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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Nível dos rios no Baixo Amazonas começa a diminuir

A cheia das bacias hidrográficas do rio Tapajós e Amazonas, que afetou a vida de mais de 23 mil famílias na mesorregião do Baixo Amazonas, no Pará, começa a diminuir. Os níveis dos rios que atingiram máxima de 8.04 metros já desceram até 7.84 metros, no entanto os trabalhos da Coordenadoria da Defesa Civil Estadual (Cedec/PA) continuam na região, com o monitoramento hidroclimático ininterrupto e de ações integradas entre diversos órgãos estaduais, municipais e da União.


Todos os 10 municípios que declararam estado de emergência (Alenquer, Óbidos, Porto de Moz, Monte Alegre, Prainha, Almeirim, Santarém, Terra Santa, Curuá e Oriximiná) estão recebendo auxílio do estado. No entanto os processos de reconhecimento de Curuá e Oriximiná ainda estão em análise no Ministério da Integração Regional. “O reconhecimento da situação de emergência feita pelo Ministério da Integração regional é fundamental, no entanto o estado presta auxílio a todas as famílias afetadas, em todos os municípios. Desde janeiro de 2012 planejamos as ações para a região”, explica o Coronel José Augusto Almeida, coordenador adjunto da Defesa Civil Estadual.
O trabalho da defesa Civil é dividido em quatro etapas: prevenção; preparação; resposta (ações de socorro e assistências – fase atual) e reconstrução das áreas afetadas. O governo do estado do Pará disponibilizou de imediato R$ 1,5 milhão para auxílio às vítimas das cheias, que estão sendo utilizados desde o começo do ano. “Os recursos vêm sendo utilizados desde a primeira etapa, toda a ação da Defesa Civil foi planejada com antecedência. Ainda aguardamos um aporte de quase R$ 3 milhões que será liberado pelo Ministério da Integração Nacional. Este recurso deverá ser utilizado na última etapa, a de reconstrução, que é de responsabilidade das prefeituras locais e da União, com a participação da Defesa civil e dos órgãos do Estado envolvidos nesta ação”, diz o Coronel José Augusto Almeida.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) é um dos órgãos estaduais presentes nas ações de auxílio às comunidades afetadas. Técnicos da secretaria estão no Baixo Amazonas fazendo análise da qualidade da água e levantamento do risco do aparecimento de doenças relativas à baixa dos rios.
O trabalho de prevenção é necessário para desenvolver as políticas de contenção de doenças como hepatite, leptospirose e coqueluche, que costumam aparecer nesta situação. Segundo o coronel José Augusto Almeida, as ações devem continuar até o final de junho. Até agora já foram entregues mais de cinco mil cestas básicas, 343 metros cúbicos de madeira (até o final dos trabalhos mais de 1 mil metros cúbicos deverão ser entregues) e remédios para a população afetada. A previsão é continuar a distribuição de materias e medicamentos.
Agência Pará de Notícias, em 29/05/2012

Nota: Cabe aguardar a confirmação de previsão feita pelo superintendente do Serviço Geológico do Brasil, Marco Oliveira, no dia 15 deste mês, de que a cheia de 2009 seria superada pela de 2012, como de fato foi, mas que, pelo menos no caso rio Negro, pelo fato da cheia ter iniciado com 16 dias de antecipação, a vazante também deverá ser antecipada e rápida, o que não resultará em uma seca histórica.

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