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quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sítios arqueológico do Parque Monte Alegre vão receber estrutura de museu


Um projeto do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Instituto do Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), vai musealizar dois sítios arqueológicos do Parque Estadual de Monte Alegre (Pema). Os locais escolhidos para a musealização são a Serra da Lua e a Pedra do Mirante, mas todo o Parque e seu entorno estão sendo estruturados para receber os visitantes.
A musealização é o ato de se preservar um artefato para mostrar sua História e assim valorizá-la como parte da cultura regional. Assim, o objetivo é proteger as pinturas rupestres da região, encontradas nos dois dos 15 sítios arqueológicos existentes no Parque, que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, criado através da Lei Estadual n° 6.412 de 2001. 
No local também serão construídos um pórtico de entrada, estacionamento para visitantes, centro de visitação e plataforma de contemplação da Serra da Lua. O projeto ainda prevê a inclusão da educação patrimonial e a publicação de dois livros de apresentação de valorização das pinturas, sendo um adulto e um infantil, que serão distribuídos nas escolas da região.
O projeto está previsto para ser concluído no prazo de dois anos. Atualmente está em fase de licitação para a contratação de empresa responsável pela execução da obra. Nos próximos dias 29 e 30 de junho, as empresas inscritas para concorrerem ao processo realizarão uma visita técnica ao Parque, com o objetivo de conhecer o local e redigir suas propostas. O Parque também será todo sinalizado e preparado para receber os turistas em outros pontos turísticos, através do projeto de gestão de visualização turística. A estimativa orçamentária para todo este empreendimento é de três milhões de reais.
A gestão do Parque vem preparando as comunidades do entorno para que elas estejam aptas a receber os visitantes. Diversos trabalhos em parceria com instituições governamentais e não-governamentais estão sendo realizados com intuito de fomentar o turismo na região. Segundo Patrícia Messias, gerente da Unidade de Conservação, a administração tem buscado executar o Plano de Manejo de forma sistemática e integrada. “O principal parceiro da gestão são os entes governamentais e, principalmente, da sociedade civil que compõem o seu conselho gestor. As ações que vêm sendo desenvolvidas buscam a valorização das comunidades, fortalecimento da gestão com a participação efetiva e a melhoria da qualidade de vida dos moradores do seu entorno”, explica.
A gestão da Unidade está apoiando a criação da associação de condutores da região, o Instituto Peabiru, que idealizou e realizou com apoio da gestão do Parque o Tour de Familiarização (Famtour), que levou várias agências de turismo para conhecer os atrativos do Parque e interagir com a comunidade. Também foi realizada uma oficina de marketing, para ajudar os comunitários na comercialização dos produtos, além da roteirização, ou seja, a escolha do roteiro turístico do Parque.
Segundo Patrícia, além de capacitar os comunitários para serem condutores turísticos, as atividades visam ao estabelecimento de alternativas econômicas complementares às comunidades, como o ecoturismo de base comunitária, oficinas de capacitação sobre negócios comunitários (empreendedorismo/ cooperativismo), sobre noções de comercialização, comunicação e marketing turístico. “As oficinas têm sido realizadas com os moradores no intuito de capacitá-los para que possam trabalhar com a atividade turística e assim ter mais uma alternativa de renda”, explica Patrícia. Os cursos também incluem artesanato e culinária, com o intuito de que as comunidades tenham produtos para oferecer para os turistas, beneficiando as populações do entorno do Parque.

Fonte: TCNnews, Renata Dias

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