Pará
Celpa é notificada pelo MPT
Quinta-Feira, 03/05/2012, 21:36:22 - Atualizado em 03/05/2012, 21:36:22
Conforme determinação do Ministério Público do Trabalho, expedida no
final do mês de abril, fica estabelecido que a Celpa - Centrais
Elétricas do Pará S. A. e seu administrador judicial, devem cumprir os
contratos de terceirização e fiscalização dos pagamentos aos empregados
de empresas terceirizadas. Fica determinadoa também a proibição da
precarização dos serviços prestados à população.
Segundo as cláusulas da recomendação, os contratos de
terceirização/prestação de serviços devem ser honrados nas datas
acordadas, sem atrasos ou parcelamentos que impliquem em ônus à
manutenção do pacto e risco de ruptura do instrumento contratual, sendo
vedada a paralisação dos serviços à população, assim como a falta de
pagamento de mão de obra; além disso, a Celpa deverá fiscalizar o
pagamento dos trabalhadores das empresas terceirizadas e, sob nenhuma
hipótese, poderá acontecer a precarização dos serviços prestados.
Atualmente, a Celpa e suas terceirizadas totalizam cerca de 10.000
funcionários, onde apenas 2.176 são funcionários próprios, sendo o
restante de mão de obra terceirizada.
Com estes números o percentual de terceirizados é de quase 80% dos trabalhadores.
Após o recebimento da recomendação, a Centrais Elétricas do Pará deverá adequar-se, estando sujeita às penalidades legais.
O Ministério Público do Trabalho no documento endereçado à
concessionária de energia, argumenta que de acordo com a lei de
recuperação 11.101/05, os contratos de prestação de serviços vigentes
estão excluídos da recuperação judicial.
O MPT vem atuando desde o início do ano como mediador entre a Celpa e
suas prestadoras, visando chegar a um consenso na questão, sem que uma
grande quantidade de trabalhadores saia prejudicada.
A Rede Celpa, em recuperação judicial anunciada desde o final de
fevereiro deste ano vem enfrentando inúmeros problemas para cumprir com
as obrigações salariais de seus funcionários e para garantir o repasse
do valor de contratos às empresas terceirizadas.(DOL com informações da Ascom do Ministério Público do Trabalho)
04/05/2012
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