A
cada ano há a seleção das sete maravilhas naturais do mundo (New 7 Wonders of
Nature) pela população. O prêmio é compartilhado pelos países por onde passa o
rio, que tem sua maior extensão no Brasil. O Amazonas nasce no Peru e passa
pela Bolívia, Equador, Suriname, Colômbia, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa.
O
Rio Amazonas é o segundo maior em extensão do mundo, atrás apenas do Rio Nilo.
Sua bacia tem mais de 7 milhões de quilômetros quadrados de área. A nascente
fica no Sul do Peru, no Rio Apurímac, na Cordilheira dos Andes, e a foz no Rio
Tocantins, no Norte do Brasil.
A
cerimônia de reconhecimento do prêmio foi realizada na cidade de Loreto, no
Peru, onde foi descerrada uma placa de bronze com a certificação oficial do Rio
Amazonas como uma das maravilhas naturais do mundo. Para as autoridades
peruanas, o reconhecimento representa o respeito pela riqueza em biodiversidade
que abriga a Amazônia.
Na
parte mais estreita do rio, em frente ao município de Óbidos, no Pará, o curso
médio do Amazonas, que vai do Pongo de Manseriche, no Peru, até a cidade
paraense, a vazão do Amazonas é de 216.342m³ por segundo. No médio e baixo
cursos, as águas correm a uma velocidade média de 2,5 Km por hora, que pode
aumentar até 7 a 8 Km/hora, em Óbidos, onde está localizada a parte mais
estreita no Brasil, com cerca de 1900 metros de largura. Mais abaixo de Óbidos,
o Amazonas recebe ainda caudalosos afluentes, como os rios Tapajós, Xingu, Pará
e Jari, todos no Pará.
Estima-se
que o Amazonas lance ao oceano uma descarga equivalente a 11% de toda a massa
de águas continentais, a mais volumosa do mundo. Geralmente em junho, o rio
Amazonas, em Óbidos, ultrapassa o máximo das enchentes. A bacia do Amazonas é a
mais vasta do mundo, sem contar 992.000Km2 da bacia do Tocantins, erradamente adicionada
à do Amazonas.
Fora
do estuário, o trecho mais largo do Amazonas, não interrompido por ilhas, fica
a cerca de 20Km para montante da boca do Xingu, onde tem 13Km de largura.
Durante as grandes cheias, o Amazonas, pode alcançar, em determinados trechos,
40 a 50 Km, ou mais, de largura.
No
Marajó, no Pará, o rio Amazonas se liga através de uma série de canais naturais
(os furos de Breves), dos quais o mais importante é o furo de Tajapuru. As
principais ilhas formadas pelo Amazonas são: Marajó, Caviana, Mexiana e Grande
de Gurupá. Fora da embocadura, a maior ilha é a de Tupinambarana, junto à
confluência do Madeira.
Nessa
região do Pará, apresenta fenômenos muito curiosos, como a pororoca, encontro
violento com a as águas do mar, sobretudo no mês do outubro, quando as águas
estão baixas, e por ocasião das marés altas de sizígia. O fenômeno é
particularmente sensível nos lugares pouco profundos, onde a sucessão de ondas
fortíssimas pode causar danos e naufrágios. Outro fenômeno que se observa no
Amazonas e grandes afluentes, em todo o seu percurso de planície, é o das
terras caídas, resultante do solapamento das margens.
As
águas tisnadas de argila do rio Amazonas tingem o oceano Atlântico até uma
distância superior a 200Km da costa e diminuem sensivelmente sua salinidade.
Por esse motivo, seu descobridor, o navegador espanhol Vicente Pinzón, deu-lhe,
em 1500, a denominação de Mar Dulce. Mas quem primeiro desceu o Amazonas e lhe
deu o nome que tem hoje foi Francisco Orellana, em 1542. Enviado por Gonzalo Pizarro
para reconhecer o grande rio, fez de sua viagem uma narrativa fantasiosa, em
que, entre outras peripécias, teria sido atacado por índios, a quem confundiu
com guerreiras, que assimilou às da lenda grega. Os afluentes mais importantes
do Amazonas descem de regiões elevadas, com clima úmido (mais de 1.500mm de
chuvas por ano). Têm, por isso, um imenso potencial hidrelétrico.
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