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quarta-feira, 6 de junho de 2012

GESTÃO AMBIENTAL EM CADEIA

No Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), MRN comemora avanços em sua gestão ambiental.No oeste do Pará, em meio à Floresta Nacional Saracá-Taquera, uma das reservas biológicas brasileiras, a Mineração Rio do Norte (MRN) busca fazer diferença como uma organização ambientalmente sustentável. Há 32 anos atuando na Amazônia, a empresa conta hoje com um leque variado de ações ambientais que garantem a ela, inclusive, uma certificação da série ISO 14000 – um reconhecimento internacional ao sistema de gestão ambiental desenvolvido em Porto Trombetas, município de Oriximiná.O olhar mais apurado da empresa para com o meio ambiente começou ainda na década de 70, com a busca de tecnologias para o reflorestamento de áreas mineradas, o que, anos depois a tornou referência no setor. Continuou evoluindo e, na década seguinte, com a adoção de alternativas ambientalmente mais viáveis, mudou seu sistema de disposição dos rejeitos de bauxita, que antes era despejado no lago Batata, para tanques construídos em áreas mineradas, que hoje são reflorestados por meio de hidrossemeadura (técnica de plantio bastante eficiente).
O lago Batata está em franca recuperação e a MRN acumulou experiência o bastante para constituir o que hoje é uma cadeia de ações ambientais crescente, cujos impactos positivos de uma ação são sempre pensados como os resultados que podem gerar em cadeia. Nesse sistema, o microorganismo de um rio, as abelhas ou macacos que habitam a floresta podem dizer muito sobre como o homem tem interagido com o ecossistema e, bem mais que isso, o que é preciso fazer agora para garantir a sobrevivência da floresta para as gerações futuras.
Mudança que começa na floresta
As atividades da MRN com o meio ambiente começaram pela essência da floresta – as árvores e também o solo. 
A empresa pratica o reflorestamento desde 1979, um ciclo de trabalho que já reabilitou, de 1979 a 2011, cerca de 4.460 hectares de áreas mineradas, onde foram plantadas 8,8 milhões de mudas de 450 espécies arbóreas nativas. “Todas as espécies que plantamos são daqui da região, não plantamos nenhuma espécie exótica”, reforça Ricardo Serafim, engenheiro agrônomo do departamento de Controle Ambiental da MRN. As mudas utilizadas no reflorestamento são produzidas no viveiro da própria empresa, que tem capacidade de produção de 550 mil mudas. As sementes são compradas das comunidades ribeirinhas que habitam o entorno da organização.
Mas, o reflorestamento foi só o passo inicial. O interessante desse processo é que nada é feito de forma isolada.
Além de recompor a floresta, a mineradora desenvolve programas que a auxiliam no monitoramento completo e complexo da cadeia ambiental.  Em sua gestão ambiental, a MRN realiza o monitoramento físico-quimico e biológico das águas de rios e igarapés; da qualidade do ar; do nível de ruído; dá destino adequado aos resíduos produzidos pela empresa; recicla; faz do lixo úmido adubo para jardins; monitora e resgata a fauna, abelhas e a flora da reserva biológica antes de minerar; e ainda montou um banco de gesmoplasma de castanheiras.
A maioria das atividades são desenvolvidas com apoio de centros de pesquisa de grandes universidades brasileiras - uma interação entre iniciativa privada e ciência que torna possível usar o que há de mais novo em pesquisas ambientais para o desenvolvimento de uma gestão sustentável.
Um bom exemplo do monitoramento de fauna é o trabalho feito com primatas nas áreas sujeitas à mineração de bauxita. A iniciativa tem alcançado importantes resultados, além de gerar conhecimento científico sobre a biodiversidade local. O Brasil apresenta a maior riqueza de primatas em todo o mundo. São 128 espécies catalogadas, das quais 82 são de primatas amazônicos. “O Brasil é o país mais rico do mundo em biodiversidade e temos responsabilidade com isso”, diz o pesquisador e coordenador do projeto, Fabiano Melo, da Universidade de Goiás (UFG). Fabiano coordena a pesquisa realizada com as espécies Sauim e o Cuxiú na Floresta Nacional Saracá-Taquera. “Não são espécies ameaçadas de extinção, mas o Sauim é raro e é parente do Saium de duas cores, que existe na região de Manaus, e que está em perigo de extinção”, completa o pesquisador. As espécies monitoradas pela MRN e UFG mereceram destaque porque sinalizam o estado de conservação da floresta, uma vez que a Sacará-Taquera é classificada como área de alta importância para a conservação de mamíferos devido à diversidade de primatas, dentre outros fatores.  O monitoramento de macacos na área de atuação da MRN conta com biólogos e veterinários dedicados à primatologia que coletam e avaliam informações sobre as espécies. O objetivo deles é compreender como elas reagem às interferências de atividades humanas em seus ambientes, como explica a gerente do departamento de Controle Ambiental da empresa, Milena Moreira. “Queremos compreender suas dietas, áreas de vida, comportamentos sociais e reprodutivos, e completar as necessidades técnicas sobre o monitoramento da influência da mineração de bauxita sobre o meio ambiente”, diz. Utilizando métodos de censo e habituação, os pesquisadores encontram os grupos de primatas e os seguem pela floresta com a intenção de coletar e avaliar diversos dados sobre a espécie.
Em médio e longo prazos, o monitoramento pode apontar riscos potenciais às populações e comunidades de primatas, definindo medidas preventivas que anulem ou minimizem os efeitos negativos das atividades do homem sobre a dinâmica natural dos animais.
Além de coletar informações sobre os animais, os pesquisadores também estão montando um banco de informações com imagens fotográficas, textos e publicações científicas que vão auxiliar na divulgação dos resultados e na conscientização e educação ambiental das comunidades locais. 
Fonte/Foto: Érica Bernardo - Assessoria de Comunicação – MRN/Viviane Sodré

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