapiranga, e na região do Parque Nhamundá, em Nhamundá,
locais de difícil acesso.
Segundo o presidente da Eletrobras Amazonas Energia, Marcos Aurélio
Madureira da Silva, a chegada do “Linhão” significa mais economia,
sustentabilidade e desenvolvimento para o estado. “Com a construção da
linha de 500 kV, houve a necessidade da adequação do sistema elétrico de
Manaus para receber o ‘Linhão’. Por isso, a Eletrobras Amazonas Energia
está construindo mais subestações que permitirão essa adaptação ao novo
sistema, o que garantirá melhor qualidade no fornecimento de energia
elétrica para a região. Além disso, a empresa vai desativar as usinas
termelétricas menos eficientes, que hoje operam com óleo combustível. É
um grande avanço em termos ambientais para o Amazonas”, ressaltou.
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Tags: AE Negócios, Transmissão
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