No Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), MRN comemora avanços em sua gestão ambiental.No
oeste do Pará, em meio à Floresta Nacional Saracá-Taquera, uma das
reservas biológicas brasileiras, a Mineração Rio do Norte (MRN) busca
fazer diferença como uma organização ambientalmente sustentável. Há 32
anos atuando na Amazônia, a empresa conta hoje com um leque variado de
ações ambientais que garantem a ela, inclusive, uma certificação da
série ISO 14000 – um reconhecimento internacional ao sistema de gestão
ambiental desenvolvido em Porto Trombetas, município de Oriximiná.O
olhar mais apurado da empresa para com o meio ambiente começou ainda na
década de 70, com a busca de tecnologias para o reflorestamento de
áreas mineradas, o que, anos depois a tornou referência no setor.
Continuou evoluindo e, na década seguinte, com a adoção de alternativas
ambientalmente mais viáveis, mudou seu sistema de disposição dos
rejeitos de bauxita, que antes era despejado no lago Batata, para
tanques construídos em áreas mineradas, que hoje são reflorestados por
meio de hidrossemeadura (técnica de plantio bastante eficiente).
O
lago Batata está em franca recuperação e a MRN acumulou experiência o
bastante para constituir o que hoje é uma cadeia de ações ambientais
crescente, cujos impactos positivos de uma ação são sempre pensados como
os resultados que podem gerar em cadeia. Nesse sistema, o
microorganismo de um rio, as abelhas ou macacos que habitam a floresta
podem dizer muito sobre como o homem tem interagido com o ecossistema e,
bem mais que isso, o que é preciso fazer agora para garantir a
sobrevivência da floresta para as gerações futuras.
Mudança que começa na floresta
As atividades da MRN com o meio ambiente começaram pela essência da floresta – as árvores e também o solo.
A
empresa pratica o reflorestamento desde 1979, um ciclo de trabalho que
já reabilitou, de 1979 a 2011, cerca de 4.460 hectares de áreas
mineradas, onde foram plantadas 8,8 milhões de mudas de 450 espécies
arbóreas nativas. “Todas as espécies que plantamos são daqui da região,
não plantamos nenhuma espécie exótica”, reforça Ricardo Serafim,
engenheiro agrônomo do departamento de Controle Ambiental da MRN. As
mudas utilizadas no reflorestamento são produzidas no viveiro da própria
empresa, que tem capacidade de produção de 550 mil mudas. As sementes
são compradas das comunidades ribeirinhas que habitam o entorno da
organização.
Mas, o reflorestamento foi só o passo inicial. O interessante desse processo é que nada é feito de forma isolada.
Além
de recompor a floresta, a mineradora desenvolve programas que a
auxiliam no monitoramento completo e complexo da cadeia ambiental. Em
sua gestão ambiental, a MRN realiza o monitoramento físico-quimico e
biológico das águas de rios e igarapés; da qualidade do ar; do nível de
ruído; dá destino adequado aos resíduos produzidos pela empresa;
recicla; faz do lixo úmido adubo para jardins; monitora e resgata a
fauna, abelhas e a flora da reserva biológica antes de minerar; e ainda
montou um banco de gesmoplasma de castanheiras.
A
maioria das atividades são desenvolvidas com apoio de centros de
pesquisa de grandes universidades brasileiras - uma interação entre
iniciativa privada e ciência que torna possível usar o que há de mais
novo em pesquisas ambientais para o desenvolvimento de uma gestão
sustentável.
Um
bom exemplo do monitoramento de fauna é o trabalho feito com primatas
nas áreas sujeitas à mineração de bauxita. A iniciativa tem alcançado
importantes resultados, além de gerar conhecimento científico sobre a
biodiversidade local. O Brasil apresenta a maior riqueza de primatas em
todo o mundo. São 128 espécies catalogadas, das quais 82 são de primatas
amazônicos. “O Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade e
temos responsabilidade com isso”, diz o pesquisador e coordenador do
projeto, Fabiano Melo, da Universidade de Goiás (UFG). Fabiano coordena a
pesquisa realizada com as espécies Sauim e o Cuxiú na Floresta Nacional
Saracá-Taquera. “Não são espécies ameaçadas de extinção, mas o Sauim é
raro e é parente do Saium de duas cores, que existe na região de Manaus,
e que está em perigo de extinção”, completa o pesquisador. As espécies
monitoradas pela MRN e UFG mereceram destaque porque sinalizam o estado
de conservação da floresta, uma vez que a Sacará-Taquera é classificada
como área de alta importância para a conservação de mamíferos devido à
diversidade de primatas, dentre outros fatores. O
monitoramento de macacos na área de atuação da MRN conta com biólogos e
veterinários dedicados à primatologia que coletam e avaliam informações
sobre as espécies. O objetivo deles é compreender como elas reagem às
interferências de atividades humanas em seus ambientes, como explica a
gerente do departamento de Controle Ambiental da empresa, Milena
Moreira. “Queremos compreender suas dietas, áreas de vida,
comportamentos sociais e reprodutivos, e completar as necessidades
técnicas sobre o monitoramento da influência da mineração de bauxita
sobre o meio ambiente”, diz. Utilizando métodos de censo e habituação,
os pesquisadores encontram os grupos de primatas e os seguem pela
floresta com a intenção de coletar e avaliar diversos dados sobre a
espécie.
Em
médio e longo prazos, o monitoramento pode apontar riscos potenciais às
populações e comunidades de primatas, definindo medidas preventivas que
anulem ou minimizem os efeitos negativos das atividades do homem sobre a
dinâmica natural dos animais.
Além
de coletar informações sobre os animais, os pesquisadores também estão
montando um banco de informações com imagens fotográficas, textos e
publicações científicas que vão auxiliar na divulgação dos resultados e
na conscientização e educação ambiental das comunidades locais.
Fonte/Foto: Érica Bernardo - Assessoria de Comunicação – MRN/Viviane Sodré
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