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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Força-tarefa fará o CAR de produtores rurais do município de Monte Alegre

Em outubro, uma força-tarefa comandada pelo escritório regional da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) no Médio Amazonas, reunindo diversas entidades públicas, iniciará o cadastramento ambiental de pelo menos duas mil propriedades da agricultura familiar de Monte Alegre. A iniciativa tem parceria da Prefeitura, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) e Escola de Educação Tecnológica do Estado do Pará (Etepa).
Ao longo dos próximos meses, três equipes com extensionistas da Emater e alunos da Etepa, que atuarão como estagiários bolsistas, visitarão produtores de feijão, mandioca, milho, limão e gado, entre outras atividades, coletando dados sobre a situação socioeconômica e produtiva, bem como geo-referenciando as propriedades. O trabalho resultará na emissão de Cadastros Ambientais Rurais (CARs). “O CAR hoje não é só um instrumento de regularização ambiental, mas também uma exigência dos bancos para aprovarem crédito rural”, aponta o veterinário Alain Xavier, supervisor regional da Emater.
De acordo com Xavier, Monte Alegre chegou a ser noticiado, em 2010, como “o município mais desmatador do Brasil”: “Mas essa informação vinha de um erro de análise estatística: estavam considerando uma soma histórica, não a realidade do momento. Como a colonização aqui é bem antiga, as propriedades foram se desenvolvendo sob métodos de produção que naquela época migratória eram incentivados pelo governo, como o nomadismo e queima de áreas. Isso provocou graves desmatamentos. Entretanto, hoje os agricultores são conscientes, têm acesso a outras tecnologias de cultivo e tomam a iniciativa de se regularizar”, explica.
Ainda em 2010, a repercussão da imprensa nacional em torno do suposto recorde negativo de Monte Alegre motivou a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) do município com o Ministério Público Federal (MPF) e a inclusão local no programa do governo estadual Municípios Verdes. Ambas as diretrizes, por ora vigentes, recomendam metas de cadastramento ambiental em torno de 80%, até o ano que vem. “Se contarmos os CARs que a Emater já vem fazendo regularmente [350 estão concluídos e há requerimento para outros 1.500], aqueles elaborados por meios particulares para produtores de maior capacidade financeira e mais o resultado da força-tarefa, vamos conseguir cumprir os prazos”, diz Xavier. Fonte - Aline Miranda

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