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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Oriximiná

Com as cheias dos rios Tapajós e Amazonas, pelo menos quatro municípios da região oeste do Pará já decretaram situação de emergência. Os prefeitos de Alenquer, Monte Alegre, Óbidos e Porto de Moz já expediram decretos nesse sentido. Em Santarém, o nível da água continua subindo e já alcançou na terça-feira (170 1.74, dois centímetros acima da marca registrada na mesma data em 2009, durante a maior enchente dos últimos 20 anos. Com medo de serem surpreendidos pela enchente, alguns comerciantes do centro de Santarém começaram a construir barreiras nas entradas das lojas
Em Oriximiná, o nível do rio Trombetas está subindo de forma muito rápida e já invade a parte mais baixa da frente da cidade, no cruzamento da rua 24 de Dezembro com a travessa Carlos Maria Teixeira. Segundo o secretário de Infraestrutura, Alfeu Carpegianni, já existe material para ser utilizado na construção de pontes no centro comercial.
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Para Ivo Matos, chefe da Defesa Civil, a enchente deste ano deu uma trégua, mas retornou agressiva na semana passada, onde o nível da água se elevou em sete centímetros. “Ela (água) subiu um centímetro por dia, é demais, até porque ainda temos dois meses de inverno”.
Outra preocupação é com a zona ribeirinha, que também já está quase toda tomada pela água. Na comunidade de Aparecida, no rio Cachoeira, a locomoção dos moradores de uma casa para outra já está sendo feita somente através de marombas construídas por eles. “A água ainda vai subir bastante”, disse Solange Gomes, moradora da comunidade.
(Diário do Pará, quarta-feira, 18/04/2012, 03h05)
Em menos de quadro anos o grande Rio Amazonas volta a surpreender com a força de  suas águas, o que no inicio era apenas mais uma previsão, começa tornar-se realidade, o nível das águas confirma que estamos diante de uma das maiores enchentes dos últimos anos.
Na cidade de Óbidos, algumas ruas no centro comercial já estão submersas pelas águas, que a cada chuva vai se transformando em um grande transtorno para os comerciantes, de modo silencioso as águas invadem as vias públicas, obrigando pedestres e condutores de veículos que antes trafegavam normalmente por esses lugares a buscar um lugar mais seguro e seco para transitar. Os empresários para não perderem sua clientela, constroem marombas (pontes) para facilitar o acesso as suas lojas, mais ainda sim, é difícil evitar os prejuízos. Conforme acrescente das águas a rotina da cidade muda completamente, o que antes era estacionamento de carro, agora é dividido com pequenas embarcações.
Situação pior vive aqueles que moram as margens do Rio Amazonas e lagos adjacentes, o ribeirinho, sem ter para onde ir muitos optam em enfrentar a fúria da natureza, submetendo-se a todos os riscos que provêm da cheia.
Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), na ultima quarta-feira (11), a régua que marca o nível da enchente no Rio Amazonas, estava marcando o nível de 7,90m, bem superior a marca desta mesma data de 2009, maior enchente já registrada desde 1953 - segundo a (ANA). A régua que faz essa medição esta instalada no porto da Companhia Docas do Pará (CDP) em Óbidos.
A Pastoral Social, importante organismo da Igreja Católica responsável em promover ações sociais em parceria com outros órgãos, está colhendo dados para avaliar a real situação da enchente na Região, para ajudar os afetados pela cheia, sobre tudo nas localidades que fazem parte da Diocese de Óbidos.
“Ao contemplar o avanço soturno das águas, não deixa de ser uma paisagem, afinal é a natureza... Neste caso, impondo a sua força suprema, sobre a fragilidade humana”.

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