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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ÓBIDOS: Lago do Curumu

Curumu é uma região do município de Óbidos, localizado na zona rural, nas proximidades da cidade. A Vila União do Curumu, às margens do Lago do Curumu, é de fácil acesso, tanto por via fluvial, com cerca de uma hora e vinte minutos de viagem; quanto por via terrestre, levando cerca de 30 minutos, por uma estrada não pavimentada, com aproximadamente 30 Km.
O Curumu possui vários atrativos, tanto na vazante quanto na cheia. Destacamos o Lago do Curumu, as praias (na vazante), onde é realizado anualmente o Festival do Tucunaré; a Cachoeira do Pancada (ou Curumu) e a Serra do Curumu, que possui cerca de 120 metros de altura e é vista em toda redondeza.
Em julho de 2012 fizemos uma visita ao Curumu e a opção de transporte foi o Barco. Saímos do Laguinho, no Barco Gretepaua, entramos no Rio Amazonas, passando pela frente da cidade de Óbidos, local conhecido como Garganta do Amazonas, onde a correnteza é bastante forte ao passar pela Barreira. Chegando ao Porto de Cima, próximo a “Cabeça do Padre”, pescadores descansavam na sombra de uma árvore, se preparando para o para o próximo “bordejo”. Passamos pelo Pingo D´água, onde, seja na seca ou na cheia, sempre está respingando água. Um mistério, afirmam os mais velhos, pois o local fica bem abaixo do cemitério de Óbidos.
Percorremos rio acima cerca de 50 minutos até entrar num igarapé que dá acesso ao Lago do Curumu, seguimos mais 30 minutos, até chegar ao Lago. Só esse percurso já é um atrativo bem emocionante, principalmente para as pessoas que vivem na cidade, que em seu dia-a-dia convivem com a correria dos centros urbanos e muitas vezes se esquecem da simplicidade e da beleza da natureza que naquele momento presenciávamos.
Chegando ao Lago do Curumu, ainda com águas altas, ancoramos o barco no meio do lago e o banho, é claro, foi praticamente o dia todo em suas águas límpidas, que ao final da tarde ficam azuladas com o reflexo do sol. No domingo voltamos acompanhando o Círio de Senhora Sant´Ana.
No final da tarde, visitamos a Vila do Curumu, localidade tranquila, habitada por um povo pacato, aconchegante e receptivo. Como comenta Fernando Sousa em seu artigo, “Recordações do Lago do Curumu”: “Num final de tarde, idealizando ouvir o Ângelus na sonoridade do canto de nossas aves; no siciar do vento ameno iniciado nas colinas circunvizinhas e cumprindo sua missão de nos impor o assanhamento de nossos cabelos; na visão verde-escura das matas pinceladas pelos primeiros sinais noturnais; na alegria da gente simples a cantarolar refrões populares. Enfim, imaginando um céu como limite a encimar o nosso horizonte vertical num festival de cirros, nimbos e cúmulos, pareceu-me ter a visão da pequena praça da Vila de Curumu, com sua capelinha singela, mas que é a guarida da profunda fé religiosa daqueles obidenses.”
Assim é o Curumu, e a cada nova visita faz com que as recordações fluam em nossas mentes, ou as primeiras impressões vivenciadas pelos novos visitantes fiquem guardadas para sempre, até um novo retorno.
Por João Canto

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