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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Vacinação contra gripe é prorrogada


Vacinação contra gripe é prorrogada (Foto: Reprodução / Diário do Pará)
(Foto: Reprodução / Diário do Pará)
Longe de alcançar a meta estipulada, o Ministério da Saúde prorrogou em mais uma semana a 14ª Campanha de Vacinação contra Gripe, que segue agora até o dia 1º de junho. O prazo deveria encerrar hoje, mas significaria que apenas metade do público alvo (crianças, trabalhadores da saúde, povos indígenas gestantes e idosos) estaria protegida da doença. O objetivo, portanto, ainda, é de que 80% deste grupo prioritário, correspondente a 24,1 milhões de pessoas, seja vacinado.
“Prorrogamos o prazo para que todas as pessoas que não tiveram tempo de ir aos postos de saúde possam se vacinar contra a gripe e estejam protegidas no inverno, período de maior circulação do vírus. A vacina é a melhor maneira de evitar a doença”, afirmou em anúncio oficial o ministro da saúde, Alexandre Padilha.
No Pará, a média de participantes da campanha é praticamente a mesma nacional. Até ontem, 51% de todos os previstos já estavam vacinados. Segundo Jaíra Ataíde, coordenadora estadual de imunização, o Pará sempre conseguiu atingir as metas nacionais, e o baixo índice registrado até o momento, pode ser explicado por alguns fatores. “Primeiro, acho que neste ano não houve mídia nacional suficiente para envolver a população. A propaganda reduzida significou menos procura das pessoas. Além disso, a alimentação de dados é feita pela esfera municipal. Na região Norte, sabemos que muitos municípios não têm bom acesso à internet nem condições de incluir todos os dias novos números”, afirma. No total, existem 1635 salas de vacinas disponíveis no Estado.
Com o controle da pandemia de Gripe A, ocorrida em 2009, muitas pessoas podem ter a ideia de que o vírus não circula mais no país, mas esse é um equívoco, afirma Jaíra. Somente em 2012, foram registrados no Pará 120 casos de síndrome respiratória, dos quais 8 foram confirmados como Gripe A. Dos infectados, 5 eram gestantes, tendo uma delas chegado ao óbito, inclusive.
PROTEÇÃO
“A vacina protege não apenas quem toma, mas também os que estão por perto, porque elimina um transmissor da doença. Além disso, ela deixa os imunizados mais resistentes a vários outros quadros virais, como a gripe comum”, complementa Jaíra.
Por isso, Fátima Mota não perde, há 5 anos, nenhuma das campanhas do gênero. “Acho que até demorei a vir, porque geralmente vou logo no início. Quem deixa de tomar é porque não tem cuidado consigo próprio. Não dá pra culpar falta de divulgação. É questão de descaso mesmo”, diz.
Também na unidade de saúde do bairro da Pedreira, Camila Miranda, mãe da pequena Camile, de 1 ano e seis meses, tinha o mesmo pensamento. “Algumas pessoas não têm consciência da importância da vacina. É um momento rápido que previne muitas doenças e dá saúde às crianças. Para mim é uma obrigação”, afirmou.
A escolha dos grupos prioritários foi recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), respaldada em estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. Ao vacinar os grupos prioritários, quebra-se a cadeia de transmissão para a população em geral.
(Diário do Pará)

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